CLÁUDIO BUENO DA SILVA
Klardec1857@yahoo.com.br
Osasco, SP
(Brasil)
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Até quando viveremos
assim?
No mundo corpóreo as
influências dominam as
relações humanas. Isso
pode ser bom ou ruim
para as pessoas,
dependendo do caráter
dessas influências. Um
bom exemplo tem força de
transformação a ponto de
melhorar hábitos e
renovar ideias. O
contrário é ainda mais
verdadeiro: por conta
das suas imperfeições
morais, o ser humano
assimila o mau
comportamento com grande
facilidade.
Há, entre nós, a
tendência em seguir
modelos. Gostamos de
imitar os outros.
Fazemos isso
automaticamente. Sem
raciocinar, muitas vezes
nos surpreendemos
falando, pensando ou
agindo igual àquele que
nos impressionou com seu
modo de ser.
A comparação é
outro processo de
influência entre os
homens. Queremos nos
comparar aos outros para
medir nossa posição
social, nosso
desempenho, nossa
inteligência etc.
Normalmente nos
comparamos a quem
julgamos nos ser
superior, jamais a quem
está abaixo de nós. Tolo
orgulho.
Curioso é que imitamos e
nos comparamos, quase
sempre, ao que é ruim, e
acabamos “incorporando”
em nossa vida vícios e
erros que nos atraem.
Identificamos nos outros
aquilo que temos dentro
de nós e isso estabelece
uma ligação que não
percebemos. Esse motivo
existe neles, forte a
ponto de nos
influenciar; e em nós, a
ponto de querer parecer
com eles. Passamos a
escravos da conduta
alheia, deixamos de ser
nós mesmos. Esquecemos
nossa identidade própria
e adotamos um
estereótipo. Vivemos uma
vida de aceitação
passiva, sem nenhuma
avaliação crítica,
guiados pela moda,
conformados com o
estabelecido, o que nos
acarretará frustrações e
desenganos, cedo ou
tarde.
Até quando viveremos
assim, seguindo os
outros, com prejuízo do
nosso livre-arbítrio?
Até quando agiremos pela
cabeça de terceiros, sem
pensar que isso possa
estar nos desviando dos
compromissos que nos
compete realizar?
Precisamos reagir e
pensar sério num bom
projeto de vida para
nós; ganhar experiência,
construir nossa
personalidade sob
valores de qualidade,
aprimorar as
características pessoais
e fazer escolhas com
mais cuidado. Importante
ajuizar se os modelos
que copiamos não estão
atrasando nossa
vida; se as pessoas em
quem nos espelhamos e
cujas atitudes parecem o
máximo, não estão
equivocadas. O nível de
exigência em relação a
nós precisa aumentar. O
que é bom para os outros
pode não servir para
nós. Precisamos exercer
nossa vontade,
independentemente da
opinião em voga, sem
desprezar as referências
éticas.
Essas medidas garantirão
nosso processo de
crescimento interior,
sem ilusões.
Construtores do nosso
destino, nós
desenvolveremos um
modelo próprio, segundo
as características que
nos identificam como
seres individuais. As
influências, naturais no
convívio humano, nos
afetarão de modo menos
impactante, já que
passaremos a filtrá-las
segundo padrões
assertivos. De tudo o
que é lícito, acataremos
só o que nos convier,
conforme o ensino de
Paulo de Tarso (I
Coríntios, 6,12).
Está na hora de reagir,
portanto, e seguir com
mais fidelidade a nossa
própria vocação, dando
ouvidos à consciência,
escolhendo o modelo de
vida que mais tem a ver
conosco e que nos porá
no caminho de grandes
realizações.