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O Espiritismo responde
Ano 8 - N° 365 - 1° de Junho de 2014
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
BLOG
ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
Em carta publicada nesta mesma edição, o leitor Paulo R. Prospero, de São Carlos (SP), pergunta-nos se existe algum tipo de critério que analise a real evolução positiva de um Centro espírita, ou seja, quão útil ele está sendo aos frequentadores e à população? Tem como medir qual é o "melhor" numa região para se frequentar?

Já tratamos em nossa revista de uma questão parecida.

Na oportunidade, o leitor indagava quais são os sinais e em que situações podemos considerar que determinado Centro Espírita deixou de ser assistido pelos Bons Espíritos e passou a ser controlado pelos Espíritos inferiores.

Para evitar emitir uma mera opinião pessoal, recorremos à colaboração de diversos companheiros que escrevem regularmente nesta revista. Com a participação dos confrades, elaboramos então a nossa resposta, que adiante sintetizamos:

1. São inúmeros os fatos que podem sugerir-nos que algo não vai bem na condução de um Centro Espírita, e talvez seja muito difícil enumerar todos eles. Eis, contudo, alguns fatos que concorrem para colocar em risco as atividades de um Centro Espírita:

a. Definição e busca de objetivos distorcidos ou equivocados.

b. Falta de rotatividade na escolha dos dirigentes do Centro.

c. Prática do guiismo, pela qual o Centro Espírita se fia exclusivamente no que diz seu guia espiritual, ainda quando sua orientação se revele absurda ou contraditória.

d. Adoção de práticas inadequadas, incompatíveis com as obras de Allan Kardec.

e. Ausência de fraternidade e de harmonia; disputas entre dirigentes ou trabalhadores; diz-que-diz; intrigas; ciumeiras exageradas; melindres; médiuns não assíduos; trabalhadores em conflito.

f. Atendimento mediúnico dado a problemas exclusivamente materiais.

g. Formação de grupos que se apegam a cargos.

h. Inexistência de estudos doutrinários regulares.

i. Falta de interação com outras Casas Espíritas ou com os órgãos de Unificação, a federativa estadual e os órgãos que a representam.

j. Inexistência de atividades de assistência e promoção social.

k. Realização de promoções para arrecadar recursos por meio de bingos, jogos de azar ou atividades, como os jantares dançantes, em que o álcool esteja presente.

2. Se determinado Centro Espírita se encontra sob a influência de Espíritos inferiores e enganadores, é claro que é possível reverter a situação e resgatar a simpatia dos Benfeitores espirituais, porque, em verdade, eles não se afastam efetivamente; apenas aguardam a boa vontade, a boa determinação e as boas ações dos dirigentes do Centro, o que fará com que voltem. Dá-se aí algo parecido com a atuação dos chamados anjos de guarda ou protetores espirituais, como nos é dito na questão 495 d´O Livro dos Espíritos.

A oração, a decisão séria de mudança, a eliminação dos fatores acima citados, a busca da harmonia e da paz, aliadas a promoções doutrinárias que ergam o nível das atividades da Casa, eis ações que aos poucos farão com que o Centro Espírita volte ao caminho do qual jamais deveria ter-se afastado.

Segundo Miguel Vives y Vives, os Centros Espíritas devem ser a Cátedra do Espírito da Verdade, porque, se não servirem ao Espírito de luz, sofrerão a influência do Espírito das trevas. Não há fórmula para atrair os Espíritos de luz; por isso, é necessário observar algumas regras para atraí-los e fazer-lhes agradável a permanência nas reuniões. Assim, os Centros Espíritas devem ser casas de amor, de caridade, de indulgência, de perdão, de humildade, de abnegação, de virtude, de bondade e de justiça, a fim de que possam atrair os Bons Espíritos. (Cf. O Tesouro dos Espíritas, 1ª Parte, Guia Prático para a Vida Espírita, tradução de J. Herculano Pires, págs. 107 a 115.)

Cremos que as observações acima podem dar ao leitor os subsídios necessários para que ele mesmo obtenha a resposta ao que nos perguntou.
 

 


 
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