Mecanismos da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
29)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Mecanismos da
Mediunidade, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Por que uma caneta
friccionada com um pano
de lã é capaz de atrair
pequenos fragmentos de
papel?
Trata-se de uma
experiência clássica e
bastante conhecida. Uma
caneta friccionada com
um pano de lã nos deixa
perceber que as bolhas
de ar existentes entre
as fibras do pano
fornecem os elétrons
livres a elas agregados,
elétrons que se acumulam
na caneta mencionada,
por suas qualidades
dielétricas ou
isolantes. Efetuada a
operação, elementos
leves, portadores de
cargas elétricas
positivas, melhor
dizendo, muito pobres de
elétrons, como os
pequeninos fragmentos de
papel, serão atraídos
pela caneta, então
negativamente carregada.
(Mecanismos da
Mediunidade, cap. XV,
pág. 100.)
B. Como explicar os
relâmpagos?
Nos dias estivais, os
conjuntos de átomos ou
moléculas de água sobem
às camadas atmosféricas
mais altas, com o ar
aquecido. Nas zonas de
altitude fria,
aglutinam-se formando
gotas que, em seguida,
tombam na direção do
solo, em razão de seu
peso. As gotas que
vertem de cima, sem
chegarem ao chão, por se
evaporarem na viagem de
retorno, são
surpreendidas em caminho
pelas correntes de ar
aquecido em ascensão e,
atritando os elementos
nesse encontro, o ar
quente, na subida,
extrai das moléculas d’água
os elétrons livres que a
elas se encontram
fracamente aderidos,
arrastando-os em
turbilhões para a
altura, acumulando-os
nas nuvens, que se
tornam então
eletricamente
carregadas. Quando as
correntes eletrônicas aí
agregadas atingem certo
valor, assemelham-se as
nuvens a máquinas
indutoras, das quais os
elétrons em massa, na
forma de relâmpagos,
saltam para outras
nuvens ou para a terra,
provocando descargas
que, às vezes, tomam a
feição de faíscas
elétricas, em meio de
aguaceiros e trovoadas.
(Obra citada, cap. XV,
pp. 101 e 102.)
C. Explosões eletrônicas
partidas do Sol chegam a
perturbar o campo
terrestre?
Sim. Quando o planeta
terrestre se encontra na
direção de explosões
eletrônicas partidas do
Sol, cargas imensas de
elétrons perturbam o
campo terrestre,
responsabilizando-se
pelas tempestades
magnéticas que afetam
todos os processos
vitais do Globo,
inclusive a existência
humana, porquanto
costumam desarticular as
válvulas microscópicas
do cérebro humano,
impondo-lhes alterações
nocivas, tanto quanto
desequilibram as
válvulas dos aparelhos
radiofônicos,
prejudicando-lhes as
transmissões.
(Obra citada, cap. XV,
pp. 101 e 102.)
Texto para leitura
91. Experiência
vulgar – Para
examinar as ocorrências
do fenômeno mediúnico
indiscriminado,
referimo-nos no cap.
XIII ao fenômeno
hipnótico de ordem
popular, em que
hipnotizadores e
hipnotizados, sem
qualquer recurso de
sublimação do Espírito,
se entregam ao serviço
de permuta dos agentes
mentais. Contudo, para
gravar as linhas básicas
de nosso estudo,
recordemos a propagação
indeterminada dos
elétrons nas faixas da
Natureza. De semelhante
propagação, qualquer
pessoa pode retirar a
prova evidente com
vários objetos como, por
exemplo, com a
experiência clássica da
caneta que, friccionada
com um pano de lã, nos
deixa perceber que as
bolhas de ar existentes
entre as fibras do pano
fornecem os elétrons
livres a elas agregados,
elétrons que se acumulam
na caneta mencionada,
por suas qualidades
dielétricas ou
isolantes. Efetuada a
operação, elementos
leves, portadores de
cargas elétricas
positivas ou, mais
exatamente, muito pobres
de elétrons, como os
pequeninos fragmentos de
papel, serão atraídos
pela caneta, então
negativamente carregada.
(Cap. XV, pág. 100 .)
92. Máquina
eletrostática –
Na máquina eletrostática
ou indutora, utilizada
nas experiências
primárias de
eletricidade, a ação se
verifica semelhante à
experiência da caneta.
Os discos de ebonite em
atividade rotatória como
que esfarelam as
bolhas de ar, guardadas
entre eles, comprimindo
os elétrons que a elas
se encontram frouxamente
aderidos. Com o auxílio
de escovas, esses
elétrons se encaminham
às esferas metálicas,
onde se aglomeram até
que a carga se faça
suficientemente elevada
para que seja extraída
em forma de centelha.
(Cap. XV, pág. 101.)
93. Nas camadas
atmosféricas –
As correntes de elétrons
livres estão em toda a
parte. Nos dias
estivais, os conjuntos
de átomos ou moléculas
de água sobem às camadas
atmosféricas mais altas,
com o ar aquecido. Nas
zonas de altitude fria,
aglutinam-se formando
gotas que, em seguida,
tombam na direção do
solo, em razão de seu
peso. Todavia, as gotas
que vertem de cima, sem
chegarem ao chão, por se
evaporarem na viagem de
retorno, são
surpreendidas em caminho
pelas correntes de ar
aquecido em ascensão e,
atritando os elementos
nesse encontro, o ar
quente, na subida,
extrai das moléculas d’água
os elétrons livres que a
elas se encontram
fracamente aderidos,
arrastando-os em
turbilhões para a
altura, acumulando-os
nas nuvens, que se
tornam então
eletricamente
carregadas. Quando as
correntes eletrônicas aí
agregadas tiverem
atingido certo valor,
assemelham-se as nuvens
a máquinas indutoras, em
que a tensão se eleva a
milhões de vóltios, das
quais os elétrons em
massa, na forma de
relâmpagos, saltam para
outras nuvens ou para a
terra, provocando
descargas que, às vezes,
tomam a feição de
faíscas elétricas, em
meio de aguaceiros e
trovoadas. Em idênticas
circunstâncias, quando o
planeta terrestre se
encontra na direção de
explosões eletrônicas
partidas do Sol, cargas
imensas de elétrons
perturbam o campo
terrestre,
responsabilizando-se
pelas tempestades
magnéticas que afetam
todos os processos
vitais do Globo,
inclusive a existência
humana, porquanto
costumam desarticular as
válvulas microscópicas
do cérebro humano,
impondo-lhes alterações
nocivas, tanto quanto
desequilibram as
válvulas dos aparelhos
radiofônicos,
prejudicando-lhes as
transmissões. (Cap.
XV, pp. 101 e 102.)
Glossário
Dielétrico –
Diz-se de substância ou
objeto isolador da
eletricidade. Substância
ou objeto isolador da
eletricidade.
Ebonite -
Substância dura e negra
obtida pela vulcanização
de borracha com excesso
de enxofre.
Elétron -
Partícula fundamental na
constituição dos átomos
e moléculas, portadora
da menor quantidade de
carga elétrica livre que
se conhece, com massa
igual a 1/1837 vezes a
massa do próton.
Eletrostática -
Parte da física que
estuda as propriedades e
o comportamento de
cargas elétricas em
repouso.
Estival -
Referente ao, ou próprio
do estio; calmoso,
estivo, estio.
Hipnose
– Psiq. Estado mental
semelhante ao sono,
provocado
artificialmente, e no
qual o indivíduo
continua capaz de
obedecer às sugestões
feitas pelo
hipnotizador. Fig.
Modorra, sonolência,
torpor.
Indução
– Ato ou efeito
de induzir.
Induzir
– Instigar, incitar,
sugerir, persuadir.
Causar, inspirar,
incutir. Inferir,
concluir, deduzir.
Revestir, guarnecer,
indutar. Mover, levar,
arrastar. Mover, levar,
arrastar. Fazer cair ou
incorrer. Praticar a
indução.
Válvula
– Eletrôn. Dispositivo
constituído por um bulbo
fechado, que pode ser
evacuado ou não, e no
interior do qual se
produz e controla um
feixe de elétrons por um
conjunto de eletrodos;
válvula eletrônica, tubo
eletrônico.
Volt
– S. m. Fís. No Sistema
Internacional, unidade
de medida de diferença
de potencial elétrico,
igual à diferença de
potencial existente
entre duas seções
transversais de um
condutor percorrido por
uma corrente elétrica
variável de um ampère,
quando a potência
dissipada entre as duas
seções é igual a um
watt[símb.: V ] [Pl.:
volts.]
Vóltio
– O mesmo que volt.