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Estudando a série André Luiz
Ano 8 - N° 377 - 24 de Agosto de 2014
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Mecanismos da Mediunidade

André Luiz

(Parte 34)

Damos prosseguimento ao estudo sequencial do livro Mecanismos da Mediunidade, obra de autoria de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1960 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Ocorre, nos fenômenos de materialização de Espíritos, influência dos assistentes presentes no ato?  

Sim. Não somente o fulcro mental do médium intervém nas atividades. Cada assistente aí comparece com as oscilações que lhe são peculiares, tangenciando a esfera mediúnica em ação, e, se os pensamentos com que interfere nesse campo diferem dos objetivos traçados, com facilidade se erige, igualmente, em fator alternante, por insinuar-se de modo indesejável nos agentes de composição da obra esperada, impondo desequilíbrio ao conjunto, qual acontece ao instrumento desafinado numa orquestra comum. (Mecanismos da Mediunidade, cap. XVII, págs. 115 e 116.) 

B. O médium depende da influência dos circunstantes para sustentar-se na harmonia ideal?

Sim. Se as entidades espirituais ficam dependentes da faixa de ondas mentais do médium, para a condução correta das forças ectoplasmáticas dele exteriorizadas, o médium depende igualmente da influência elevada dos circunstantes, para sustentar-se na harmonia ideal. Por isso, se o médium tiver o espírito parcialmente desviado da meta a ser atingida, sem dificuldade se renderá, invigilante, às solicitações dos acompanhantes encarnados, quase sempre imperfeitamente habilitados para os cometimentos em vista, surgindo, então, as fraudes inconscientes, ao lado de perturbações outras de que se queixam os metapsiquistas. (Obra citada, cap. XVII, págs. 115 e 116.) 

C. De acordo com a Lei do Campo Mental, é verdade que só assimilamos as influências a que nos afeiçoamos?  

Sim. De acordo com a Lei do Campo Mental, que rege a moradia energética do Espírito, a criatura consciente, seja onde for no Universo, apenas assimila as influências a que se afeiçoe. Cada mente é como se fora um mundo de per si, respirando nas ondas criativas que despede – ou na psicosfera em que gravita para esse ou aquele objetivo sentimental, conforme os próprios desejos –, sem o que a lei de responsabilidade não subsistiria. (Obra citada, cap. XVII, págs. 116 e 117.) 

Texto para leitura 

106. Médium e assistentes – É imperioso anotar que não somente o fulcro mental do médium intervém nas atividades em grupo. Cada assistente aí comparece com as oscilações que lhe são peculiares, tangenciando a esfera mediúnica em ação, e, se os pensamentos com que interfere nesse campo diferem dos objetivos traçados, com facilidade se erige, igualmente, em fator alternante, por insinuar-se de modo indesejável nos agentes de composição da obra esperada, impondo desequilíbrio ao conjunto, qual acontece ao instrumento desafinado numa orquestra comum. Disso decorrem os embaraços graves para o continuísmo eficiente dos agrupamentos que se formam na Terra para as chamadas tarefas de materialização. Se as entidades espirituais sensatas e nobres estão dependentes da faixa de ondas mentais do médium, para a condução correta das forças ectoplasmáticas dele exteriorizadas, o médium depende também da influência elevada dos circunstantes, para sustentar-se na harmonia ideal. É por isso que, se o médium tem o espírito parcialmente desviado da meta a ser atingida, sem dificuldade se rende, invigilante, às solicitações dos acompanhantes encarnados, quase sempre imperfeitamente habilitados para os cometimentos em vista, surgindo, então, as fraudes inconscientes, ao lado de perturbações outras de que se queixam, aliás inconsideradamente, os metapsiquistas, pois lidando com agentes mentais, longe ainda de serem classificados e catalogados em sua natureza, não podem aguardar equações imediatas como se lidassem com simples números. (Cap. XVII, pp. 115 e 116.) 

107. Lei do campo mental – Lamentam-se amargamente os metapsiquistas de que a maioria dos fenômenos mediúnicos se encontram eivados de obscuridades e extravagâncias, e de que, por isso mesmo, a doutrina da sobrevivência, para eles, se mostra repleta de impossibilidades. Estabelecem exigências e, depois de atendidos, acusam a instrumentação medianímica de criar personalidades imaginárias; exageram a função dos chamados poderes inconscientes da vida mental, estranhando que a força psíquica, como recurso mediador entre encarnados e desencarnados, não procede na balança da observação humana à maneira, por exemplo, das combinações do cloro com o hidrogênio. É imperioso salientar que se desconhece ainda, no mundo, a Lei do Campo Mental, que rege a moradia energética do Espírito, segundo a qual a criatura consciente, seja onde for no Universo, apenas assimilará as influências a que se afeiçoe. Cada mente é como se fora um mundo de per si, respirando nas ondas criativas que despede – ou na psicosfera em que gravita para esse ou aquele objetivo sentimental, conforme os próprios desejos –, sem o que a lei de responsabilidade não subsistiria. Um médium, ainda mesmo nas mais altas situações de amnésia cerebral, do ponto de vista fisiológico, não está inconsciente de todo, na faixa da realidade espiritual, e agirá sempre, nunca à feição de um autômato perfeito, mas na posição de uma consciência limitada às possibilidades próprias e às disposições da própria vontade. (Cap. XVII, pp. 116 e 117.) 

108. Futuro dos fenômenos físicos – Devemos, porém, declarar que conhecemos em vários países alguns círculos de ação espiritual nos quais a sinergia das oscilações mentais entre médiuns, assistentes e entidades desencarnadas se ergue a níveis convenientes, facultando acontecimentos de profunda significação, nas províncias do espírito, não obstante, até certo ponto, servirem apenas como índice de poder mental ou de simples informações sem maior proveito para a Humanidade, tal o mecanismo compreensivelmente fechado em que se encerram. A ciência humana caminha, contudo, na direção do porvir. Aos Espíritos desencarnados interessa, no plano extrafísico, mais ampla sublimação, para que façam o ajustamento de determinados princípios mentais, com respeito à execução de tarefas específicas. E aos encarnados interessa a existência em plano moral mais alto para que definam, com exatidão e propriedade, a substância ectoplasmática, analisando-lhe os componentes e protegendo-lhe as manifestações, de modo a oferecerem às Inteligências Superiores mais seguros cabedais de trabalho, equacionando-se, com os homens e para os homens, a prova inconteste da imortalidade. (Cap. XVII, pág. 117.) 

Glossário

Aura [do latim aura] – Halo luminoso que alguns videntes veem. Emanação fluídica do corpo humano e dos demais corpos. A aura é uma radiação que cobre todo o corpo físico, através dele são evidenciadas as emanações da parte física, mental e emocional. É o espelho que mostra toda nossa situação espiritual.

Ectoplasma Substância visível que emana do corpo de certos médiuns. Parte periférica do citoplasma.

Ectoplasmática – Relativo a ectoplasma.

Ectoplasmia Nome que se dá também à chamada materialização dos espíritos.

Metapsíquica – Estudo dos fenômenos metapsíquicos.

Metapsíquico – Relativo aos fenômenos que transcendem o alcance da psicologia ortodoxa e são aparentemente anormais ou inexplicáveis, como, p. ex., a clarividência, a telepatia. 

Psicosfera – Psicosfera ou fotosfera psíquica (termos criados pelo Espírito André Luiz), é um campo resultante de emanações de natureza eletromagnética, a envolver todo o ser humano, encarnado ou desencarnado. Reflete, não só sua realidade evolutiva, seu padrão psíquico, como sua situação emocional e o estado físico do momento.

Telecinesia – S. f. Em parapsicologia e no Espiritismo, movimentação aparente de um objeto, produzida por um médium, sem ação mecânica. 




 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita