Por intermédio da
psicografia de Divaldo
Franco, o Espírito do
célebre escritor francês
Vitor Hugo escreveu
emocionante história contada
pelo próprio Chico, sobre a
presença do iluminado
Espírito de São Luiz
Gonzaga. Esse caso está
registrado no livro “Árdua
Ascensão” (Editora Leal).
Narra Chico, que ali recebe
o pseudônimo de Armindo:
“Quatro meses depois da
desencarnação de José Xavier
(irmão de Chico), o nosso
mentor (Emmanuel)
convidou-me a assistir, em
parcial desdobramento pelo
sono, a visita que São Luiz
Gonzaga faz à Terra, no dia
21 de junho, data que lhe é
carinhosamente reservada
pelo calendário católico.
Pois bem, José (que recebe o
pseudônimo de Julião)
disse-me que deveria estar
presente ao ato, porquanto,
desde a desencarnação, ainda
permanecia com dor de
cabeça, que o afligia de
certo modo, sequela do
derrame cerebral que o
vitimara. Quando eu recobrei
a lucidez, além do corpo
físico, fui conduzido a uma
região de incomparável
beleza, onde se reunia
expressivo número de
Entidades em indisfarçável
expectativa, aguardando a
passagem do venerável
Benfeitor. José ali se
encontrava também. Não houve
tempo, no entanto, para
qualquer conversação, porque
uma incomparável melodia
coral invadiu o ambiente que
irradiava indefiníveis
claridades.
“– É o Benfeitor que se
aproxima – informou-me o
Guia, levando-nos, a mim e
ao José, a tomar posição
numa das aleias floridas...
A emoção agitava-me
interiormente e, à medida
que o grupo se acercava,
podíamos distinguir um
verdadeiro séquito de
Espíritos Felizes que
repartiam consolações. As
vozes prosseguiam cantando.
Ele deslizava tal a leveza
dos seus passos e a harmonia
do porte. Quando ia passando
por nós, sem poder conter as
lágrimas que me chegavam do
coração aos olhos, vi-o,
fixando-me docemente, com
inesquecível expressão de
bondade na face iluminada.
José tremia, ao meu lado, e
pensou na dor de cabeça que
o afligia. Sem nenhuma
palavra, o venerando
apóstolo da fé tomou de um
lírio e deu-lho.
Instintivamente, meu irmão
levou-o ao rosto e
aspirou-lhe o perfume. A
flor, porém, diluiu-se,
absorvida naquele hausto e a
cabeça de José iluminou-se,
desaparecendo a dor. Ao
desejarmos dizer algo, ele
já se havia distanciado,
repartindo bênçãos pelo
caminho. Fui trazido de
volta e, desde então, o
amigo permanece recuperado,
feliz.”
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