MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
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Londrina, Paraná
(Brasil) |
|
Mecanismos da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
21)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Mecanismos da
Mediunidade, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Pode-se dizer que o
cérebro é, ao mesmo
tempo, um aparelho
emissor e receptor?
Sim. E valendo-nos de
semelhante comparação, a
radiação mensal
equivaleria, no
processo, à onda
hertziana.
(Mecanismos da
Mediunidade, cap. XI,
pág. 77.)
B. Que fato resulta do
ato de pensar?
Quando pensamos,
expressando o campo
íntimo na ideação e na
palavra, na atitude e no
exemplo, criamos
formas-pensamentos ou
imagens-moldes que
arrojamos para fora de
nós, pela atmosfera
psíquica que nos
caracteriza a presença.
(Obra citada, cap. XI,
pp. 77 a 79.)
C. Numa analogia entre o
televisor comum e o
cérebro humano, qual
seria a diferença?
A diferença é abismal.
Enquanto no aparelho de
TV existem conjuntos
distintos para emissão e
recepção, o Espírito, na
engrenagem individual do
cérebro, conta com
recursos avançados para
serviços de emissão e
recepção simultâneos.
(Obra citada, cap. XI,
pp. 79 e 80.)
Texto para leitura
67. Onda hertziana
- Examinando
sumariamente as forças
corpusculares de que se
constituem todas as
correntes atômicas do
Plano Físico, podemos
compreender, sem
dificuldade, no
pensamento ou radiação
mental, a substância de
todos os fenômenos do
espírito, a expressar-se
por ondas de múltiplas
frequências. Valendo-nos
de ideia imperfeita,
podemos compará-lo, de
início, à onda
hertziana, tomando o
cérebro como sendo um
aparelho emissor e
receptor ao mesmo tempo.
(Cap. XI, pág. 77.)
68. Pensamento e
televisão - Nos
televisores, cujos
serviços se verificam à
base de poderosos feixes
eletrônicos devidamente
controlados, é imperioso
conjugar a aparelhagem
necessária à captação,
transformação,
irradiação e recepção
dos sons e das imagens,
de modo simultâneo. De
igual maneira, até certo
ponto, o pensamento, a
formular-se em ondas,
age de cérebro a
cérebro, quanto a
corrente de elétrons, de
transmissor a receptor,
em televisão. Todo
Espírito é fulcro
gerador de vida onde se
encontre, e toda espécie
de vida começa no
impulso mental. Sempre
que pensamos,
expressando o campo
íntimo na ideação e na
palavra, na atitude e no
exemplo, criamos
formas-pensamentos ou
imagens-moldes que
arrojamos para fora de
nós, pela atmosfera
psíquica que nos
caracteriza a presença.
Sobre todos os que nos
aceitem o modo de sentir
e de ser, consciente ou
inconscientemente,
atuamos à maneira do
hipnotizador sobre o
hipnotizado,
verificando-se o
inverso, toda vez que
aderimos ao modo de ser
e de sentir dos outros.
O campo espiritual de
quem sugestiona gera no
âmbito da própria
imaginação os esboços ou
planos que se propõe
exteriorizar,
assemelhando-se à câmara
de imagens do
transmissor vulgar, em
que o iconoscópio, com o
jogo de lentes
adequadas, focaliza a
cena sobre a face
sensível do mosaico que
existe numa das
extremidades dele mesmo,
iconoscópio, ao passo
que um dispositivo
explorador, situado na
outra extremidade,
fornece um feixe tênue
de elétrons ou raio
explorador que percorre
toda a superfície do
mosaico. As imagens
arremessadas através do
dispositivo de
focalização da câmara,
atingindo o mosaico, se
fazem invisíveis ao
olhar comum. Nessa fase
da transmissão, os
vários pontos do mosaico
acumulam maior ou menor
corrente elétrica,
segundo a porção de luz
a incidir sobre eles. Só
após essa operação, que
prossegue em variadas
minudências técnicas, é
que a cena passa ao
transmissor da imagem, a
reconstituir-se através
do cinescópio ou válvula
da imagem, no aparelho
receptor, válvula essa
cujo funcionamento é
quase análogo ao do
iconoscópio, na
transmissão, embora
fisicamente não se
pareçam. (Cap. XI,
pp. 77 a 79.)
69. Células e
peças - Com
muito mais primor de
organização, o cérebro
ou cabine da
manifestação do
Espírito, tanto quanto
possamos conhecer-nos,
do ponto de vista da
estrutura mental, possui
nas células e
implementos que o servem
aparelhagens
correspondentes às peças
empregadas em televisão
para a emissão e
recepção das correntes
eletrônicas,
exteriorizando as ondas
que lhe são
características, a
transportarem consigo
estímulos, imagens,
vozes, cores, palavras e
sinais múltiplos,
através de vias
aferentes e eferentes,
nas faixas de sintonia
natural. As válvulas,
câmaras, antenas e tubos
destinados à emissão dos
elétrons, ao controle
dos elétrons emitidos, à
formação dos feixes
corpusculares e
respectiva deflexão
vertical e horizontal e
a operações outras para
que o mosaico ou espelho
elétrico forneça os
sinais de vídeo,
configuram-se
admiravelmente nos
recursos sensíveis do
cérebro, sistema
nervoso, plexos e
glândulas endócrinas,
enriquecidos de outros
elementos sensoriais no
veículo físico e
psicossomático. Cabe-nos
acentuar, contudo, que
nossa comparação peca
demasiado pela pobreza
conceptual, porquanto,
em televisão, na
atualidade, há conjuntos
distintos para emissão e
recepção, quando o
Espírito, na engrenagem
individual do cérebro,
conta com recursos
avançados para serviços
de emissão e recepção
simultâneos. (Cap. XI
, pp. 79 e 80.)
Glossário
Aferente -
Que conduz; que leva. No
sistema nervoso, classe
de fibras nervosas que
conduzem o impulso dos
órgãos sensoriais para o
sistema nervoso central.
Cinescópio
– S. m. Eletrôn. Tipo de
válvula em que se forma
a imagem nos receptores
de televisão.
Eferente
- Relativo à fibra
nervosa que conduz a
ordem motora do sistema
nervoso central para um
órgão responsável pela
resposta ao impulso
sensorial, denominado
órgão efetor.
Elétron -
Partícula fundamental na
constituição dos átomos
e moléculas, portadora
da menor quantidade de
carga elétrica livre que
se conhece, com massa
igual a 1/1837 vezes a
massa do próton.
Endócrino
- Endocrínico. Referente
às glândulas de secreção
interna.
Glândula endócrina
– Glândula cuja secreção
se lança diretamente na
circulação sanguínea.
São glândulas
endócrinas: a epífise ou
glândula pineal, a
hipófise ou glândula
pituitária, a tireoide,
o timo, as glândulas
paratireoides, a porção
endócrina do pâncreas,
as glândulas
suprarrenais, os
testículos, os ovários.
[Sin.: glândula de
secreção interna.]
Iconoscópio -
Tubo de raios catódicos
utilizado em televisão,
no qual se converte uma
imagem óptica numa
sequência de impulsos
elétricos.
Neurônio
- A célula nervosa com
seus prolongamentos
chamados dendritos, que
formam uma espécie de
arborização, e, no polo
oposto, um só
prolongamento,
diferente, denominado
axônio, que termina em
finas ramificações. O
estímulo nervoso passa
do axônio de um neurônio
para os dendritos do
outro, e esse ponto de
transmissão da excitação
tem o nome de sinapse.
Onda hertziana -
Onda de rádio.
Psicossoma -
Corpo espiritual ou
perispírito, na
linguagem espírita.
Psicossomático –
Pertencente ou relativo,
simultaneamente, aos
domínios orgânico e
psíquico. Diz-se das
perturbações ou lesões
orgânicas produzidas por
influências psíquicas
(emoções, desejos, medo
etc.)
Plexo
– S. m. Anat.
Denominação genérica de
rede de vasos, nervos e,
no sistema nervoso
autônomo, de nervos e
gânglios. Fig.
Encadeamento,
entrelaçamento.
Sistema nervoso autônomo
–
Porção do sistema
nervoso, tanto aferente
quanto eferente, que
inerva musculatura
cardíaca e lisa, e
controla secreções
glandulares diversas.
Não se encontra sob o
controle da vontade, e
divide-se em dois
grandes setores: o
simpático e o
parassimpático. [Sin.:
sistema nervoso
vegetativo e sistema
nervoso da vida
vegetativa.]
Sistema nervoso central
– Porção do sistema
nervoso composta de
encéfalo, medula
espinhal e meninges que
os recobrem.