Fragmentos
Casimiro Cunha
Pouca fartura não mata.
Frugalidade é dever.
Por um que morre de
sede,
Morrem cem mil de beber.
Se queres um servidor
Que não te acompanhe a
esmo,
Serve a todos com
bondade
E servirás a ti mesmo.
Muitas perguntas e
exames
Quase sempre são a grade
Que impede a glória
sublime
Dos voos da caridade.
Muito pobre, ao receber
A fortuna transitória,
Enfeita o bolso e a
cabeça
E logo perde a memória.
Por gritos da ignorância
Não vivas de alma
enfermiça.
A selvagem voz do burro
Não sai da cavalariça.
Não te queixes contra o
tempo
Que a luta no bem te
cobra.
Quem aproveita o minuto
Encontra tempo de sobra.
Não faças em tua vida
A estranha repetição
Daquilo que não te
agrada
Na vida de teu irmão.
Do livro Gotas de Luz,
de Casimiro Cunha, obra
mediúnica psicografada
pelo médium Francisco
Cândido Xavier.
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