GUARACI DE LIMA SILVEIRA
glimasil@hotmail.com
Juiz de Fora, MG (Brasil)
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Quantas
confusões
fazemos!
Atualmente,
somos submetidos
a uma chuva de
informações
tanto na mídia
quanto nas redes
sociais. As
notícias chegam
e costumam nos
tirar do sério.
Quase sempre não
estamos
preparados para
ouvi-las.
Assentamos
confortavelmente
num sofá
defronte a TV e
lá vêm os
noticiários,
programas de
entretenimentos,
novelas,
entrevistas,
enfim. Surgem do
nada e vão
entrando em nós,
que, quase
sempre
despreparados
formamos
opiniões a
partir das
dimensões social
e emocional como
os fatos nos são
passados.
Ao vermos uma
notícia ou uma
cena envolvente,
com grande carga
dramática,
sempre há os que
deixam suas
lágrimas rolarem
pelas faces,
tornando-se um
partícipe eficaz
do evento. São
os neurônios
espelho que,
ativados, nos
fazem participar
do evento. Caso
a notícia ou a
cena nos mostram
vilões
extorquindo
vítimas, uma
revolta interna
ameaça tirar
nossa paz. Se um
comediante nos
induz a
caminharmos com
ele pelas vilas
das suas
propostas de
risadas soltas
e, quem sabe,
inconsequentes,
lá vamos nós a
rir até quase
morrer. De sorte
que em apenas
alguns minutos
defronte ao
aparelho mágico
da TV, e agora
são de LED’S com
transmissão
digital,
promovemos
profundas
transformações
em nosso campo
emocional, sem
perceber e sem
ao menos
avaliarmos se
vale mesmo a
pena tanto
desgaste.
Lendo o livro
Evolução em Dois
Mundos,
notadamente no
capítulo III
onde o mentor
nos conduz a uma
viagem sobre a
formação dos
nossos corpos
físicos e
perispirituais a
partir da
evolução da
mônada, até
chegarmos à
condição humana,
nos encantamos
com o processo.
Desde as algas,
amebas, répteis,
mamíferos, isto
sem contar os
reinos mineral e
vegetal, viemos
galhardamente
vencendo as
etapas. Mas,
houve um dia que
surgiu a razão.
Ótimo. É parte
do progresso, é
parte da
evolução.
Tínhamos mesmo
que deixar os
reinos dos
instintos e
adentrar os
reinos da
inteligência. O
Córtex Frontal
se formou. Então
surgiu o
livre-arbítrio,
mas igualmente o
determinismo
divino. E
começamos a
experimentar.
Até aí tudo bem.
Experimentamos,
pesquisamos,
formamos
culturas,
alargamos
conhecimentos,
dimensionamos
nossas
estruturas
psíquicas.
Nossos corpos se
embelezaram e se
embelezam a cada
geração. As
propostas dos
cosméticos
ajudam a
corrigir algumas
falhas ou mesmo
enfeitar ainda
mais as mais
belas faces. As
cirurgias
plásticas
consertam os
acidentes
anatômicos. E
vamos todos
nesta onda da
evolução, rindo
e chorando quase
sempre sem uma
análise mais
profunda do por
que nos
alternamos tanto
entre uma e
outra.
Agora, estamos
vivendo o que os
mentores nos
informam ser o
processo de
seleção visando
à implantação do
mundo de
regeneração em
nossa amada
Terra. Então
surge o impasse,
ou melhor,
surgem
perguntas. Como
fazer apara
atender a tantas
necessidades dos
tempos atuais
que nos obrigam
a comprar, que
nos obrigam a
embelezar a
aparência
física, que nos
obrigam a ficar
antenados com os
últimos
acontecimentos,
que nos obrigam
a ser “modernos”
atendendo aos
apelos sociais,
que nos sujeitam
a concordar
mesmo
discordando?
Como atender as
exigências do
lar, da família
tendo que sair
para trabalhar,
aumentar o
status ou até
mesmo garantir o
pão de cada dia,
se os meios de
transportes
quase sempre nos
deixam
amassados,
tamanho o fluxo
de pessoas, se
as correntes
naturais do
fazer diário
podem nos deixar
estressados,
desanimados,
desesperançados,
desiludidos até?
Vejo
constantemente
moças e senhoras
retocando a
maquiagem em
plena via
pública ou
dentro dos
veículos que as
transportam para
seus locais de
trabalho ou
estudo. E, por
falar em estudo,
o mercado de
trabalho nos
obriga a fazer
carreira
acadêmica e o
fazemos, quase
sempre às
pressas, sem um
aprofundamento
necessário que
nos torne um
agente eficaz do
assunto ao qual
nos dedicamos.
Mas o processo
seletivo está em
curso. Se
necessitamos
cuidar do
espírito, como
fazê-lo perante
tantas
exigências do
dia a dia
solicitando
nossa atenção,
decisões rápidas
e que demonstrem
alta
competência? E
me pergunto:
será que nos
preparamos para
os dias atuais?
O que fizemos
nas
reencarnações
passadas? Será
que temos mesmo
que dar um salto
gigantesco entre
as sombras da
Idade Média, do
Absolutismo, do
proletariado nas
grandes
indústrias do
século XVIII, o
alvorecer de um
novo tempo no
século XIX, as
voluptuosas
energias
dependidas
durante o século
XX onde buscamos
a liberdade por
caminhos que
entendemos terem
sidos os
melhores, se
saímos de um
tempo de uma
vida rural para
uma vida urbana,
agitada,
superlotada, em
tão pouco tempo?
Mas lá vem de
novo a
lembrança:
estamos num
tempo de seleção
para o mundo de
regeneração. As
casas espíritas,
talvez as únicas
responsáveis por
anunciar o novo
tempo, falam
sempre.
Aconselham.
Promovem
seminários,
congressos...
Muitos vão para
ver de perto
aquele ou aquela
oradora famosa,
de verbo
fluente,
arrebatador.
Rever amigos e
amigas de outras
terras,
sentir-se
importante por
participar de
tal
acontecimento.
Ótimo. Só que
não devemos
fazer
desses momentos
um encontro
casual, de
confraternização,
abraços etc. e
sim momentos
causais que nos
alimentem a
alma,
enriquecendo-nos
de conhecimentos
para melhor nos
cuidarmos da
evolução
espiritual.
E daí a
pergunta: o que
compete ao
espírita? Cuidar
de quê e do quê?
É-nos possível
atender às
exigências
sociais e
profissionais
que o presente
nos impõe e ao
mesmo tempo nos
prepararmos
conscientemente
para as auroras
do mundo que se
tornará
regenerado
dentro de algum
tempo? Se julgo
algum infrator
que a mídia me
mostra; se me
encanto com as
belezas e
sensualidades
que as novelas
me facultam; se
atendo sem um
juízo de valor
aos apelos de
marketing e vou
correndo comprar
isto ou aquilo,
aproveitando as
promoções,
muitas vezes
chamariz aos
incautos; se me
alinho na frente
dos regimentos
que apoiam este
ou aquele
comportamento,
notadamente
estranhos aos
ensinos que os
mentores nos
trouxeram e nos
trazem; se entro
nas perigosas
faixas dos
ganhos a
qualquer custo.
Isto me prepara
mais para viver
no mundo de
provas e
expiações que no
mundo de
regeneração. Mas
o que é o mundo
de regeneração?
O próprio nome
nos induz a uma
reflexão.
Regenerar,
segundo os
dicionários, é
restabelecer o
que estava
destruído,
arruinado. Gerar
ou produzir
novamente.
Revivificar,
reorganizar,
reformar,
melhorar,
restabelecer a
atividade, porém
o que mais me
chama a atenção
é a proposta do
fazer-se de
novo. Segundo
Jung todos
trazemos em nós
o inconsciente
coletivo.
Representa ele o
conjunto de
informações
adquiridas ao
longo das nossas
encarnações e/ou
vivências no
plano
espiritual.
Estamos quase
que recém-saídos
dos tempos das
barbáries, do
manda quem pode,
obedece quem tem
juízo. Das
infindas lutas
territoriais de
defesa ou
extensões do
mesmo. Ainda
muitos se
comprazem nos
mandamentos da
corrupção
tornando-se
corruptores ou
corruptíveis
tentando enganar
a sociedade,
expondo-se com
isto. Ora, a
proposta da
corrupção ou é
para se chegar
ao poder
temporário da
Terra ou é para
enriquecer-se
materialmente.
Ambos ficam aqui
no dia da nossa
desencarnação.
Muitos que foram
mandatários do
passado e que
nesta encarnação
perderam seus
tronos incitam a
sociedade a
rebelar-se
contra as
propostas
vigentes, muitas
vezes com atos
de vandalismos
ou criando
verdadeiras
redes do crime,
tentando mostrar
tardiamente sua
soberania. E os
consumidores das
drogas
alucinógenas que
mantêm o tráfico
das mesmas. Quem
são eles e quais
destinos
estabelecem para
si? E eu, como
espírita,
cristão, como
emito minhas
opiniões a
respeito de tudo
isto? Será que
estou ileso a
esses comandos?
Fazemos ainda
muitas confusões
por quase sempre
não
estabelecermos
metas concisas e
confiáveis.
Muitos reclamam
dos tempos
atuais, ora, com
certeza tivemos
oportunidades no
passado para não
vivermos nesta
euforia
anarquista que
vemos,
impávidos,
acontecer perto
ou longe de nós.
Muitos Espíritos
conscientes e
que bem
aproveitaram
suas chances
estão hoje no
plano espiritual
preparando-se
para reencarnar
no novo tempo.
De forma que, se
aqui estamos, é
porque merecemos
estar e devemos
providenciar
urgentemente uma
proposta eficaz
que nos coloque
ao lado daqueles
que foram
sensatos. É
preciso
refletir. É
preciso uma
tomada de
decisões,
utilizando para
isto e de forma
eficiente o
livre-arbítrio.
Lembramos aqui
as palavras do
Mentor Alexandre
no livro
Missionários da
Luz, cap.
13, quando ele
diz: “Todas as
nossas obras,
efetuadas de
acordo com as
leis divinas,
sustentam-se por
si mesmas e
esperam-nos em
qualquer tempo
para a colheita
de saborosos
frutos de
alegria eterna.
Somente o mal
está condenado à
destruição e
apenas o erro
necessita
laboriosos
processos de
retificação”.
Pensemos,
analisemos e
concluamos com
soberana
lucidez. Os
barulhos do
mundo deverão
ceder espaços à
serenidade que
liberta. A bem
da verdade, as
doenças
psíquicas dão
mostras deste
fato. A
Organização
Mundial de Saúde
define a saúde
como "um estado
de completo
bem-estar
físico, mental e
social, e não
somente ausência
de afecções e
enfermidades".
Isto nos faz
deduzir que
saúde é também
um valor da
comunidade e não
só do indivíduo.
E todos somos
células da
comunidade, daí
que todos somos
responsáveis
pelos seus
estados de saúde
ou doença.
Segundo os
estudiosos,
saúde é,
portanto, um
valor coletivo,
um bem de todos,
devendo cada um
gozá-la
individualmente,
sem prejuízo de
outrem e,
solidariamente,
com todos. Se
buscamos ávidos
e contínuos os
avanços naturais
da hora
presente, é
importante
considerar que
esses avanços
também requerem
nossas atenções
e propostas de
paz em nós e
onde vivemos.