A. É verdade que
numerosos
contraditores,
vencidos pela
evidência dos
fatos, mudaram
de tática com
relação ao
Espiritismo?
Sim. Depois de
haverem longo
tempo negado a
realidade dos
fenômenos
espíritas,
numerosos
contraditores
mudaram de
tática e agora
afirmam: Sim, o
Espiritismo é
verdadeiro, mas
a sua prática é
inçada de
perigos. Esses
perigos,
entretanto, têm
sido muito
exagerados. De
fato, em todas
as coisas há
precauções a
adotar, mas é
injusto
salientar o lado
mau das práticas
espíritas, sem
assinalar os
benefícios que
delas resultam e
que sobrepujam
consideravelmente
os abusos e as
decepções.
(No Invisível,
3ª Parte.
Grandezas e
misérias da
mediunidade -
XXII - Prática e
perigos da
mediunidade.)
B. De onde
provêm as
dificuldades da
experimentação
espírita?
As dificuldades
provêm de não
possuírem os
nossos
contemporâneos,
em geral, a
mínima noção das
leis psíquicas e
serem, além
disso, inaptos
para as estudar
com proveito, em
virtude das
disposições de
espírito
resultantes de
péssima
educação. Por
sua presunção e
preconceitos,
como por seu
escarninho
cepticismo,
afastam de si as
influências
favoráveis. Em
tais condições,
pode acontecer
que a
experimentação
espírita reserve
numerosas
ciladas, muito
mais,
entretanto, aos
médiuns que aos
observadores.
Como sabemos, o
médium é um ser
nervoso,
sensível,
impressionável;
tem necessidade
de sentir-se
envolto numa
atmosfera de
calma, de paz e
benevolência,
que só a
presença dos
Espíritos
adiantados pode
criar. A
prolongada ação
fluídica dos
Espíritos
inferiores lhe
pode ser
funesta,
arruinar-lhe a
saúde,
provocando os
fenômenos de
obsessão e
possessão de que
falamos.
(Obra citada, 3ª
Parte. Grandezas
e misérias da
mediunidade -
XXII - Prática e
perigos da
mediunidade.)
C. Que atitude é
recomendável
quando lidamos
com os chamados
obsessores?
Segundo Léon
Denis, os maus
Espíritos são,
em geral, apenas
ignorantes e
pode-se
conduzi-los ao
caminho do bem
pela doçura,
paciência e
persuasão. Essa
é a atitude
recomendável
nesses casos,
capaz de fazer
cessar o
processo, sem
uso nenhum de
violência. A
propósito, ele
reproduz um
interessante
relato publicado
em “Annales des
Sciences
Psychiques”, de
janeiro de 1911,
atestado pelo
Sr. E. Magnin,
professor da
Escola de
Magnetismo, no
qual se revela a
excelência do
método
mencionado.
(Obra citada, 3ª
Parte. Grandezas
e misérias da
mediunidade -
XXII - Prática e
perigos da
mediunidade.)
Texto para
leitura
1057. Todos os
fatos que
acabamos de
citar estão
revestidos das
garantias
necessárias para
assegurar-lhes a
autenticidade.
Em sua maioria,
foram eles
submetidos à
mais rigorosa
crítica.
Poderíamos ter
acrescentado
muitos outros
casos
semelhantes, se
o plano deste
trabalho não nos
impusesse
limites
restritos.
1058. Em resumo,
podemos dizer
que são copiosas
as provas da
sobrevivência
para aqueles que
as procuram de
ânimo sincero,
com inteligência
e perseverança.
Assim, a noção
de imortalidade
se destaca pouco
a pouco das
sombras
acumuladas pelos
sofismas e
negações, e a
alma humana se
afirma em sua
imperecedoura
realidade. O
Universo
infinito vem a
ser a nossa
eterna pátria. A
vasta
perspectiva dos
tempos se
desdobra aos
nossos olhos
como o campo de
nossos
trabalhos, de
nossos estudos e
progressos. E
quando esta
certeza penetrou
em nosso
espírito, nenhum
desfalecimento
nem temor nos
pode mais
acabrunhar, nem
nesta vida nem
nas inúmeras
vidas que nos
compele o
destino a
percorrer.
1059. 3ª
Parte. Grandezas
e misérias da
mediunidade -
XXII - Prática e
perigos da
mediunidade
– Depois de
haverem longo
tempo negado a
realidade dos
fenômenos
espíritas,
numerosos
contraditores,
subjugados pela
evidência,
mudaram de
tática e
afirmam: Sim, o
Espiritismo é
verdadeiro, mas
a sua prática é
inçada de
perigos.
1060. Não se
pode contestar
que o
Espiritismo
ofereça perigos
aos imprudentes
que, sem estudos
prévios, sem
preparo, sem
método nem
proteção eficaz,
se entregam às
investigações
ocultas. Fazendo
da
experimentação
um passatempo,
uma frívola
diversão, atraem
os elementos
inferiores do
mundo invisível,
de cujas
influências
fatalmente
padecem.
1061. Esses
perigos,
entretanto, têm
sido muito
exagerados. Em
todas as coisas
há precauções a
adotar. A
Física, a
Química e a
Medicina exigem
também
prolongados
estudos e o
ignorante que
pretendesse
manipular
substâncias
químicas,
explosivos ou
tóxicos, poria
em risco a saúde
e a própria
vida.
1062. Não há uma
só coisa,
conforme o uso
que dela
fizermos, que
não seja boa ou
má. É sempre
injusto
salientar o lado
mau das práticas
espíritas, sem
assinalar os
benefícios que
delas resultam e
que sobrepujam
consideravelmente
os abusos e as
decepções.
Nenhum
progresso,
nenhuma
descoberta se
efetua sem
perigos.
1063. Se ninguém
tivesse, desde a
origem dos
tempos, ousado
aventurar-se no
Oceano, porque a
navegação é
arriscada, que
teria daí
resultado? A
Humanidade,
fragmentada em
diversas
famílias,
permaneceria
insulada nos
continentes e
teria perdido
todo o proveito
que aufere das
viagens e
permutas.
1064. O mundo
invisível é
também um vasto
e profundo
oceano semeado
de escolhos, mas
repleto de vida
e de riqueza.
Por trás da
cortina do
além-túmulo se
agitam multidões
inúmeras que
temos interesse
em conhecer,
porque são
depositárias do
segredo de nosso
próprio futuro.
Daí a
necessidade de
estudar, de
explorar esse
mundo invisível
e ponderar-lhe
as forças, os
inexauríveis
recursos que
contém, recursos
ao pé dos quais
os da Terra
parecerão um dia
bem restritos.
1065. A ação do
mundo invisível
sobre a
Humanidade é
constante.
Estamos
submetidos às
suas influências
e sugestões.
Querer ignorá-lo
é conservar-se
inerme diante
desse mundo, ao
passo que por um
estudo metódico
aprendemos a
atrair as forças
benfazejas, os
socorros, as
boas influências
que ele encerra;
aprendemos a
repelir as más
influências, a
reagir contra
elas pela
vontade e pela
prece.
1066. Tudo
depende do modo
de emprego e da
direção dada às
nossas forças
mentais. E
quantos males
há, cuja origem
nos escapa,
porque queremos
ignorar essas
coisas, males
que poderiam ser
evitados por um
estudo
aprofundado e
consciencioso do
mundo invisível!
Em sua maior
parte, os
neuróticos e os
alucinados,
tratados sem
êxito pela
medicina
oficial, não são
mais que
obsessos,
passíveis de ser
curados pelas
práticas
espíritas e
magnéticas.
1067. Deus
colocou o homem
no centro de um
oceano de vida,
de um
reservatório
inesgotável de
forças e
potência. E
deu-lhe a
inteligência, a
razão, a
consciência,
para aprender a
conhecer essas
forças, a
assenhorear-se
delas e as
utilizar. Por
esse exercício
constante é que
a nós mesmos nos
desenvolveremos
e chegaremos a
afirmar o nosso
império sobre a
Natureza, o
domínio do
pensamento sobre
a matéria, o
reino do
Espírito sobre o
mundo. É esse o
mais elevado
objetivo a que
possamos
consagrar a
nossa vida. Em
vez de afastar
dele o homem,
ensinemos-lhe a
caminhar ao seu
encontro, sem
hesitação.
Estudemos,
escrutemos o
Universo em
todos os seus
aspectos, sob
todas as suas
formas. Saber é
o supremo bem, e
todos os males
provêm da
ignorância.
1068. As
dificuldades da
experimentação
provêm de não
possuírem os
nossos
contemporâneos,
em geral, a
mínima noção das
leis psíquicas e
serem, além
disso, inaptos
para as estudar
com proveito, em
virtude das
disposições de
espírito
resultantes de
péssima
educação. Por
sua presunção e
preconceitos,
como por seu
escarninho
cepticismo,
afastam de si as
influências
favoráveis. Em
tais condições,
pode acontecer
que a
experimentação
espírita reserve
numerosas
ciladas, muito
mais,
entretanto, aos
médiuns que aos
observadores.
1069. O médium é
um ser nervoso,
sensível,
impressionável;
tem necessidade
de sentir-se
envolto numa
atmosfera de
calma, de paz e
benevolência,
que só a
presença dos
Espíritos
adiantados pode
criar. A
prolongada ação
fluídica dos
Espíritos
inferiores lhe
pode ser
funesta,
arruinar-lhe a
saúde,
provocando os
fenômenos de
obsessão e
possessão de que
falamos. São
numerosos esses
casos. Allan
Kardec os
estudou e
assinalou.
Vários outros,
depois dele,
foram relatados
por Eugênio Nus.
Citaremos casos
mais recentes.
Alguns chegam
até à loucura.
Disso forjaram
um argumento
contra o
Espiritismo.
Tais desastres,
contudo,
resultam
simplesmente da
leviandade e
falta de
precaução dos
experimentadores,
e nada provam
contra o
princípio. Por
toda parte, no
Espiritismo, ao
lado do mal se
encontra o
remédio.
1070. É
necessário, como
dissemos, adotar
precauções na
prática da
mediunidade. As
vias de
comunicação que
o Espiritismo
facilita entre o
nosso e o mundo
oculto podem
servir de
veículos de
invasão às almas
perversas que
flutuam em nossa
atmosfera, se
lhes não
soubermos opor a
resistência
vigilante e
firme. Muitas
almas sensíveis
e delicadas,
encarnadas na
Terra, têm
sofrido em
consequência de
seu comércio com
esses Espíritos
maléficos, cujos
desejos,
apetites e
remorsos os
atraem
constantemente
para perto de
nós.
1071. As almas
elevadas sabem,
mediante seus
conselhos,
preservar-nos
dos abusos, dos
perigos, e nos
guiar pelo
caminho da
sabedoria; mas
sua proteção
será ineficaz
se, por nossa
parte, não
fizermos
esforços para
nos melhorarmos.
1072. É destino
do homem
desenvolver suas
forças, edificar
ele próprio sua
inteligência e
sua consciência.
É preciso que
saibamos atingir
um estado moral
que nos ponha ao
abrigo de toda
agressão das
individualidades
inferiores. Sem
isso, a presença
de nossos Guias
será impotente
para nos
salvaguardar. Ao
contrário, a luz
que em torno de
nós projetam
atrairá os
Espíritos do
abismo, como a
lâmpada acesa na
amplidão da
noite atrai as
falenas, os
pássaros
noturnos, todos
os alados
habitantes da
treva.
1073. Falamos
das obsessões;
eis a seguir
alguns exemplos.
O médium Filipe
Randone, diz “La
Mediunità”, de
Roma, tem sido
alvo das
turbulências de
um Espírito
designado pelo
nome de “uomo
fui”, que se tem
esforçado várias
vezes para
esmagá-lo,
durante a noite,
sob uma pilha de
móveis, que se
diverte em
transportar-lhe
para o leito. Em
plena sessão,
ele se apodera
violentamente de
Randone e o
atira ao chão,
com risco de o
matar. Até agora
não foi possível
desembaraçar o
médium desse
perigoso
visitante.
1074. Em
compensação, a
revista “Luz y
Unión”, de
Barcelona,
edição de
dezembro de
1902, refere que
uma infortunada
mãe de família
impelida ao
crime contra seu
marido por uma
influência
oculta,
acometida de
acesso de furor,
para cuja
debelação eram
de todo
impotentes os
recursos
ordinários, foi
curada em dois
meses, graças à
evocação e
conversão do
Espírito
obsessor,
mediante a
persuasão e a
prece.
1075. É evidente
que análogos
resultados
seriam obtidos,
em muitos casos,
com o emprego
dos mesmos
processos. Em
sua maioria, os
Espíritos que
intervêm nos
fenômenos de
casas
mal-assombradas
podem ser
classificados
entre os
obsessores. O
espectro de
Valence-en-Brie
(1896), que
derribava os
móveis na casa
do Sr. Lebègeu,
e cuja voz se
fazia ouvir
desde a adega
até o sótão,
injuriando os
moradores,
expandindo-se em
palavras
grosseiras e
expressões
indecorosas, é o
tipo desses
manifestantes de
baixa categoria.
1076. O
“Psychische
Studien”, de
agosto de 1891,
registra um caso
análogo. Uma
pobre mulher de
Goepingen, de 50
anos de idade,
era perseguida
pelo Espírito de
seu marido que,
depois de a
haver
abandonado,
ausentando-se
para a América e
levando consigo
uma outra
mulher,
assassinara sua
amante e
suicidara-se em
seguida.
Produzia
variados e
contínuos ruídos
em seu quarto e
impedia de
dormirem os
locatários
vizinhos. Ela o
reconhecia pela
voz; e teve que
mudar várias
vezes de
domicílio, mas
inutilmente. O
Espírito a toda
parte a
acompanhava.
Metia-se-lhe na
cama durante a
noite,
empurrava-a com
violência e
puxava-lhe o
cabelo. Uma
ocasião
queimou-a tão
vivamente que
durante 15 dias
ela conservou o
sinal da
queimadura.
1077. Esses maus
Espíritos são,
em geral, apenas
ignorantes e
pode-se
conduzi-los ao
caminho do bem
pela doçura,
paciência e
persuasão.
Também os há
perversos,
endurecidos e
mesmo perigosos,
que se não
conseguiria
impunemente
afrontar, sem se
estar munido de
vontade, de fé e
de moralidade.
Convém
repeti-lo: a lei
de analogia
regula todas as
coisas no
domínio do
invisível.
Nossos contactos
com o mundo
ultraterrestre
variam ao
infinito,
conforme a
natureza de
nossos
pensamentos e de
nossos fluidos,
que constituem
poderosos ímãs
para o bem como
para o mal.
Mediante ele
podemos
associar-nos ao
que há de melhor
ou de pior no
Além e provocar
em torno de nós
as manifestações
mais sublimes ou
os mais
repulsivos
fenômenos.
1078. Citemos
ainda estes dois
interessantes
casos de
obsessão, que
foi possível
fazer cessar
mediante
processos
diferentes,
tendo sido o
primeiro
publicado em
“Annales des
Sciences
Psychiques”, de
janeiro de 1911,
e atestado pelo
Sr. E. Magnin,
professor da
Escola de
Magnetismo:
“Uma senhora,
ainda bem moça,
que padecia
dores de cabeça
de origem
neurastênica, ao
fim de alguns
anos agravadas
com uma obsessão
de suicídio, me
veio consultar.
O minucioso
exame que lhe
fiz revelou um
organismo isento
de qualquer tara
física. O lado
psíquico, ao
contrário,
deixava muito a
desejar:
emotivo,
extravagante,
facilmente
sugestionável. A
enferma acusava
com insistência
uma opressão ‘enlouquecedora’,
dizia ela, sobre
a nuca,
acompanhada de
uma sensação de
peso, às vezes
intolerável,
sobre os ombros;
nessas ocasiões
sentia-se
assaltada de um
desejo quase
irresistível de
matar-se.
No curso de
longa conversa
me revelou ela
que, antes de
seu casamento,
havia sido
requestada por
um oficial, a
quem amava, mas
com quem fora,
por motivos de
família,
impedida de
casar-se.
Falecera este
algum tempo
depois, e a
breve trecho
começara ela a
sentir essa
obsessão de
acabar com a
vida. Aí estava
indubitavelmente
a origem da
ideia obsidente,
e um tratamento
psicoterápico se
impunha. Várias
sessões, em
estado de
vigília, foram
efetuadas sem
êxito; fiz em
seguida
experiências de
reeducação na
hipnose
‘magnética’ e
não obtive
melhora alguma;
sugestões
imperativas no
sono ‘hipnótico’
também não
produziram
resultado
apreciável.
Decidi então,
com anuência do
marido, mas sem
que o soubesse a
enferma, operar
com o concurso
de uma médium
que eu vinha
estudando há
algum tempo e
que muitas vezes
me surpreendera
pela nitidez das
percepções
visuais que o
seu dom de
‘vidente’ lhe
permitia
descrever-me.
Não revelei à
médium uma única
palavra da
situação e só
depois de haver
adormecido a
enferma é que a
coloquei em sua
presença.
Preveni-a de que
lhe não faria
pergunta alguma
e que, por sua
parte, se
limitasse a
descrever o mais
simplesmente
possível o que
seu dom de vista
psíquica lhe
deixasse ver.
Tão depressa foi
trazida ao pé da
enferma,
adormecida numa
poltrona,
descreveu um ser
que parecia
‘agarrado’ às
costas da
paciente. Sem
deixar perceber
minha surpresa e
o interesse que
despertava essa
observação, pedi
à vidente que
indicasse a
posição exata do
ser invisível
para mim. ‘Com a
mão direita –
disse – ele
aperta a nuca da
enferma e com a
esquerda oculta
a própria
fronte’. Depois,
ofegante de
comoção,
exclamou: ‘É um
suicida e quer
que ela se lhe
vá reunir’. A
meu pedido, lhe
descreveu a
fisionomia, a
expressão: ‘um
olhar
singularmente
estranho’.
Pudemos em
seguida, eu e a
médium,
conversar com
essa
personalidade.
Longa e
extenuante foi a
minha
conversação, até
que vim a
experimentar um
alívio e uma
verdadeira
satisfação, ao
saber pela
médium que os
meus argumentos
haviam
convencido o
‘espectro’ e
que, tocado de
compaixão, ele
prometia deixar
sua vítima em
paz.
Só duas horas
depois de ter a
médium se
retirado foi
possível
despertar a
paciente. Não
lhe revelei uma
única palavra da
experiência, que
ela devia sempre
ignorar. Ao
despedir-se, me
disse ela:
‘Sinto-me hoje
muito aliviada’.
Dois dias depois
voltou a
visitar-me: a
transformação
era visível. Sua
atitude,
expressão
fisionômica,
maneira de
vestir-se, tudo
denotava
completa mudança
em seus
pensamentos;
suas naturais
disposições, sua
jovialidade e
gosto pelas
artes lhe tinham
voltado de um
dia para o
outro. Seu
marido já não a
reconhecia, tão
brusca fora a
transição.
Depois da
aludida
experiência, a
jovem senhora
não mais tornou
a sentir a
opressão na
nuca, nem a
sensação física
de peso nos
ombros, nem a
obsessão
psíquica de
suicídio; sua
saúde, em todos
os sentidos, se
tornou até hoje
perfeita.
Uma discreta
pesquisa me
permitiu saber
que o oficial em
questão não
morrera de febre
infecciosa, como
o acreditavam as
pessoas de suas
relações, mas
que ele se tinha
realmente
suicidado com um
tiro na cabeça.
Também o seu
caráter ficou
averiguado ser
exatamente o que
descrevera a
médium, bem como
o olhar
‘estranho’,
explicado por um
ligeiro
estrabismo.”
(Continua no
próximo número.)