Regência, em matéria
gramatical, é o nome que se
dá ao mecanismo que regula
as ligações entre um verbo
ou um nome e seus
complementos. Classifica-se
em regência verbal e
regência nominal.
Regência verbal
Se o termo regente é um
verbo, temos a regência
verbal.
Exemplos:
Ela gosta do rapaz.
(Termo regente: gosta. Complemento: do rapaz.)
Ela ama o rapaz.
(Termo regente: ama. Complemento: o rapaz.)
Regência nominal
Quando o termo regente é um
nome, eis a regência
nominal.
Exemplos:
Obediência aos pais.
(Termo regente: obediência. Complemento: aos pais.)
Amor à pátria.
(Termo regente: amor. Complemento: à pátria.)
Do desconhecimento das
normas relativas à regência
é que se originam muitos
erros cometidos nos textos
em geral. É claro que nos
importa aqui a chamada norma
culta, que é o que orienta o
uso do idioma pelas pessoas
que escrevem em jornais e
revistas.
Na edição desta e da próxima
semana focalizaremos em
especial a regência verbal,
examinando hoje qual é a
regência aplicável aos
verbos abraçar, ensinar e
obedecer.
Abraçar
a) no sentido de cingir, de
apertar nos braços, pode
ser:
·
transitivo direto: A avó
abraçou-o comovida.
·
transitivo indireto: A jovem
abraçou-se ao noivo, rindo
muito.
b) no sentido de seguir,
adotar, é transitivo direto:
·
Convertidos, os gentios
também abraçaram o
Cristianismo.
Ensinar:
Este verbo admite três
diferentes regências:
·
Ensino-lhe a música.
·
Ensino-o a tocar.
·
Ensino-lhe a cantar.
Obedecer:
Este verbo é usado
modernamente como transitivo
indireto e o mesmo se dá com
o verbo desobedecer:
·
O menino obedece aos pais.
·
Devemos obedecer às leis do
país.
·
Obediente, a filha
obedece-lhe em tudo.
*
Um leitor pergunta-nos qual
é o significado da palavra
rosicler.
Sinônimo de roxicré, o
adjetivo rosicler [do
francês rose + clair]
designa a tonalidade
róseo-pálida que lembra a da
aurora. Com valor de
substantivo, é usado para
designar essa tonalidade.
Exemplo:
O agricultor saía para o
campo assim que despontava o
rosicler da aurora.