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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 8 - N° 365 - 1° de Junho de 2014
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Loucura e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 12)

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Loucura Obsessão, sexta obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1988.

Questões preliminares

A. Quem são os Exus e os Orixás?

São Espíritos despojados do corpo somático. Segundo D. Emerenciana, encontram-se no mundo espiritual muitos irmãos infelizes assumindo personificações mitológicas ridículas, por auto-hipnose. Uns, em largo número, creem-se seres de exceção na ordem universal, por efeito de autossugestão demorada desde a vida terrestre; outros são vitimados por zoantropias(1) de diferentes procedências, e, por fim, há os que se reconstruíram ideoplasticamente, incorporando os desvarios de poderes mentirosos, que atribuem a si mesmos, seja como Orixás, na eterna ação protetora da Natureza e dos homens, seja na de Exus, supostamente criados para o mal e dotados de força para tal execução, os quais se afundam cada vez mais no desgoverno, até o momento em que funcionem as Leis de correção e reequilíbrio que existem no Cosmo, como se deu com seu próprio filho, Valdemar. (Loucura e Obsessão, cap. 8, pp. 102 a 104.)

B. Que circunstância levou Valdemar a se comportar como um Exu?

Segundo D. Emerenciana, caindo sempre e intoxicando-se de vibrações deletérias, Valdemar  perdera-se por algum tempo, sendo recolhido pelos anteriores comparsas que o hipnotizaram e o adestraram em técnicas  de obsessão, de vampirismo, de exploração de outros Espíritos e, principalmente, de homens. Ele tomou, desse modo, a personificação parasitária de uma deidade maléfica, que se autointitulou Exu, com especialidade de ação em determinado campo de sua preferência. Impôs-se a postura de dominador, conforme acontece com outros da mesma vibração, e submeteu mentes ignorantes e primitivas à sua governança espiritual, recebendo homenagens e oferendas com que se comprazia e nutria...  (Loucura e Obsessão, cap. 8, pp. 102 a 104.)

C. Valdemar ainda atuava como Exu no plano espiritual?

Não. D. Emerenciana o encontrou em um momento especial, com que ela tanto sonhara. Intentando uma pugna de vibrações maléficas que não a alcançavam, os sentimentos de mãe extravasaram do seu ser e arrebentaram-lhe as fixações do mal, fazendo-o render-se à esperança de paz e ao futuro de renovação. Os sequazes então o abandonaram, de forma estrepitosa e desordenada. O amor recolheu-o e o internou na Colônia donde procediam, realizando-se o tratamento por mais de três lustros. Depois disso, Valdemar reencarnou com deficiência mental, junto ao antigo pai, que o trazia regularmente ao atendimento espiritual naquele grupo, por inspiração de D. Emerenciana, que lhe seguia os passos, a fim de continuar na terapia da reabilitação. (Loucura e Obsessão, cap. 8, pp. 104 a 106.)

Texto para leitura

45. Valdemar revolta-se de novo e cai nos abismos de sombra - De novo na pátria espiritual, Emerenciana e Venceslau puseram-se à busca do filho desavisado e enlouquecido: “O século XIX ainda se encontrava envolto nas sombras da ignorância a respeito dos direitos humanos, como ainda hoje se dá, em lamentáveis e descabidas situações entre os chamados povos livres e por parte dos homens ditos civilizados. Naquela época, eram piores as circunstâncias, e o clima moral vivia saturado de contínuas injustiças, fragmentações de valores, enfim, de perversidades. Retornamos, então, ao proscênio terrestre, os esposos elegendo a submissão escrava, espontaneamente, de modo a auxiliar o filho, que a ela volveria por impositivo provacional compulsório”.  Emerenciana explicou então que, enquanto a resignação amparou o casal, acrisolando-lhe os sentimentos, o mesmo não aconteceu com Valdemar, identificado com as forças malfazejas e por elas telecomandado, a ponto de tornar-se um rebelde instigador da formação de um Quilombo, não para refúgio, mas para vinganças e arbitrariedades mais ferozes do que as que pretendia combater. “Submisso a esses seres espirituais do mais baixo teor vibratório – relatou Emerenciana –, volveu ele aos instintos primários, atingindo índices surpreendentes de selvageria... Abatido, anos mais tarde, caiu nos abismos de sombra e degradação espiritual inimaginável, às quais se vinculava. Novamente a roda da Vida nos recambiou à Espiritualidade, e demo-nos conta de que só um ato nosso de amor extremo, feito de renúncia total, poderia ajudar o filho consumido pelo superlativo ódio. Já proliferavam, em abundância, no Brasil, também por pessoas de epiderme branca, os cultos fetichistas e outros, mantendo-se intercâmbio vigoroso com os desencarnados. Embora as luzes do Consolador já houvessem alcançado as mentes brasileiras, libertando-as através da renovação moral, do estudo e da prática do bem, verdadeiras multidões, em razão do atavismo decorrente da prática de outro credo religioso, logravam mais identificação com as seitas e cultos do sincretismo afro-brasileiro, nos quais hauriam forças para as lutas e fé para a vida...” “Apesar de proliferarem as seitas afeiçoadas ao mal, cultivadoras da vingança e do desconcerto moral, outras, entretanto, se dedicaram ao bem e à ordem, ao amor e à caridade, utilizando-se de práticas equivalentes, embora de conteúdos diferentes...”  (Loucura e Obsessão, cap. 8, pp. 100 a 102..)

46. Quem são os Exus e os Orixás - Emerenciana lembrou, a propósito, que em nações supercivilizadas da América e da Europa multiplicam-se as igrejas e agremiações que cultuam os demônios, ignorando que estes não passam de Espíritos embrutecidos e vingadores que se auto-hipnotizaram, tomando, ilusoriamente, nas mãos, a adaga do que chamam justiça, esquecidos da Justiça maior que funciona com equidade e sabedoria, reeducando e corrigindo, ao invés de punir, seviciar e desgraçar... “Naqueles países – afirmou a Mentora –, esses seres assumem personificações demoníacas, diabólicas, conforme se denominam, enquanto nos cultos afro-brasileiros fazem-se conhecer por Exus e outras designações, que em nada alteram a sua louca realidade...” Asseverou Emerenciana que a hipnose e a auto-hipnose por fixação degenerativa funcionam em larga escala, em ambas as faixas vibratórias da vida, sendo até maior na esfera espiritual, em razão dos processos mentais de sintonia e identificação moral entre os despojados do corpo somático. Encontram-se, assim, no mundo espiritual, muitos irmãos infelizes assumindo personificações mitológicas ridículas, por auto-hipnose. Uns, em largo número, creem-se seres de exceção na ordem universal, por efeito de autossugestão demorada desde a vida terrestre; outros são vitimados por zoantropias(1) de diferentes procedências, e, por fim, há os que se reconstruíram ideoplasticamente, incorporando os desvarios de poderes mentirosos, que atribuem a si mesmos, seja como Orixás, na eterna ação protetora da Natureza e dos homens, seja na de Exus, supostamente criados para o mal e dotados de força para tal execução, os quais se afundam cada vez mais no desgoverno, até o momento em que funcionem as Leis de correção e reequilíbrio que existem no Cosmo... “O querido Valdemar – prosseguiu a Mentora –, caindo sempre e intoxicando-se de vibrações deletérias, perdeu-se, por algum tempo, sendo recolhido pelos anteriores comparsas que o hipnotizaram e o adestraram em técnicas  de obsessão, de vampirismo, de exploração de outros Espíritos, assim como, e principalmente, dos homens... Tomou, desse modo, a personificação parasitária de uma deidade maléfica, que se autointitulou Exu, com especialidade de ação em determinado campo de sua preferência. Impôs-se a postura de dominador, conforme acontece com outros, da mesma vibração, e submeteu mentes ignorantes e primitivas à sua governança espiritual, recebendo homenagens e oferendas com que se comprazia e nutria... Seguindo o exemplo de outras mães, cujos filhos se empederniram na impiedade e se aliaram às forças do mal, que temporariamente influem na Terra, em decorrência do primarismo que nela ainda existe, ofereci-me para trabalhar nesta área, atuando em favor do bem e do esclarecimento das criaturas, acercando-me da querida ovelha desgarrada.” (Loucura e Obsessão, cap. 8, pp. 102 a 104.)

47. Valdemar investe contra a própria mãe, mas é vencido - Emerenciana informou dedicar-se àquele trabalho há alguns decênios e o resultado era positivo. “Atendendo aqueles que padeciam do meu filho a exploração psíquica, a subserviência moral e a perseguição tenaz – referiu a genitora de Valdemar –, ele veio para um confronto de forças, que recusei, prosseguindo no bem, enquanto ele se exasperava, impossibilitado de erguer barreiras ao serviço que lhe tomava as vítimas, lenta, mas vigorosamente... Passou a vir ao lugar onde iniciei o ministério e depois a esta Casa, engendrando os mais covardes expedientes para bloquear-nos o trabalho, sem que lograsse os resultados desejados. Impossibilitado de alcançar-me, pôs cerco rude ao médium que, advertido, resistiu, pacificamente, às provações propostas e às induções vis, terminando por ameaçar invadir-nos o Núcleo e conduzir à loucura os seus membros. Chegara a oportunidade por que eu anelava. Venceslau havia retornado à Terra e o acompanhávamos com enternecimento, a fim de um dia ser-lhe encaminhado o filho, hoje em circunstância diferente. Destarte, aceitamos o repto do desespero e o enfrentamos com a sua horda de mandriões e infelizes. Vendo-me a sós, com Jesus-Cristo, naturalmente, no coração, zombou e se constrangeu. Intentando uma pugna de vibrações maléficas que me não alcançavam, os sentimentos de mãe extravasaram do meu ser e arrebentaram-lhe as fixações do mal, fazendo-o render-se à esperança de paz e ao futuro de renovação... A debandada dos sequazes foi estrepitosa e desordenada. O amor recolheu-o e o internou em Colônia donde procedemos, fazendo-lhe o tratamento por mais de três lustros. Hoje, o filhinho reencarnou-se com deficiência mental, junto ao antigo genitor aflito, que o traz aqui, por inspiração nossa, que lhes seguimos o passo, a fim de continuar na terapia da reabilitação.” Feita ligeira pausa, a Mentora arrematou: “Concluído o objetivo primeiro a que me dedicava, embora a ação generalizada, estava afeiçoada ao ministério. Apesar de ter licença para atuar noutro tipo de atividade, é por gratidão às reencarnações nas quais adquirira compreensão da vida, lições de humildade e abnegação, havendo recolhido as bênçãos que a misericórdia de Deus me concedeu, e, por fim, é em reconhecimento pelo resgate do meu filho que venho permanecendo, por espontânea eleição, no mesmo labor junto aos mais carentes e mais aflitos, na sua imensa ignorância, semeando, nas suas mentes desacostumadas às reflexões e aos raciocínios espirituais, as sementes da luz que lhes facultará o início da reformulação espiritual de que necessitam. É, portanto, o amor pelos sofredores, em forma de gratidão, que me mantém neste trabalho, ensejando-me, no anonimato, na humildade e na caridade sem alarde, palmilhar a senda da evolução por onde todos seguimos”. (Loucura e Obsessão, cap. 8, pp. 104 a 106.)

48. A reação dos obsessores costuma ser violenta - Findo o relato de Emerenciana, esta aproximou-se de uma mesa preparada na sala reservada ao culto geral, então encerrado para os encarnados, e convidou Dr. Bezerra, Miranda e um senhor de pouco mais de setenta anos, de nome Felinto, para sentarem-se, rogando ao Médico dos pobres que proferisse uma oração introdutória, mediante a qual se iniciaria, ali, uma nova atividade. Terminada a prece, Emerenciana explicou: “Como de hábito, quando encerrado o atendimento aos que vêm à consulta, fazem-se necessárias algumas providências como prosseguimento ao primeiro serviço prestado. Não desconhecemos que, nos casos de obsessão e vampirização espiritual, estamos lidando com personalidades desencarnadas psicopatas e portadoras de alta dose de insensibilidade emocional, que as tornam perversas, inclementes. Hoje teremos, como de outras vezes, que destacar alguns voluntários do nosso Grupo de trabalho socorrista, para dar assistência àqueles que nos parecem mais vulneráveis às agressões dos seus exploradores psíquicos. Desse modo, requisitamos ajuda para Carlos, Lício e Aderson, que prosseguirão recebendo-a, no esforço que empreenderão em favor da própria saúde. Todos sabemos que, reconhecendo-se descobertos, os agressores investem com súbita irrupção de violência, num tentame final de desforço ou como medida de apavoramento, impedindo que os pacientes retornem ao socorro de que necessitam”. Miranda ficou admirado com a argúcia de Emerenciana, superior ao que ele imaginara, porquanto, além da terapia curadora, não descuidara das providências preventivas, numa atitude de grande sabedoria. “Agradecerei – disse a Mentora – que me informem a respeito de qualquer ocorrência que pareça anormal ou inusitada, em relação aos nossos irmãos que, a partir de agora, passam a ser pupilos da nossa afetividade, sem desrespeito aos códigos legais que os surpreenderam, exigindo-lhes a regularização das suas infrações.” “A função dos assistentes, que os devem acompanhar, é de vigilantes, sem que tomem quaisquer providências precipitadas em seu favor. Devem inspirar-lhes alento e coragem, bom-humor e pensamentos superiores, de modo que possam romper as ligações com os adversários aos quais se acostumaram.” (Loucura e Obsessão, cap. 9, pp. 107 e 108.) (Continua no próximo número.)


(1)
Zoantropia: perturbação mental em que o enfermo se acredita convertido num animal. 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita