MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
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Londrina, Paraná
(Brasil) |
|
Mecanismos da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
22)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Mecanismos da
Mediunidade, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. No manejo das
correntes mentais, que
papel desempenha a
vontade?
A alavanca da vontade é
determinante para
manejar as correntes
mentais, em serviço de
projeção das próprias
energias e de
assimilação das energias
alheias. É que cada
Espírito, pelo poder
vibratório de que seja
dotado, imprime aos seus
recursos mentais o tipo
de onda ou fluxo
energético que lhe
define a personalidade.
(Mecanismos da
Mediunidade, cap. XI,
pp. 80 e 81.)
B. Pode o homem operar a
retração da onda mental
que o personaliza?
Sim. Conforme seja seu
desejo, ele pode operar
a retração da onda
mental que o
personaliza, repelindo
as vibrações que o
inclinem ao burilamento
sempre difícil e à
expansão sempre
laboriosa, para deter-se
no reino afetivo das
vibrações que o atraem,
onde encontra os mesmos
tipos de onda dos que se
lhe assemelham, capazes
de entreter-lhe a
egolatria, no gregarismo
das longas simbioses em
repetidas reencarnações
de aprendizagem.
(Obra citada, cap. XI,
pág. 81.)
C. A partir de que
momento cessa essa
rejeição ao burilamento
pessoal?
As modificações da
escolha acompanham a
ascensão do
conhecimento. A
civilização chega
sempre, o progresso
impõe novos métodos e a
dor estilhaça
envoltórios. A vontade
de prazer e a vontade de
domínio, no curso de
largos séculos,
convertem-se em prazer
de aperfeiçoar e servir,
acompanhados de
autodomínio.
(Obra citada, cap. XI,
pág. 81.)
Texto para leitura
70. Alavanca da
vontade - Toda
criatura dispõe de
oscilações mentais
próprias, pelas quais
entra em combinação
espontânea com a onda de
outras criaturas
desencarnadas ou
encarnadas que se lhe
afinem com as
inclinações e desejos,
atitudes e obras, no
quimismo inelutável do
pensamento.
Compreendendo-se que
toda partícula de
matéria em movimentação
se caracteriza por
impulso inconfundível, é
fácil observar que cada
Espírito, pelo poder
vibratório de que seja
dotado, imprimirá aos
seus recursos mentais o
tipo de onda ou fluxo
energético que lhe
define a personalidade,
a evidenciar-se nas
faixas superiores da
vida, na proporção das
grandezas morais, do
ponto de vista de amor e
sabedoria, que já tenha
acumulado em si mesmo.
Para manejar as
correntes mentais, em
serviço de projeção das
próprias energias e de
assimilação das energias
alheias, dispõe a alma,
em si, da alavanca da
vontade, por ela
vagarosamente construída
em milênios e milênios
de trabalho
automatizante. A
princípio, adstrita aos
círculos angustos do
primitivismo, a vontade,
agarrada ao instinto de
preservação, faz do
Espírito um inveterado
monomaníaco do prazer
inferior. Avançando pelo
terreno inicial da
experiência, aparece o
homem qual molusco
inteligente, sempre
disposto a fechar o
circuito das próprias
oscilações mentais sobre
si mesmo, em monoideísmo
intermitente. (Cap.
XI, pp. 80 e 81.)
71. Vontade e
aperfeiçoamento
- A memória e a
imaginação, ainda
curtas, limitam a
volição do homem a
simples tendência que,
no fundo, é aspecto
primário da faculdade de
decidir. Ele mesmo opera
a retração da onda
mental que o
personaliza, repelindo
as vibrações que o
inclinem ao burilamento
sempre difícil e à
expansão sempre
laboriosa, para deter-se
no reino afetivo das
vibrações que o atraem,
onde encontra os mesmos
tipos de onda dos que se
lhe assemelham, capazes
de entreter-lhe a
egolatria, no gregarismo
das longas simbioses em
repetidas reencarnações
de aprendizagem. A
civilização, porém,
chega sempre. O
progresso impõe novos
métodos e a dor
estilhaça envoltórios.
As modificações da
escolha acompanham a
ascensão do
conhecimento. A vontade
de prazer e a vontade de
domínio, no curso de
largos séculos,
convertem-se em prazer
de aperfeiçoar e servir,
acompanhados de
autodomínio. (Cap.
XI, pág. 81.)
72. Cicloton da
vontade -
Arremessa a criatura,
naturalmente, a própria
onda mental na direção
dos Espíritos que
penetraram mais amplos
horizontes da evolução.
Alcançando semelhante
estágio de consciência,
a vontade, no campo do
Espírito, desempenha o
papel do cicloton no
mundo da Química,
bombardeando
automaticamente os
princípios mentais que
se lhe contraponham aos
impulsos. E é, ainda,
com essa faculdade
determinante que ela
preside as junções de
onda, junto àquelas que
se proponha assimilar,
no plano das sintonias,
uma vez que, quanto mais
elevado o discernimento,
mais livre se lhe fará a
criação mental
originária para libertar
e aprisionar, enriquecer
e sublimar, agravar os
males ou acrescentar os
próprios bens na esfera
do destino. (Cap. XI,
pp. 81 e 82.)
Glossário
Angusto -
Apertado, estreito.
Ciclotron -
Acelerador de campo
variável em que as
partículas descrevem
órbitas quase circulares
num campo magnético.
Gregarismo -
Instinto gregário: que
faz parte de grei ou
rebanho; que vive em
bando; gregal.
Grei
– [Do lat. grege.] S.
f. Rebanho de gado
miúdo. O conjunto dos
paroquianos ou
diocesanos; congregação.
Fig. Sociedade;
partido. Ant. Nação,
povo. [F. paral., p.
us.: grege. ]
Molusco
– S. m. Espécime dos
moluscos. Adj.
Pertencente ou relativo
a eles.
Moluscos
– S. m. pl. Zool. Filo
de enterozoários de
simetria bilateral
(vísceras e concha
espiraladas em algumas
espécies), de corpo mole
e mucoso, carapaça ou
concha calcária de uma,
duas ou oito peças. Não
têm segmentação
perceptível nem
apêndices articulados, e
respiram através de
brânquias ou pulmões;
são marinhos, terrestres
ou de água doce. Filo:
Biol. Categoria
taxonômica compreendida
entre o reino e a
classe.
Monoideia -
Ideia fixa. (Cf.
monoideísmo.)
Monoideísmo -
Estado de alma em todo o
organismo psíquico que
se acha dominado por uma
ideia central.
Monomania
– S. f. Psiq. Forma de
insanidade mental em que
o indivíduo dirige a
atenção para um só
assunto ou tipo de
assunto. P. ext.
Atividade dirigida para
uma idéia fixa.
Monomaníaco
– Adj. Psiq. Relativo a
monomania. Que tem
monomania; monômano. S.
m. Aquele que tem
monomania; monômano.
Neurônio
- A célula nervosa com
seus prolongamentos
chamados dendritos, que
formam uma espécie de
arborização, e, no polo
oposto, um só
prolongamento,
diferente, denominado
axônio, que termina em
finas ramificações. O
estímulo nervoso passa
do axônio de um neurônio
para os dendritos do
outro, e esse ponto de
transmissão da excitação
tem o nome de sinapse.
Onda
- Perturbação periódica
mediante a qual pode
haver transporte de
energia de um ponto a
outro de um material ou
do espaço vazio.
Onda eletromagnética
- Campo eletromagnético
periódico não
estacionário que se
propaga no espaço ou num
meio material;
perturbação periódica de
natureza eletromagnética
que se propaga num meio
material ou no espaço
vazio e é portadora de
energia.
Simbiose -
Associação de duas
plantas ou de uma planta
e um animal, na qual
ambos os organismos
recebem benefícios,
ainda que em proporções
diversas, como os
liquens. Associação
entre dois seres vivos
que vivem em comum.
Volição
– S. f. Ato pelo qual a
vontade se determina a
alguma coisa.