MARIA ANGELA
MIRANDA
mangela@sucessolondrina.com.br
Londrina, PR
(Brasil)
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A religião em
nós
Dessa forma,
como
observadores e
observados, nos
apoiamos,
reconstruímos
nossos valores e
nossas crenças.
Somos seres
sociais.
Precisamos um do
outro para o
exercício do autoconhecimento.
No outro,
admiramos o
belo,
reconhecemos o
feio, aprendemos
sobre o erro,
aplaudimos o
acerto,
identificamos
fraquezas,
reconhecemos a
força. Ao
contrário do
dito popular,
são os iguais
que se atraem e
não os opostos.
Toda religião
merece nosso
respeito. Toda
religião
pretende a mesma
coisa: a
evolução
espiritual,
através da
prática do bem;
e condena a
mesma coisa: o
exercício do
mal. Afirma que
somos irmãos por
termos a mesma
Filiação Divina,
que somos iguais
e devemos nos
amar e nos
ajudar. Então,
se todas as
religiões
possuem os
mesmos
princípios, por
que são tão
diferentes entre
si?
Não existe
diferença
substancial no
pensamento
religioso, mas
sim no
entendimento, no
posicionamento a
partir da
maturidade
espiritual. O
bem é sempre o
bem, o mal é
sempre o mal. Em
todos os livros
sagrados da
humanidade
encontramos
diretrizes e
normas que não
se alteram na
essência. O que
se altera são as
expressões e o
entendimento dos
homens.
A religião tem
como função
aproximar
aqueles que
possuem as
mesmas
necessidades
evolutivas. Cada
ser acompanha o
pensamento
religioso de
acordo com a sua
maturidade
espiritual.
Assim, em grupo,
ao
identificarmos
no outro uma
fraqueza
semelhante a que
temos e
observarmos sua
luta para
superá-la, nos
fortalecemos e
criamos coragem
para lutar
nossas próprias
batalhas. Dessa
forma, como
observadores e
observados, nos
apoiamos,
reconstruímos
nossos valores e
nossas crenças.
Todo agrupamento
pela religião,
seja ela qual
for, não está
reunido ao
acaso, mas pelas
necessidades de
aprendizado. Em
Mateus, 6:33,
encontramos:
“Buscai primeiro
o reino de Deus
e sua justiça, e
tudo o mais vos
será dado por
acréscimo”. O
verdadeiro
religioso deve
crer que, se
houver
sinceridade em
seus atos, Deus
fará sua parte.
E, então, deverá
trabalhar para
seu sustento
material, mas
trabalhará com a
certeza de que
nada lhe faltará
para uma vida
tranquila. Isso
porque estará
disponibilizando,
com sinceridade,
uma parte de seu
tempo para
aprender e
praticar o que
Jesus nos
deixou: o
conhecimento e o
exemplo através
da caridade.
Ser religioso
não se resume em
dizer-se
espírita,
católico,
budista,
umbandista,
protestante etc.
Significa, sim,
agir com
sinceridade, que
nada mais é do
que fazer ao
próximo o que se
deseja para si
mesmo. Todo
equívoco nos dá
a oportunidade
de aprendizado,
de
transformação.
Deus não
castiga. Ele nos
premia. O
castigo é uma
invenção humana.
Ele é a justiça
suprema.
Ir à casa
religiosa,
participar de
todos os seus
eventos, chamar
Jesus de Mestre,
proclamando-nos
crentes em Deus
e possuidores de
muita fé não nos
torna
verdadeiros
religiosos. Os
atos exteriores,
se não
refletirem nossa
modificação
íntima e a
conscientização
de nossos
deveres, de nada
servirão para
nos ajudar ou
ajudar a quem
precisa. Deus
reconhece o que
temos dentro de
nosso espírito,
independentemente
do que dizemos
ser.
Há falsos
religiosos, que
enganam a boa fé
dos que os
escutam. Falam
de Deus, pregam
sobre Jesus
através dos
Evangelhos,
enchem casas
religiosas
prometendo
milagres para
quem se dispuser
a lhes dar o
pagamento da
enganação, mas
seus corações só
buscam o prazer
material,
proporcionado
pela ingenuidade
de quem os
segue.
“Basta a cada
dia o seu mal”,
lembra o Mestre.
Cuidemos de
nosso presente,
dando a devida
importância para
a verdadeira
religião e a
vida nos sorrirá
com mais
frequência. Não
haverá por que
praticarmos
religião por
conveniência,
pois sua busca
com consciência
e
responsabilidade
nos tornará
homens melhores,
e sentiremos
esta mudança em
nossas vidas.
Sejamos como o
bom samaritano
que,
independentemente
da raça e da
religião, era um
verdadeiro homem
de bem, um
sincero
religioso.
*
“Como crês?
Ninguém sabe...
O mundo apenas
Sabe que és luz
nas aflições
terrenas,
Pela consolação
que te abençoa.
Seja qual for o
templo que te
exprime,
Deus te proteja
o coração
sublime
Alma querida e
bela, humilde e
boa.”
(Alma Querida,
Auta de Souza,
psicografia de
Francisco
Cândido Xavier.)