MARCUS
VINICIUS DE AZEVEDO
BRAGA
acervobraga@gmail.com
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
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A frequência
melhora a
frequência
Às vezes, em
meio à corrida
da rotina,
enquadramos as
atividades
espíritas de
forma mecânica
em nossas
atribuições,
como um
compromisso a
ser cumprido em
meio a tantos
outros.
E por vezes,
ainda, esse
compromisso
disputa com
outros,
profissionais,
familiares, de
lazer, o que
redunda em uma
frequência baixa
a casa espírita
e as suas
atividades. Às
vezes, de forma
sazonal, nos
vemos envolvidos
em uma ciranda
de eventos e
pouco “damos as
caras” no
centro.
Aí, vai uma vez
à palestra e
falta na outra.
Chega só na hora
do passe...
Comparece
esporadicamente
aos grupos de
estudos, em uma
vivência
burocrática da
atividade
espírita.
Vamos, assim,
administrando a
relação com a
casa espírita,
de forma morna,
no que
entendemos ser
uma vivência
religiosa
formal, de
prática
superficial.
A frequência à
casa espírita,
para além de uma
assiduidade
protocolar,
necessita do
envolvimento, do
sentimento nas
atividades
ofertadas,
elevando o
padrão da nossa
casa mental, de
nossas
vibrações.
A frequência à
casa espírita
melhora a nossa
frequência
mental!
A casa espírita
é uma oficina
bendita que nos
oferece diversos
campos de ação e
estudo, em
horários
diversos, para
perfis
múltiplos, e se
apresenta como
opção
integrativa de
estudo e
vivência do
Espiritismo.
Muito mais do
que divulgar a
doutrina
espírita, a casa
espírita tem o
potencial de se
tornar uma forja
do homem de bem!
Lá fazemos
amigos, ouvimos
certas verdades,
participamos de
atividades como
agente e
paciente,
estudamos em
grupo no debate
salutar, tudo
isso em um
espaço de
crescimento que
nos torna
melhores,
sustentando o
nosso ideal
cristão nas
lutas semanais,
fora da casa
espírita.
Cabe-nos ter
coerência nos
papéis... Para
isso,
necessitamos ser
bons espíritas
no lar, na
escola, na rua,
no trabalho, nas
diversas
roupagens
sociais, ainda
que na casa
espírita
busquemos
mostrar o nosso
melhor, esse
nosso melhor
deve se espraiar
pela vida
cotidiana, como
uma chama a nos
conduzir.
Não defendemos
aqui a
hipocrisia de
máscaras na casa
espírita, ou,
ainda, que a
pessoa se insule
no centro vinte
e quatro horas
por dia, em uma
clausura
kardequiana,
fugindo do mundo
perverso,
ignorando os
outros papéis
para os quais
ela reencarnou.
A doutrina não
prevê isso, ela
surge como
instrumento de
superação da
formalização
pela essência!
Defendemos a
casa espírita
como espaço de
espiritualização,
de estudo e de
trabalho,
desenvolvendo a
nossa dimensão
“espírito”, na
tarefa árdua de
construção do
homem de bem. E
para tal, ela
oferece
instrumentos
diversos!
Entretanto, para
isso são
necessários: a
presença, a
adesão, o
envolvimento.
Ainda não
encontrei uma
modalidade de
Espiritismo a
distância…
Faz-se mister o
engajamento na
casa, para que
ela faça parte
de nossa vida e
vice-versa, em
uma construtiva
relação que faz,
de cada
frequentador,
melhor a cada
dia.
Fica então a
reflexão sobre a
relação que
estamos
construindo com
o templo
espírita que nos
acolhe e de como
esta relação
está nos fazendo
melhorar…
Grandes,
pequenos,
distantes,
informais… As
casas espíritas
estão aí,
necessitando do
nosso olhar
atento, dos
nossos braços
produtivos,
assim como nós
precisamos de
suas bênçãos no
fortalecimento
espiritual.
Como pássaros
tenros, os
mentores da casa
espírita nos
colocam lá, como
frágeis galhos
que, unidos,
compõem um
aconchegante e
robusto ninho.
Nesse feixe de
forças, de cá e
de lá, é preciso
colocar o nosso
coração, na
infância, na
juventude e na
madureza, e não
apenas na melhor
idade, na qual
passamos a nos
preocupar,
compulsoriamente,
como o
desencarne e a
vida espiritual.