Pouco se tem escrito sobre
as curas que o médium Chico
Xavier pôde realizar ao
longo da vida, mas de vez em
quando ouvimos o relato de
alguém que, direta ou
indiretamente, se beneficiou
de suas faculdades
curadoras.
No início de sua tarefa na
Terra, Chico exercia também
a mediunidade de efeitos
físicos, tendo ficado
célebres as reuniões que
promoveu junto a vários
amigos, tanto em Pedro
Leopoldo quanto em Uberaba.
Os que tiveram o privilégio
de presenciar as referidas
reuniões com ele, afirmam
que observaram inesquecíveis
fenômenos.
Recordamo-nos do que nos
contou certa vez o nosso
saudoso Joaquim Alves, o Jô.
Chico estava num pequeno
quarto, recostado numa
poltrona. Ao entrar em
transe, dentro de poucos
minutos uma intensa luz
começa a jorrar inundando
todo o ambiente da reunião.
Para surpresa geral e
alegria de todos, Emmanuel
surge materializado de corpo
inteiro, trajado à romana,
com as 204 estrelas do
Cruzeiro do Sul
resplandecendo em seu peito.
Nessas reuniões, ainda se
materializavam André Luiz e
Scheilla, que aplicavam
passes nos enfermos,
deixando perfumados os
vasilhames com água. Mais
tarde, Emmanuel recomendou a
Chico que não seria
conveniente continuar se
desgastando nas atividades
da materialização, porque a
sua tarefa primordial, na
atual existência, era o
livro.
Um dia desses, apareceu no
Grupo Espírita da Prece um
casal que Chico não via há
41 anos. Certa vez, contaram
ali diante de todos, Chico
lhes curara a filhinha de
apenas seis meses de vida e
que estava desenganada pela
medicina. Impondo-lhe as
mãos, na simples aplicação
do passe, a menina se
recuperou e hoje é mãe de
dez filhos. Ao ouvir o
depoimento do casal, o
médium sorriu e acrescentou:
Deus não poderia permitir
que uma vida tão preciosa,
que já gerou outras dez, se
perdesse.
E os casos de curas se
multiplicaram. Em Uberaba
mesmo conhecemos um amigo de
nome César que sofria com
feridas por todo o corpo. Já
havia desanimado de
tratamento médico que fizera
até nas grandes capitais. Um
dia alguém o convidou para
falar com Chico. O médium,
ao vê-lo, vai logo
chamando-o pelo nome, sem
que nunca tivessem se
encontrado antes. Escreve
num pedaço de papel uma
receita simples. Chegando em
casa, muito cansado, com
dores e aborrecido pelo
tempo que esperara na fila,
César pensa consigo: Esse
Chico Xavier é mais um
charlatão. Eu já me tratei
com diversas autoridades da
medicina e não me curei,
agora ele quer me curar com
uma receita escrita num
papel qualquer. Ato
contínuo, rasga a receita e
a joga no lixo.
Um dia estava assentado na
porta de sua loja de
tecidos, desolado, quando
vai descendo pela rua o
Chico que, reconhecendo-o,
diz: Como é, meu filho, está
melhor? Já usou os
medicamentos? Envergonhado,
César mente que estava
usando sim, mas Chico fala:
Meu filho, o remédio é um
ponto de vista, mas quem
cura mesmo é Jesus;
precisamos confiar nele.
Daquele momento em diante,
as feridas começaram a
cicatrizar e dentro de
breves dias César estava com
o corpo completamente limpo.
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