Em carta publicada nesta
mesma edição, o leitor Paulo
R. Prospero, de São Carlos
(SP), pergunta-nos se existe
algum tipo de critério que
analise a real evolução
positiva de um Centro
espírita, ou seja, quão útil
ele está sendo aos
frequentadores e à
população? Tem como medir
qual é o "melhor" numa
região para se frequentar?
Já tratamos em nossa revista
de uma questão parecida.
Na oportunidade, o leitor
indagava quais são os sinais
e em que situações podemos
considerar que determinado
Centro Espírita deixou de
ser assistido pelos Bons
Espíritos e passou a ser
controlado pelos Espíritos
inferiores.
Para evitar emitir uma mera
opinião pessoal, recorremos
à colaboração de diversos
companheiros que escrevem
regularmente nesta revista.
Com a participação dos
confrades, elaboramos então
a nossa resposta, que
adiante sintetizamos:
1. São inúmeros os fatos que
podem sugerir-nos que algo
não vai bem na condução de
um Centro Espírita, e talvez
seja muito difícil enumerar
todos eles. Eis, contudo,
alguns fatos que concorrem
para colocar em risco as
atividades de um Centro
Espírita:
a. Definição e busca de
objetivos distorcidos ou
equivocados.
b. Falta de rotatividade na
escolha dos dirigentes do
Centro.
c. Prática do guiismo, pela
qual o Centro Espírita se
fia exclusivamente no que
diz seu guia espiritual,
ainda quando sua orientação
se revele absurda ou
contraditória.
d. Adoção de práticas
inadequadas, incompatíveis
com as obras de Allan
Kardec.
e. Ausência de fraternidade
e de harmonia; disputas
entre dirigentes ou
trabalhadores; diz-que-diz;
intrigas; ciumeiras
exageradas; melindres;
médiuns não assíduos;
trabalhadores em conflito.
f. Atendimento mediúnico
dado a problemas
exclusivamente materiais.
g. Formação de grupos que se
apegam a cargos.
h. Inexistência de estudos
doutrinários regulares.
i. Falta de interação com
outras Casas Espíritas ou
com os órgãos de Unificação,
a federativa estadual e os
órgãos que a representam.
j. Inexistência de
atividades de assistência e
promoção social.
k. Realização de promoções
para arrecadar recursos por
meio de bingos, jogos de
azar ou atividades, como os
jantares dançantes, em que o
álcool esteja presente.
2. Se determinado Centro
Espírita se encontra sob a
influência de Espíritos
inferiores e enganadores, é
claro que é possível
reverter a situação e
resgatar a simpatia dos
Benfeitores espirituais,
porque, em verdade, eles não
se afastam efetivamente;
apenas aguardam a boa
vontade, a boa determinação
e as boas ações dos
dirigentes do Centro, o que
fará com que voltem. Dá-se
aí algo parecido com a
atuação dos chamados anjos
de guarda ou protetores
espirituais, como nos é dito
na questão 495 d´O Livro
dos Espíritos.
A oração, a decisão séria de
mudança, a eliminação dos
fatores acima citados, a
busca da harmonia e da paz,
aliadas a promoções
doutrinárias que ergam o
nível das atividades da
Casa, eis ações que aos
poucos farão com que o
Centro Espírita volte ao
caminho do qual jamais
deveria ter-se afastado.
Segundo Miguel Vives y
Vives, os Centros Espíritas
devem ser a Cátedra do
Espírito da Verdade, porque,
se não servirem ao Espírito
de luz, sofrerão a
influência do Espírito das
trevas. Não há fórmula para
atrair os Espíritos de luz;
por isso, é necessário
observar algumas regras para
atraí-los e fazer-lhes
agradável a permanência nas
reuniões. Assim, os Centros
Espíritas devem ser casas de
amor, de caridade, de
indulgência, de perdão, de
humildade, de abnegação, de
virtude, de bondade e de
justiça, a fim de que possam
atrair os Bons Espíritos.
(Cf. O Tesouro dos
Espíritas, 1ª Parte, Guia
Prático para a Vida
Espírita, tradução de J.
Herculano Pires, págs. 107 a
115.)
Cremos que as observações
acima podem dar ao leitor os
subsídios necessários para
que ele mesmo obtenha a
resposta ao que nos
perguntou.
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