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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 8 - N° 366 - 8 de Junho de 2014
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Loucura e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 13)

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Loucura Obsessão, sexta obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1988.

Questões preliminares

A. A magia é uma prática antiga?

Sim. Segundo Felinto, uma entidade que supervisionava, na Casa, as tarefas da chamada magia branca aplicada em favor dos que eram vítimas das práticas fetichistas, a magia é uma ciência-arte tão antiga quanto as primeiras conquistas culturais do homem. Reservada à intimidade dos santuários da antiguidade oriental, consistia no uso do magnetismo, que começava a ser descoberto, da hipnose e do intercâmbio mediúnico, que os próprios imortais desencarnados propiciaram aos homens. A superlativa ignorância das leis vestiu essas práticas de rituais e fórmulas ensinadas pelos Espíritos, a maioria deles constituída de presunçosos e prepotentes, que se acreditavam deuses, exigindo sacrifícios humanos, animais, vegetais, conforme o processo da evolução  de cada povo. Conhecendo, através do estudo e da repetição das experiências, a exteriorização magnética das chamadas forças vivas da Natureza e dos seres, manipulavam-nas com grande aparato, para impressionar, colhendo alguns resultados, que projetavam os sacerdotes e quantos as praticavam. (Loucura e Obsessão, cap. 9,  pp. 113 a 115.)

B. Por que as práticas da magia negra atingem certas pessoas?

Elas atingem aqueles que se lhes fazem receptivos. Consciência de culpa inata, insegurança emocional, desajustes temperamentais, invigilância moral, insatisfação pessoal, ociosidade mental, conduta irregular e os débitos passados constituem campo vibratório propício à sintonia com as induções mentais dos maus – telepatia e telementalização perniciosas –, assim como as ondas da magnetização de objetos ofertados para as práticas nefastas – imantações fluídicas – e, por fim, a afinidade vibratória com os Espíritos perversos. (Loucura e Obsessão, cap. 9,  pp. 115 e 116.)

C. Com relação ao determinismo, podemos dizer que ele é absoluto?

Não. Eis o que Felinto, o amigo espiritual, disse a respeito: “O determinismo não é absoluto, em face dos recursos do livre-arbítrio que está sempre alterando o destino e os rumos da vida. O renascimento, algumas ocorrências e a desencarnação constituem fatalismo durante cada existência corporal. Pode ser até que se encontre estabelecido o modo pelo qual deve ocorrer a desencarnação do homem. Apesar disso, a invigilância, a precipitação, o mau gênio podem levá-lo a um suicídio, que não estava programado, a um acidente fatal, que a sua incúria provocou, ou, no sentido inverso, a conduta moral e psíquica equilibrada, sadia, ativa no bem, pode alterar-lhe completamente, na forma e no tempo, o ato desencarnatório”.  (Loucura e Obsessão, cap. 9,  pp. 115 e 116.)

Texto para leitura

49. Deus é Espírito e nessa condição devemos adorá-lo – Depois de explicar qual seria a função dos assistentes junto aos enfermos tratados pela Casa, Emerenciana nomeou para a tarefa seis Entidades que se postavam na primeira fila, destacando-as, duas a duas, para cada necessitado. Tratava-se de bons Espíritos, de mediana capacidade, igualmente vinculados às práticas da Casa. A ação do bem, naquele Núcleo, era contínua. Não havia ali margem para a ociosidade perigosa e muitos cooperadores espirituais se exercitavam no trabalho da solidariedade, adquirindo os valores positivos que os elevariam, liberando-os da canga dos instintos primários. Essa luta, como sabemos, é de todo momento e deve ser empreendida através do esforço contínuo de autossuperação e de dedicação ao próximo. Prosseguindo, a Benfeitora tornou a falar: “A nossa Casa prossegue sendo a escola-oficina de educação e ação para todos nós. Aqui descobrimos a necessidade de crescimento e de libertação dos costumes primitivos, exercitando novos hábitos evolutivos com vistas ao futuro feliz”. “Jesus nos ensinou que Deus é Espírito e como Espírito devemos adorá-lo. Apesar de a libertação ser fenômeno de conquista demorada em razão dos muitos milênios em que nos temos retido no primarismo, já nos é possível compreender que muitas das práticas às quais nos aferramos são de valor secundário, porque vivemos em campo de vibrações onde a mente é mais poderosa do que qualquer coisa ou ritual, que apenas têm a finalidade de servir de ímã que atrai a atenção, de motivo para a fixação do pensamento.” Emerenciana explicou então que, diante do atraso em que muitos Espíritos teimam em reter-se, as ocorrências de absorção das forças vivas das oferendas permaneciam em preponderância, exigindo contínua alimentação, quando já seria possível superar tal  necessidade, direcionando o pensamento em sentido superior. “No começo – informou – sempre há estranheza, para depois adaptação. Do contrário, a diferença entre os protetores e os exploradores espirituais das criaturas humanas será pequena, dando margem para que as paixões mais fortes irrompam, quando os primeiros se sintam ou se creiam desprestigiados ou não homenageados como é do paladar da presunção e da ignorância.” “Tal fato acontece amiúde em nossas fileiras, senão em nossa Casa, noutras de ação semelhante. Há protetores que, à força das paixões de que não se libertaram, transformam-se em exploradores de seus médiuns, a quem subjugam, ou daqueles que lhes buscam auxílio, cobrando-lhes dependência e submissão. Com o tempo, esquecem-se da necessidade de evoluir, satisfazendo-se com a situação em que se encontram, renteando com os impulsos primeiros e sem coragem de transferir-se para os degraus superiores da vida. Realizam as tarefas mais brutais, sem dar-se conta dos recursos que podem ser aplicados com mais eficientes resultados.” (Loucura e Obsessão, cap. 9,  pp. 109 e 110.)

50. O homem é a soma de experiências adquiridas ao longo dos milênios – Fazendo uma analogia com o arado de tração humana e animal, que foi substituído com largas vantagens pelo de força elétrica, Emerenciana esclareceu: “Em nossa área de ação, o recurso para a substituição dos instrumentos é a vontade pessoal, com a consequente aceitação da lei do progresso que a todos propele para o superior e para a liberdade. Os nossos meios de auxílio não podem ser semelhantes aos métodos de destruição de que os maus, em deplorável estado de perturbação e materialidade, se utilizam. O fogo não se apaga com o fogo. Como é verdade que o semelhante com o semelhante cura, na área da terapia homeopática, o nosso semelhante, aplicado na doença de que padecem as criaturas, é a movimentação daquelas forças, utilizando energias mais sutis, tanto mais poderosas. Deus é, para nós, a Força Total e Criadora da Vida, que nos permite entender a grandeza da Sua Obra, lentamente, crescendo em mente e amor”. O silêncio no auditório era geral. Estavam ali cerca de sessenta Entidades desencarnadas que operavam na Casa. Eram silvícolas brasileiros, antigos ex-escravos e anteriores praticantes do culto afro no Brasil. A Mentora, ao largo do tempo, assim fazendo, libertava-os das práticas ancestrais ainda predominantes. “Saímos do eito da escravidão – disse Emerenciana – com imenso reconhecimento às provas redentoras que nos lapidaram as arestas... Evocamos aquele período com emoção e júbilo, preferindo conservar os caracteres daquelas benditas oportunidades aos de quando delinquimos. É justo que assim se dê, o que não implica que se nos faça indispensável assim prosseguir. Como não aceitamos o preconceito contra o homem negro ou índio, é injustificável a mesma infeliz atitude contra o branco. Não foi a cor da pele que nos levou ao delito, mas, sim, o atraso moral que nos caracterizava, naquela experiência carnal. Tanto é verdade que, embora não hajamos adquirido o sentimento do amor pleno, naquelas sociedades, conseguimos reunir outros valores que nos são úteis, auxiliando-nos na melhor maneira de aplicar a afetividade, para que não erremos por partidarismo e precipitação, em face da ignorância dos desígnios divinos.” A Benfeitora lembrou-lhes que todos somos a soma das experiências adquiridas em várias condições sociais e em países diferentes, ao longo dos milênios. “Outrossim – acrescentou ela –, constituímos um grupo de companheiros de jornada e não mais escravos coagidos ao serviço, como supõem erradamente muitos clientes encarnados que buscam nossos recursos. Trabalhamos por amor ao próximo e também a nós mesmos, por necessidade evolutiva, e o fazemos espontaneamente, por consequência do dever mais elevado.” (Loucura e Obsessão, cap. 9,  pp. 110 a 112.)

51. A magia é uma ciência-arte muito antiga – Emerenciana lembrou aos que a ouviam que há quem, na sua ignorância presunçosa, exija a presença dos protetores e lhes dá ordens expressas, atado à antiga dominação de senhor, de que ainda não se libertou. “É um erro – disse a Instrutora –, que nos cumpre corrigir com bondade, porém, com decisão, auxiliando-o a crescer para a igualdade, para a fraternidade e para a compreensão da verdade. Como não nos devemos envergonhar das nossas existências mais humildes e, portanto, mais proveitosas, delas nos não devemos orgulhar tampouco. Toda transição é demorada; apesar disso, devemos esforçar-nos para vencê-la no mais curto prazo possível.” “Cada passo dado, nesse sentido, é terreno, à frente, conquistado.” Terminados os trabalhos, o amigo Felinto permaneceu com Miranda e Dr. Bezerra em palestra edificante. Supervisionava ele, na Casa, as tarefas da chamada magia branca aplicada em favor dos que eram vítimas das práticas fetichistas que para ali acorriam, rogando que fossem desmanchados os trabalhos da magia negra. Inquirido por Miranda a respeito da ação dos feitiços, Felinto esclareceu: “A magia é uma ciência-arte tão antiga quanto as primeiras conquistas culturais do homem. Reservada à intimidade dos santuários da antiguidade oriental, é o uso do magnetismo, que começava a ser descoberto, da hipnose e do intercâmbio mediúnico, que os próprios imortais desencarnados propiciaram aos homens. A superlativa ignorância das leis vestiu essas práticas de rituais e fórmulas ensinadas pelos Espíritos, a maioria deles constituída de presunçosos e prepotentes, que se acreditavam deuses, exigindo sacrifícios humanos, animais, vegetais, conforme o processo da evolução  de cada povo... Conhecendo, através do estudo e da repetição das experiências, a exteriorização magnética das chamadas forças vivas da Natureza e dos seres, manipulavam-nas com grande aparato, para impressionar, colhendo alguns resultados, que projetavam os sacerdotes e quantos as praticavam”. “Pela mesma forma – prosseguiu Felinto –, percebeu-se que a aplicação de tais recursos podia ajudar ou entorpecer as criaturas, promovendo-as ou perturbando-as, daí nascendo as duas correntes referidas.” O amigo espiritual lembrou que as pessoas vivem dentro dos limites que suas conquistas evolutivas lhes facultam. Assinalados mais pelas necessidades do que pelas realizações superiores, todos possuímos disposições naturais para mais fácil sintonia com as forças primárias e violentas. A maioria das criaturas ainda reage mais a uma ação negativa com a qual facilmente sintoniza, do que a um gesto, um ato sutil de afetividade, de gentileza. (Loucura e Obsessão, cap. 9,  pp. 113 a 115.)

52. Porque a magia negra atinge certas pessoas – É disso que decorre que nas práticas da magia negra há sempre aqueles que se fazem receptivos. Consciência de culpa inata, insegurança emocional, desajustes temperamentais, invigilância moral, insatisfação pessoal, ociosidade mental, conduta irregular e os débitos passados constituem campo vibratório propício à sintonia com as induções mentais dos maus – telepatia e telementalização perniciosas –, assim como as ondas da magnetização de objetos ofertados para as práticas nefastas – imantações fluídicas – e, por fim, a afinidade vibratória com os Espíritos perversos e com os Encantados que se deixam utilizar, na sua ignorância, para estes fins ignóbeis ou elevados. “Na cultura religiosa do passado e do presente – disse Felinto – encontramos esses seres sob a denominação de devas, elementais, fadas, gênios, silfos, elfos, djins, faunos... A senhora Helena Blavatsky fez uma exaustiva pesquisa a tal respeito e os classificou largamente. Os cabalistas também classificaram os Elementais mais evoluídos, encarregados do Ar, da Terra, do Fogo e da Água, respectivamente, Sílfides, Gnomos, Salamandras e Ondinas...” Felinto afirmou, então, que esses seres encontram-se em trânsito evolutivo, mediante as reencarnações entre o psiquismo do Primata homini e o Homo sapiens, ainda destituídos de discernimento, ingênuos e simples na sua estrutura espiritual íntima e que são utilizados pelos Espíritos, encarnados ou não, para uma ou outra atividade, conforme tem demonstrado a experiência nesse campo. Existem, ademais, Entidades que se atribuem valores que não possuem e que chegam às raias da autofascinação, assumindo a personificação de certas deidades e atirando-se, embriagadas de presunção, em tais misteres. Lembrando que acima de tudo, e comandando todas as ações, está o amor de Nosso Pai, sempre vigilante, Felinto acrescentou: “O determinismo não é absoluto, em face dos recursos do livre-arbítrio que está sempre alterando o destino e os rumos da vida. O renascimento, algumas ocorrências e a desencarnação constituem fatalismo durante cada existência corporal. Pode ser até que se encontre estabelecido o modo pelo qual deve ocorrer a desencarnação do homem. Apesar disso, a invigilância, a precipitação, o mau gênio podem levá-lo a um suicídio, que não estava programado, a um acidente fatal, que a sua incúria provocou, ou, no sentido inverso, a conduta moral e psíquica equilibrada, sadia, ativa no bem, pode alterar-lhe completamente, na forma e no tempo, o ato desencarnatório”. (Loucura e Obsessão, cap. 9,  pp. 115 e 116.)  (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita