Refletindo sobre
o amor
ao
próximo
O tema de
reflexão em
nosso grupo de
estudo era: o
amor ao próximo
como a si mesmo
e, também, o
relato de Lucas:
Tratai todos os
homens como
quereríeis que
eles vos
tratassem.
(Lucas, cap. 6,
v. 31.)
Em meio aos
comentários foi
lembrado um
texto já oriundo
dessas
reflexões, que
José Antonio
tirou de sua
pasta e, com
aprovação de
todos, passou a
ler:
O Evangelho de
Lucas relata em
seu capítulo 15,
versículos 25 a
37, um episódio
muito
interessante,
quando Jesus
fala sobre o
amor ao próximo.
Na linguagem dos
dias atuais a
ocorrência seria
assim:
Jesus estava
cercado por um
grupo de pessoas
que ouvia os
seus
ensinamentos.
Dentre eles
levantou-se um
homem que seria
doutor da lei,
autoridade para
interpretar as
Escrituras, que
o interrogou,
com o objetivo
de tentá-lo.
- Mestre, que
preciso fazer
para ganhar a
vida eterna?
Jesus olhou para
ele,
naturalmente
penetrou o seu
íntimo, sondou
as suas
intenções e
tranquilamente
respondeu-lhe:
- O que está
escrito na Lei?
O que você lê
nela?
O doutor da Lei,
possivelmente,
empertigou-se, e
com o seu
“saber”,
respondeu:
- Amarás o
Senhor teu Deus
de todo o
coração, de toda
a tua alma, com
todas as tuas
forças e de todo
o teu espírito,
e a teu próximo
como a ti mesmo.
Disse-lhe então
o Mestre Jesus:
- Respondeste
muito bem. Faze
isso e viverás a
vida eterna.
No entanto, o
doutor da Lei,
querendo mostrar
a sua sabedoria,
quis, mais uma
vez, testar
Jesus.
- Quem é o meu
próximo?
Jesus
contemplou-o,
passou o olhar
pela multidão e
esclareceu:
- Um homem que
ia de Jerusalém
para Jericó foi
assaltado por
ladrões que o
roubaram e
agrediram,
deixando-o
semimorto.
Passado algum
tempo um
sacerdote
passava pelo
mesmo local, viu
o homem caído ao
lado da estrada,
porém seguiu
adiante.
Em seguida,
passou pelo
local um levita
(também
incumbido do
culto) observou
o homem caído e
espoliado e
seguiu adiante.
Um samaritano
(habitante da
Samaria,
portanto, não
era judeu) vindo
em sua viagem
chegou ao mesmo
local.
Olhou a vítima
estirada no
chão, encheu-se
de compaixão,
aproximou-se
dele, colocou
óleo e vinho nas
suas feridas,
delas cuidando.
Depois o colocou
no seu cavalo,
levou-o a uma
hospedaria e
cuidou dele.
No dia seguinte,
deu dois
denários ao
hospedeiro,
dizendo:
- Trate muito
bem desse homem
e o que gastares
a mais eu te
pagarei quando
regressar.
Então Jesus
interrogou:
- Qual desses
três te parece
ter sido o
próximo daquele
homem que foi
assaltado?
O doutor da Lei
respondeu:
- Aquele que
usou de
misericórdia com
ele.
Concluiu Jesus:
- Então, vai e
faze o mesmo.
Sem dúvida essa
história de
Jesus é muito
emblemática para
exemplificar o
amor ao próximo.
Um judeu é
assaltado, o
sacerdote judeu
(homem de Deus)
olha e não o
acode.
Um levita (judeu
descendente da
tribo de Levi,
construtor de
tabernáculos)
também observa,
mas não socorre.
Um samaritano
(habitante da
Samaria, por
quem os judeus
tinham
inimizade) é
quem socorre o
homem semimorto
e se constitui
no exemplo de
amor ao próximo.
Jesus quebrava
paradigmas: o
fanatismo e o
fundamentalismo
religioso; a
rigidez e
hierarquia
religiosa; a
hipocrisia
manifesta na
exterioridade
religiosa.
Por outro lado,
demonstra a
verdadeira
religiosidade
como forma de
manifestação do
amor ao próximo,
de maneira
concreta e
adequada, seja
no contexto
individual ou
coletivo.
Durante algum
tempo os membros
do grupo
trocaram ideias
a respeito desse
ensinamento tão
profundo do
Mestre Jesus e
sua aplicação de
forma concreta.