Entre irmãos
Um tipo de
beneficência
indispensável ao
êxito nas
tarefas de
grupo: o
entendimento
entre os
companheiros.
Não nos
referimos ao
entendimento de
superfície, mas
à compreensão de
base, através da
paciência
recíproca, que
se apresente, na
esfera do
trabalho, para a
superação de
todos os
empecilhos.
Acostumamo-nos a
subestimar as
exigências
pequeninas, como
sejam a
supressão de um
equívoco, a
reformulação de
um pedido, uma
frase calmante
em hora difícil,
o afastamento de
uma queixa...
E a tisna de
sombra passa a
enovelar-se em
outras tisnas de
sombra; a breve
espaço, ei-las
transformadas em
bola de trevas,
intoxicando o
ânimo da equipe
com a obra
ameaçada de
colapso ou
desequilíbrio.
Não ignoramos
que um parafuso
desarranjado
numa roda em
movimento
compromete a
segurança do
carro; que o
curto-circuito
em recanto
esquecido é
suscetível de
incendiar e
destruir
edifícios
inteiros...
Mesmo assim, não
sanamos,
comumente, o
mal-entendido,
capaz de
converter-se em
agente de
perturbação ou
desordem,
arrasando largas
somas de
serviço, no qual
se garante a paz
da comunidade.
Estabelecido o
descontrole no
mecanismo de
nossas relações
uns com os
outros, pausemos
um minuto de
meditação e
prece, para
observar com
serenidade o
desajuste em
causa ou o hiato
havido.
Em seguida,
aceitemos a mais
elevada função
da palavra: a da
construção do
bem e saibamos
esclarecer-nos,
mutuamente,
esculpindo o
verbo em
tolerância e
fraternidade, a
fim de que a
marcha eficiente
do grupo não se
interrompa.
Certifiquemo-nos
de que muitos
corações do
caminho esperam
unicamente um
toque de
gentileza para
se descerrar à
alegria e ao
trabalho, ao
apaziguamento e
à renovação,
lembrando certas
portas de nobre
e sólida
estrutura que
aguentam golpes
e murros de
violência, sem
se alterarem,
mas que se
abrem, de
imediato, sob a
doce pressão de
uma chave.
Do livro Mãos
Unidas, obra
mediúnica
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.