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Brasil
Ano 8 - N° 366 - 8 de Junho de 2014
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)
 


Um centro espírita dentro de uma escola ou uma escola com um centro espírita?

Experiência chama atenção pelos resultados alcançados
atendendo a um conselho do médium Chico Xavier.
São vinte anos de trabalho!
 

Araguari, no interior mineiro, vive interessante experiência há duas décadas. Seu protagonista, o conhecido escritor e palestrante Jamiro dos Santos Filho (foto)
– que granjeou amigos por toda parte com sua simplicidade –, acompanhado de operosa equipe, mantém na cidade uma escola. Sim, um estabelecimento de ensino dentro dos padrões de educação definidos pelo governo. É o Colégio Dom Bosco Nosso Lar, que o leitor poderá conhecer com mais detalhes acessando o site da instituição: http://www.domboscoaraguari.com.br/

O curioso é que o Centro Espírita Nosso Lar funciona dentro da escola, sem qualquer interferência nas atividades docentes. E a escola, por sua vez, em nada

também interfere nas atividades normais da instituição espírita. Com instalações amplas e modernas, o salão de palestras, inclusive, é utilizado em palestras educativas, formaturas, reuniões de pais e professores, criando uma integração muito interessante de se ver, vencendo preconceitos e derrubando paradigmas, já que a instituição é muito respeitada na cidade.

Entrevistamos Jamiro, idealizador da ideia, e indagamos sobre a origem da iniciativa, ao que respondeu:

Eu visitava o Chico Xavier regularmente, de dois em dois meses, ou pouco mais. Ia com amigos da minha cidade. Participava das reuniões no Grupo da Prece, e em algumas oportunidades tive a felicidade de almoçar ou jantar em seu lar. Em certa ocasião, almoçando com ele, contei que estava pensando em abrir um albergue ao lado de nossa casa espírita.

Chico ouviu atentamente e depois pousou sua suave mão na minha e disse: meu filho, você tem um compromisso de abrir uma escola. Assustado com o que ele disse, ainda perguntei: Abrir uma escola? Mas, não tenho formação alguma. Sorrindo ele respondeu: você não será professor, apenas deve abrir a escola. Outros irão somar com você esse projeto.

Novamente perguntei: Chico, a escola deve ser dentro do Centro? Ele disse: sim, e ela irá derrubar preconceitos contra o Espiritismo, porem você não precisa se preocupar em ensinar nossa doutrina. Isso quem deve fazer é o centro espírita.

Assim, em 1994 foi fundado o Colégio Dom Bosco/Nosso Lar. Hoje, passados exatamente 20 anos, temos desde a educação infantil até o ensino médio, com mais de 550 alunos.

E como o Chico disse, não fiz nada sozinho, pois contei com o apoio de minha família que dirige com muito carinho a nossa escola.

Não é uma escola espírita

Como o Chico Xavier pediu, a escola foi aberta nas dependências do centro. Porém, mesmo estando no mesmo prédio, isso não significa que ela seja uma escola espírita. Não se fala de Espiritismo aos alunos, pois entende-se que toda escola deve ser laica, porém sem perder a religiosidade. Dessa forma, as atividades da escola nunca comprometeram o centro, ou vice-versa. Durante o dia tem as atividades da escola e à noite as atividades normais do centro.

Estrutura física

A escola começou com três salas e o salão. No entanto, a cada ano era necessário ampliar. Aos poucos foram adquiridas novas áreas e hoje são dezoito salas de aula, o salão, cozinha, biblioteca, sala de vídeo, secretaria, setor financeiro, almoxarifado, lanchonete e espaço infantil. A escola nasceu como uma empresa particular, portanto sem nenhuma ligação com órgãos públicos. 

Preconceitos

No início aconteceu algum preconceito, sem dúvida. Tempos difíceis de uma escola pequena que buscava o seu espaço na sociedade. Porém, aos poucos a escola foi crescendo e conquistando o respeito e a credibilidade. O trabalho sério, aliado à disciplina, foi quebrando o preconceito que havia,  e  hoje  alguns  enaltecem  que a

escola, tendo os seus princípios religiosos, até ajuda na formação moral dos alunos. 

Funcionários 

Os funcionários são como os de uma empresa qualquer. Há professores e funcionários de todas as religiões, e isso não fere, de forma alguma, o convívio com os princípios da direção da escola. Todos sabem que a direção é espírita, mas sabem do profundo respeito que temos por suas religiões. 

Conquistas 

A conquista do ensino médio foi um grande passo. E o crescimento físico da escola também significou grande conquista. Jamiro afirma que tais conquistas “estão gravadas na alma, pois hoje, ao olhar o que temos e lembrar o princípio, faz com que a gratidão aos céus transborde em lágrimas de emoção.” E conclui: “O fato mais marcante é e será, sempre, o ser humano. É recompensador perceber quanto os alunos gostam da escola. E encontrar pela rua aqueles que já saíram da escola e receber deles um abraço e o carinho sincero é a recompensa maior”. 

Princípio norteador 

O princípio é ajudar a sociedade e não sugá-la. A escola existe para colaborar com o ser humano e por isso há alunos com bolsas, com diferentes descontos. O aluno jamais é informado da bolsa, pois isso é acertado com os pais, para que não haja preconceito. A quantidade de bolsas ainda está longe da projeção inicial, mas a equipe se esmera para fazer o possível a fim de alcançar esse sonho.   

Metas 

O ser humano sonha, é natural. O Colégio Dom Bosco/Nosso Lar está muito longe de ser o que pretende o grupo diretor, que também reconhece a atual realidade de expressivo valor. Para o futuro, há sim outros projetos que desejam alcançar, concretizar. São tantas as necessidades de uma escola que se torna difícil encontrar um final. A direção pensa em ampliar sempre o número de bolsas, e, quem sabe, num futuro, abrir uma outra unidade a fim de atender especialmente os alunos carentes. Assim, uma escola forte, bem aparelhada e sólida, poderá manter a outra de forma equilibrada. Mas isso é apenas um sonho, pois ainda faltam muitos passos em nossa atual estrada para consolidar de vez a nossa escola, pois ainda há tanto a fazer.  

Palavras de Jamiro 

Em nossa conversa sobre a escola, Jamiro abriu o coração e concluiu suas palavras: “Quando a gente olha para trás e vê que se passaram vinte anos, quase não acreditamos nos desafios vencidos, nas etapas conquistadas e no que foi feito. Sei que hoje a escola é bem maior do que já foi, afinal ela começou com 16 alunos e hoje são mais de 500. Porém, hoje percebo que a nossa responsabilidade também é infinitamente maior, e a sociedade, os pais e alunos esperam que a gente tenha sempre as respostas e a solução para tudo. Se hoje acontecer algum erro, a repercussão será bem maior. Por isso, o que deixo é o que está em meu coração – que Jesus nos dê saúde para que o trabalho continue, que Ele nos inspire para que acertemos nas decisões, que Ele continue sendo o Mestre maior dessa escola, e que saibamos que nessa escola seremos, sempre, os primeiros alunos a aprender que a vida vale pelo bem que fazemos aos outros”.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita