WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Bauru, SP (Brasil)
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O suicídio de
Robin
Williams...
A morte do ator
Robin Williams
deixa à mostra
esse flagelo que
se chama
suicídio. É um
assunto grave,
sério e que
infelizmente não
é corriqueiro. O
número de
pessoas que
exterminam a
própria vida
todos os dias em
nosso planeta é
imensurável.
Sim, imensurável
porque não se
tem todos os
registros de
pessoas que
pedem demissão
da vida,
porquanto dados
são
escamoteados.
E para ajudar
mídia e
sociedade tratam
de atirar o tema
para debaixo do
tapete não o
abordando com a
seriedade
devida,
ocultando
estimativas a
viver num mundo
de ilusões...
Entendem que
falar sobre o
suicídio gerará
suicídios em
massa.
Entretanto,
consideremos que
há formas e
formas de
abordar o tema.
É a informação
sobre alguma
coisa que abrirá
os olhos das
pessoas para
saberem onde
estão pisando.
Portanto,
desnecessário
falar sobre
suicídio
mostrando como
as pessoas se
autoexterminaram,
fazendo
sensacionalismo,
mas fundamental
falar sobre como
superar os
dilemas
existenciais,
real causa do
suicídio. Jesus
ensinou: “No
mundo tereis
aflições”. É bem
por aí. Devemos
entender que a
vida na Terra
tem seus altos e
baixos, dias que
são noites
chuvosas e
densas. São as
aflições a que
Jesus se
referiu. Nem só
de alegrias se
faz nossa
existência e
saber disso já é
um bom caminho
percorrido para
não se
desesperar
diante dos
problemas.
Enfermidade,
grana curta, o
amor que nos
abandonou, o
familiar que
partiu, a maré
que não está lá
grande coisa...
Todas essas
coisas citadas
fazem parte de
nosso rol de
provação neste
mundo. O que
fazer? Desistir?
Suicidar-se?
Ora, jamais!
Melhor treinar e
aprender a ser
“infeliz”. Sim,
caro leitor,
entenda que
quando digo
aprender a ser
“infeliz” estou
falando sobre
treinar a viver
neste mundo
cheio de curvas
sinuosas.
Levo uma
pancada,
levanto. Levo
outra, caio, mas
vou devagar me
acertando, e
assim vamos
vivendo...
O Espiritismo
nesse particular
desempenha papel
fundamental ao
mostrar que
continuamos
vivendo, apesar
dos pesares, dos
problemas e das
dificuldades.
Extingue-se o
corpo, mas fica
o espírito,
agora em
situação mais
complicada em
virtude do gesto
de desespero.
Lembro-me de um
amigo orador
espírita que foi
intuído a
modificar sua
palestra que
realizaria à
noite em um
determinado
centro de nosso
país. A tarde
toda ficou com a
palavra suicídio
rondando sua
mente. Ele não
queria trocar o
tema, mas a voz
insistia ecoando
em sua alma.
Porém, de tanto
que os Espíritos
“cochicharam” em
seus ouvidos,
ele resolveu
naquela noite
mudar a
programação e
falar sobre o
suicídio. Qual
não foi sua
surpresa quando
uma mulher o
abordou ao final
da exposição
dizendo que,
desesperada,
dirigia-se para
uma ponte a fim
de atirar-se
quando teve
enorme vontade
de entrar no
centro espírita.
Para o espanto
da mulher o
orador falava
sobre o
suicídio. Ela
nunca havia
escutado nada
parecido. As
informações
transmitidas
pelo orador
despertaram na
mulher a
“vontade de
prosseguir”. Ele
até então não
havia
compreendido a
razão pela qual
passou o dia
todo com
“alguém”
soprando em seus
ouvidos para
mudar o tema da
noite. Graças às
suas informações
aquela mulher
não levou ao fim
o seu objetivo.
Séculos de
tormento
evitados por
conta de uma
simples, mas
preciosa
informação: A
vida não acaba
com a morte do
corpo.
Outro ponto a
refletir é a
pressão social
que recebemos
para sermos
felizes. Ah,
quanta confusão
isto causa na
cabeça das
pessoas!
Prega-se a
felicidade a
qualquer custo e
não se ensina
como lidar com
frustrações tão
comuns de um
planeta em
desenvolvimento
como o nosso.
O resultado está
aí para todos
constatarem, uma
sociedade
infeliz pela
busca insana e
irracional da
felicidade.
Parece um
paradoxo, mas
não é. O caminho
para “exterminar
o suicídio” não
é esconder
dados, deixar de
falar ou pedir
para que as
pessoas sejam
felizes na
marra... Encarar
de frente é o
caminho. Penso
que só assim
deixaremos de
ver todos os
dias notícias
tristes a
mostrar que
alguém não
conseguiu
suportar suas
provações e
desistiu de si
mesmo. Posso
dizer que é
muito melhor um
“infeliz” vivo
do que alguém
que buscou
livrar-se dos
seus problemas,
mas está morto.
Mídia e
sociedade podem
fazer muito para
ajudar neste
flagelo
denominado
suicídio. Basta
encarar de
frente, informar
às pessoas e
mostrar que aqui
temos, sim,
problemas e
estes servem
para serem
resolvidos. Uma
boa dose de
realidade vai
colaborar com o
mundo. Que tal?