JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte,
MG
(Brasil)
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Jesus é um homem
divinizado e não um Deus
humanizado
Respeitemos o dogma de
Niceia (325) que
proclamou que Jesus é
outro Deus, mas, pela
Bíblia, Ele é Filho de
Deus.
O Enviado de Deus é um
homem tão perfeito que
os teólogos, ainda na
infância da teologia,
viram Nele outro Deus!
“Mas entre Deus e Jesus
há um abismo.” (Ário).
Aliás, o próprio Jesus
ensinou o monoteísmo, ou
a crença num Deus Único.
O dogma fala que as
Pessoas Trinitárias é
que são Três, mas que
Deus é um só. Porém é um
ensino contraditório,
pois afirma também que
Jesus é Deus, e até diz
que quem não aceita que
Jesus seja Deus não é
cristão. Mas é Jesus
mesmo que diz que seus
discípulos são aqueles
que se amam uns aos
outros, não sendo, pois,
os que creem em algumas
doutrinas criadas e
impostas pelos teólogos
pela força, e não
expostas pela razão.
E eis alguns exemplos
bíblicos de que Jesus
não é Deus, mas, como
nós, é filho de Deus e,
consequentemente, Ele é
também nosso irmão: “Ao
jovem rico, que O chamou
bom Mestre, Ele diz: Por
que me chamas bom? Bom
só Deus o é” (Mateus 19:
17). Sem comentários.
Na Ressurreição ou
aparição a Maria
Madalena, Jesus lhe
ordena: “Vai ter com
meus irmãos e dize-lhes
que eu subo a meu Pai e
vosso Pai, a meu Deus e
vosso Deus” (João 20:
17). Se Jesus é nosso
irmão, Ele não pode ser
Deus.
“Há um só Deus e Pai de
todos, o qual é sobre
todos, age por meio de
todos e está em todos.”
(Efésios 4: 6).
Dispensa-se comentário.
“A vida eterna consiste,
oh! meu Pai, em te
conhecer a ti, o único
Deus verdadeiro, e em
conhecer a Jesus Cristo,
a quem tu enviaste.”
(João 17: 3). Sem
comentários.
“O Pai é maior do que
eu.” (João 14: 28). Se
Jesus fosse Deus mesmo,
Ele seria igual ao Deus
Pai, e não inferior a
Ele.
Sobre quando será o
final dos tempos, não do
mundo, Jesus disse:
“Quanto a esse dia e
essa hora, ninguém o
sabe, nem os anjos que
estão no céu, nem o
Filho; só o Pai o sabe”
(Marcos 13: 32). Se
Jesus fosse também Deus,
Ele o saberia.
“Meu Pai, que me enviou,
é quem, por seu
mandamento, me
prescreveu o que devo
dizer e o que devo
anunciar.” (João 12:
49). Quem envia é
superior ao enviado, que
é, pois, subordinado ao
“enviador”. Se Jesus
fosse Deus verdadeiro,
Ele viria por sua
própria decisão.
Ademais, o que Ele
ensina não é Dele.
“Eu e o Pai somos um.”
(João 10: 30), ou seja,
Jesus está em sintonia
com a vontade do Pai. E
é Ele próprio quem diz
que nós também devemos
ser um com Ele e o Pai:
“A fim de que, Pai,
assim como tu estás em
mim e eu em ti, eles
sejam do mesmo modo um
em nós” (João 17: 21).
As nossas reencarnações
são para nos
divinizarmos,
tornando-nos, pois, cada
vez mais semelhantes a
Deus em perfeição. Jesus
e todos nós somos deuses
(João 10: 34; e Salmo
82: 6), mas relativos.
Deus absoluto é só o
Pai.
Deus, por ser imutável,
não evolui e menos ainda
regride. E, se Ele se
humanizasse, Ele
regrediria e poderia até
estar sujeito ao pecado!
Jesus, pois, é um homem
que se divinizou,
aperfeiçoando-se
(Hebreus 5: 9) e,
portanto, é nosso modelo
para a nossa busca
evolutiva e a nossa
consequente divinização,
à proporção que nós nos
vamos tornando realmente
semelhantes a Deus pelo
nosso aperfeiçoamento.