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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 380 - 14 de Setembro de 2014

GEBALDO JOSÉ DE SOUSA 
gebaldojose@uol.com.br
Goiânia, Goiás (Brasil)

 
 

Onde está a vossa fé?


Narram os Evangelistas que Jesus acalmou uma tempestade:

“Enquanto navegavam, ele adormeceu. E sobreveio uma tempestade de vento no lago, correndo eles o perigo de soçobrar”.  Lucas, 8:23.

“(...) levantou-se grande temporal de vento e as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava a encher-se de água.” Marcos, 4:37.

Apavorados, os discípulos O despertam, pedindo socorro:

“(...) Mestre, Mestre, estamos perecendo! Despertando-se, Jesus repreendeu o vento e a fúria da água. Tudo cessou e veio a bonança.

Então lhes disse: Onde está a vossa fé? Eles, possuídos de temor e admiração, diziam uns aos outros: Quem é este que até aos ventos e às ondas repreende, e lhe obedecem?” - Lucas, 8:24-25. 

Vivemos dias tempestuosos na Terra, que se assemelham àquele episódio.

“(...) a Humanidade terrena aproxima-se, dia a dia, da esfera de vibrações dos invisíveis de condição inferior, que a rodeia em todos os sentidos. Mas, segundo reconhecemos, esmagadora percentagem de habitantes da Terra não se preparou para os atuais acontecimentos evolutivos”. 1

Emmanuel 2 afirma-nos que Jesus dirige nosso Orbe, do qual presidiu a formação:

“(...) a direção da Terra está nas mãos misericordiosas e augustas do Cordeiro”.

Muitos não veem perspectivas para a sobrevivência da raça humana.

Assim pensam aqueles que não têm informação sobre a realidade espiritual existente na Terra, as transformações por que passa e passará nos próximos anos, por força também dos desequilíbrios de seus habitantes. Ou que não conhecem a influência dos Espíritos em nossas vidas – para o Bem ou para o Mal –; e porque há permissão para que ajam com tamanha liberdade e aparente domínio da situação em nosso orbe.

Contudo, a aparente vitória do mal revela a misericórdia infinita do Pai, que nos reitera oportunidades para continuarmos na Terra.

“Deus permite que haja grandes criminosos entre vós, a fim de que vos sirva de ensinamento. Em breve, quando os homens estiverem submetidos às verdadeiras leis de Deus, já não haverá necessidade desses ensinos. Todos os Espíritos impuros e revoltados serão banidos para mundos inferiores, de acordo com suas inclinações.” 3

“Mesmo depois que passar a grande tempestade, o coração augusto do Cristo sangrará de dor, porque não será sem uma profunda e divina melancolia que verá partir, para rudes degredos reeducativos, os afilhados ingratos e rebeldes que não lhe quiseram aceitar a doce proteção...”  4

A primeira citação acima compõe mensagem datada de 1862. Portanto, a expressão “em breve”, ali contida, e em outras citações abaixo, não medem o tempo por nosso metro!

Não há, pois, como indicar data para a conclusão desse processo de transformações em andamento. O próprio Jesus afirma que o ignora, quando assinala:

“Quanto a esse dia e essa hora, ninguém o sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho; só o Pai o sabe”. (Marcos, 13: 32)

São horas, pois, de meditar sobre a vida como um todo. Sobre a razão de existirmos e de penarmos. Sobre as ilusões do mundo, tão caras aos nossos corações... e tão fugazes; eis que esta vida é breve passagem, como bem assinalou o salmista:

“O homem é como um sopro; os seus dias, como a sombra que passa”. Sl 144:4.

É hora de provar nossa fé. E, pelo testemunho, fazê-la desenvolver-se:

(...) a fé é a certeza de cousas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem”.  Paulo – Hb, 11:1.

É claro que Jesus vela; mas, obviamente, há planejamentos de longo prazo, que se cumprem e que escapam ao nosso entendimento.

A evolução da Terra não se dá por improvisos, eis que requer mudanças íntimas naqueles que a habitamos!

As profecias dão notícias dessa organização; e sabemos que elas se cumprem!

A própria vinda d’Ele a este mundo é o exemplo maior de que isto se dá.

A codificação da Doutrina Espírita, no século XIX – Consolador Prometido, anunciado pelo próprio Mestre! –, é outro grandioso e marcante exemplo!

Também no sermão profético (Mt, 24:3-31), Jesus revela as dores e tribulações destes dias, com antecedência de dois milênios:

“E certamente ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; (...)

“Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores”.  Mt, 24:6-8.

Note-se a expressão “princípio das dores”. Ou seja, elas continuarão ainda, por um tempo indeterminado, até que haja o triunfo do Bem nos corações humanos!

Muitos Espíritos – através de profetas modernos, confirmam que estes são os tempos anunciados por aquela profecia do Mestre.

Nem todos O compreendemos, aturdidos tal como os discípulos, no barco e a caminho de Emaús. A maioria permanece no erro, no vício, na crueldade.

Estas tribulações são, também, para todos aqueles que ansiamos pela Paz, oportunidades não só para desenvolvermos virtudes, mas de nos redimirmos, sofrendo na carne os efeitos da Lei de Causa e Efeito, ao tempo em que perseveramos na busca do Bem, único arrimo nestes dias amargos, que breve passarão, pois,

“Não tivessem aqueles dias sido abreviados, e ninguém seria salvo; mas por causa dos escolhidos tais dias serão abreviados”.  Mt, 24:22.

Espíritos superiores, cautelosa, mas sinceramente, têm comentado as provas em curso, encorajando-nos, falando-nos de esperança e fé:

Sabeis (...) que o plano divino da evolução terá de cumprir-se, com os homens e apesar dos homens, e que nada, nem ninguém conseguirá impedir que o nosso pequeno, mas não insignificante orbe terráqueo, se transforme, no devido tempo, de mundo de provas e expiações, em mundo regenerado. Os tempos previstos já chegaram e os sinais anunciados são evidentes, às vistas de quem quer que enxergue, mesmo que pouco, com a visão do espírito (...)

Brevemente, todos reconhecerão, nesta gloriosa Oficina de Ismael, o quartel-general do Cristo na crosta do orbe, no momento em que as provações coletivas, que se avizinham, trouxerem aos homens o chamamento mais vigoroso e dolorido ao amor e à fraternidade”. 5 (*)

“Os vossos testemunhos serão mais severos do que os daqueles pioneiros de outrora.

Eles davam a vida num momento. Vós outros tendes que doá-la, por momentos sucessivos, nos quais vos desgastareis, lentamente, qual o combustível que, atendendo à lâmpada que derrama claridade, também se consome.

Consumi-vos, iluminando as consciências com a mensagem espírita.” 6

São inevitáveis, neste momento, as dores superlativas, as inquietações de largo porte, as dificuldades-desafio (...)

Que dentro de nós vibre o pensamento do Cristo, e atue através da nossa conduta a beleza da mensagem espírita que, em breve, modificará o pensamento na Terra e expulsará, por definitivo, a guerra, o medo, a insatisfação, gerados pelo egoísmo, que cederá o passo ao altruísmo, que Jesus nos ofereceu na lição sacrossanta da caridade (...)

A nossa é a tarefa de servir e de amar, preparando o advento do mundo melhor, que já se anuncia e chega lentamente (...)

Continuai, filhos, certos de que o triunfo, que não tarda, tomará conta dos nossos corações em forma de plenitude e de paz.” 7 (*)

“São inevitáveis as provas que redimirão dívidas cármicas coletivas em aberto, mas que franquearão, por igual, novos horizontes de amadurecimento espiritual do nosso povo, com vistas ao futuro.

Sem qualquer antevisão catastrófica, de resto injustificável, devemos preparar nossa resistência moral, para a defesa de nosso próprio equilíbrio (...).”  8 (*)

Amanhece dia novo!

As sombras trevosas que vêm permanecendo sobre a Humanidade cedem lugar à claridade do dia que surge (...)

O Espiritismo logrará a renovação da Sociedade, implantando o Primado do Amor, e sois vós, meus filhos, que devereis fazê-lo a contributo, às vezes, da lágrima, da solidão e do silêncio, não anuindo com o crime, nem convivendo com o erro, seja qual for a justificativa que apareça como conciliadora.” 9 (*)

Uma onda de sofrimentos varre a Terra e o homem chora. A morte o ameaça. Em vão, ele se pergunta: que é a vida? (...)

Vós haveis solicitado a permissão divina para renascer, semeando esperança e luz. Vós rogastes a permissão de reencarnar para oferecer à Humanidade os requisitos para um Mundo Melhor... E o mundo espiritual vos tem atendido. Este é vosso momento de servir (...).” 10 (*)

É necessário que nos convençamos de que esta é a hora. Não amanhã, nem mais tarde. Este é o momento azado para a nossa entrega.

Sem abandonarmos os compromissos a que nos vinculamos, deixemos Jesus tomar conta do nosso coração (...)

Não vos recuseis aos calos nas mãos ante a charrua do dever.

Não vos negueis à dedicação total da vossa alma, das vossas horas e dos vossos corpos para que esplenda o Evangelho do reino.

Evitai a discórdia; superai as dificuldades de interpretação; esquecei as antipatias, as diferenças de natureza afetiva.

Se não fordes capazes de vos amar, no mesmo ideal, como podereis programar amor àqueles que não concordam convosco? (...)”. 11 (*)

“A regeneração da Humanidade, portanto, não exige absolutamente a renovação integral dos Espíritos: basta uma modificação em suas disposições morais. Essa modificação se opera em todos quantos lhe estão predispostos, desde que sejam subtraídos à influência perniciosa do mundo”. 12

“Atendamos, pois, nossos deveres da hora presente, cuidemos das tarefas a que nos propusemos e marchemos para diante, convictos de que conosco segue o Imaculado Cordeiro a nos apontar os formosos horizontes que nos aguardam. Confiemos e sirvamos sem cessar, atentos à hora presente que passará rápida”. 12 (*)

No tempo próprio, o Mestre repreenderá o Mal, como o fez ao vento e ao mar tempestuoso e será manifesta Sua vontade, a que todos nos submeteremos, como às forças da natureza, a que nos vergamos, impotentes. E a bonança retornará à Terra – frágil barco em que navegamos pelo espaço infinito. Saibamos esperar, vigiando, orando e servindo!

(*) - Grifamos.
 

Referências bibliográficas:

01. XAVIER, Francisco C. Os Mensageiros. Pelo Espírito André Luiz. Rio de Janeiro: FEB, 1980. p. 33;

02. XAVIER, Francisco C. A Caminho da Luz. Pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB, 1975. pp. 17-23 e 110;

03. KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 1ª ed. 1ª reimpressão. Rio de Janeiro: FEB, 2010. p. 234: Cap. 11, it. 14;

04. ÁUREO/Hernani T. Sant’Anna. Universo e Vida. Rio de Janeiro: FEB, 1980. p. 168: Cap. 12;

05. ÁUREO/Hernani T. de Sant’Anna. Mensagem de Ano Novo. 05.01.78, FEB; Reformador jan./79, p. 5;

06. BEZERRA/Divaldo P. Franco, 07.11.87, FEB/DF; Reformador fev./88, p. 55/56;

07. Bezerra/Divaldo P. Franco. Bezerra de Menezes fala aos membros do Conselho Federativo Nacional. 17.11.90, FEB/DF; Reformador, jan./91, pp. 12/3;

08. PEDRO/Hernani T. Sant’Anna. Hora de Vigiar. 24.09.91, FEB/Rio; Reformador jan./93, p. 9;

09. BEZERRA/Divaldo P. Franco. Primado do Amor. 07.11.92, FEB/DF; Reformador dez./92, p. 361.

10. BEZERRA/Divaldo P. Franco. Mensagem de Estímulo e Fé. 18.08.94, CEI/Miami (EUA); Reformador fev./95, p. 37;

11. BEZERRA/Divaldo P. Franco. Novos Desafios. 05.10.95, FEB/DF; Reformador dez./95, p. 357;

12. KARDEC, Allan. A Gênese. 34 ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991. pp. 421-422: Cap. 18, it. 33;

13. BEZERRA/Maria Cecília Paiva. Do Futuro só Deus é senhor. 11.11.82, FEB/Rio; Reformador nov./82, p. 339.




 


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