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Estudando a série André Luiz
Ano 8 - N° 365 - 1° de Junho de 2014
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Mecanismos da Mediunidade

André Luiz

(Parte 22)

Damos prosseguimento ao estudo sequencial do livro Mecanismos da Mediunidade, obra de autoria de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1960 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. No manejo das correntes mentais, que papel desempenha a vontade?  

A alavanca da vontade é determinante para manejar as correntes mentais, em serviço de projeção das próprias energias e de assimilação das energias alheias. É que cada Espírito, pelo poder vibratório de que seja dotado, imprime aos seus recursos mentais o tipo de onda ou fluxo energético que lhe define a personalidade. (Mecanismos da Mediunidade, cap. XI, pp. 80 e 81.)  

B. Pode o homem operar a retração da onda mental que o personaliza?

Sim. Conforme seja seu desejo, ele pode operar a retração da onda mental que o personaliza, repelindo as vibrações que o inclinem ao burilamento sempre difícil e à expansão sempre laboriosa, para deter-se no reino afetivo das vibrações que o atraem, onde encontra os mesmos tipos de onda dos que se lhe assemelham, capazes de entreter-lhe a egolatria, no gregarismo das longas simbioses em repetidas reencarnações de aprendizagem. (Obra citada, cap. XI, pág. 81.)

C. A partir de que momento cessa essa rejeição ao burilamento pessoal?

As modificações da escolha acompanham a ascensão do conhecimento. A civilização chega sempre, o progresso impõe novos métodos e a dor estilhaça envoltórios. A vontade de prazer e a vontade de domínio, no curso de largos séculos, convertem-se em prazer de aperfeiçoar e servir, acompanhados de autodomínio. (Obra citada, cap. XI, pág. 81.)

Texto para leitura 

70. Alavanca da vontade - Toda criatura dispõe de oscilações mentais próprias, pelas quais entra em combinação espontânea com a onda de outras criaturas desencarnadas ou encarnadas que se lhe afinem com as inclinações e desejos, atitudes e obras, no quimismo inelutável do pensamento. Compreendendo-se que toda partícula de matéria em movimentação se caracteriza por impulso inconfundível, é fácil observar que cada Espírito, pelo poder vibratório de que seja dotado, imprimirá aos seus recursos mentais o tipo de onda ou fluxo energético que lhe define a personalidade, a evidenciar-se nas faixas superiores da vida, na proporção das grandezas morais, do ponto de vista de amor e sabedoria, que já tenha acumulado em si mesmo. Para manejar as correntes mentais, em serviço de projeção das próprias energias e de assimilação das energias alheias, dispõe a alma, em si, da alavanca da vontade, por ela vagarosamente construída em milênios e milênios de trabalho automatizante. A princípio, adstrita aos círculos angustos do primitivismo, a vontade, agarrada ao instinto de preservação, faz do Espírito um inveterado monomaníaco do prazer inferior. Avançando pelo terreno inicial da experiência, aparece o homem qual molusco inteligente, sempre disposto a fechar o circuito das próprias oscilações mentais sobre si mesmo, em monoideísmo intermitente. (Cap. XI, pp. 80 e 81.)

71. Vontade e aperfeiçoamento - A memória e a imaginação, ainda curtas, limitam a volição do homem a simples tendência que, no fundo, é aspecto primário da faculdade de decidir. Ele mesmo opera a retração da onda mental que o personaliza, repelindo as vibrações que o inclinem ao burilamento sempre difícil e à expansão sempre laboriosa, para deter-se no reino afetivo das vibrações que o atraem, onde encontra os mesmos tipos de onda dos que se lhe assemelham, capazes de entreter-lhe a egolatria, no gregarismo das longas simbioses em repetidas reencarnações de aprendizagem. A civilização, porém, chega sempre. O progresso impõe novos métodos e a dor estilhaça envoltórios. As modificações da escolha acompanham a ascensão do conhecimento. A vontade de prazer e a vontade de domínio, no curso de largos séculos, convertem-se em prazer de aperfeiçoar e servir, acompanhados de autodomínio. (Cap. XI, pág. 81.)

72. Cicloton da vontade - Arremessa a criatura, naturalmente, a própria onda mental na direção dos Espíritos que penetraram mais amplos horizontes da evolução. Alcançando semelhante estágio de consciência, a vontade, no campo do Espírito, desempenha o papel do cicloton no mundo da Química, bombardeando automaticamente os princípios mentais que se lhe contraponham aos impulsos. E é, ainda, com essa faculdade determinante que ela preside as junções de onda, junto àquelas que se proponha assimilar, no plano das sintonias, uma vez que, quanto mais elevado o discernimento, mais livre se lhe fará a criação mental originária para libertar e aprisionar, enriquecer e sublimar, agravar os males ou acrescentar os próprios bens na esfera do destino. (Cap. XI, pp. 81 e 82.) 

Glossário

Angusto - Apertado, estreito.

Ciclotron - Acelerador de campo variável em que as partículas descrevem órbitas quase circulares num campo magnético.

Gregarismo - Instinto gregário: que faz parte de grei ou rebanho; que vive em bando; gregal.

Grei – [Do lat. grege.] S. f.  Rebanho de gado miúdo. O conjunto dos paroquianos ou diocesanos; congregação. Fig.  Sociedade; partido. Ant.  Nação, povo. [F. paral., p. us.: grege. ]

Molusco – S. m. Espécime dos moluscos.  Adj. Pertencente ou relativo a eles.

Moluscos – S. m. pl. Zool. Filo de enterozoários de simetria bilateral (vísceras e concha espiraladas em algumas espécies), de corpo mole e mucoso, carapaça ou concha calcária de uma, duas ou oito peças. Não têm segmentação perceptível nem apêndices articulados, e respiram através de brânquias ou pulmões; são marinhos, terrestres ou de água doce. Filo: Biol. Categoria taxonômica compreendida entre o reino e a classe.

Monoideia - Ideia fixa. (Cf. monoideísmo.)

Monoideísmo - Estado de alma em todo o organismo psíquico que se acha dominado por uma ideia central.

Monomania – S. f. Psiq. Forma de insanidade mental em que o indivíduo dirige a atenção para um só assunto ou tipo de assunto. P. ext.  Atividade dirigida para uma idéia fixa. 

Monomaníaco – Adj. Psiq.  Relativo a monomania. Que tem monomania; monômano.  S. m.  Aquele que tem monomania; monômano. 

Neurônio - A célula nervosa com seus prolongamentos chamados dendritos, que formam uma espécie de arborização, e, no polo oposto, um só prolongamento, diferente, denominado axônio, que termina em finas ramificações. O estímulo nervoso passa do axônio de um neurônio para os dendritos do outro, e esse ponto de transmissão da excitação tem o nome de sinapse.

Onda - Perturbação periódica mediante a qual pode haver transporte de energia de um ponto a outro de um material ou do espaço vazio.

Onda eletromagnética - Campo eletromagnético periódico não estacionário que se propaga no espaço ou num meio material; perturbação periódica de natureza eletromagnética que se propaga num meio material ou no espaço vazio e é portadora de energia.

Simbiose - Associação de duas plantas ou de uma planta e um animal, na qual ambos os organismos recebem benefícios, ainda que em proporções diversas, como os liquens. Associação entre dois seres vivos que vivem em comum.

Volição – S. f. Ato pelo qual a vontade se determina a alguma coisa.

 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita