WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, SP (Brasil)
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A morte não mata
o Espírito
— Em que se
torna a alma no
instante da
morte? “Ela
volta a ser
Espírito, quer
dizer, retorna
ao mundo dos
Espíritos, que
deixou
momentaneamente.”
(Pergunta 149,
de O Livro
dos Espíritos,
Allan Kardec.)
A desencarnação,
ou seja, a
separação do
Espírito do
corpo, que
comumente na
Terra chamamos
de morte, é,
incontestavelmente,
um dos momentos
mais dolorosos
entre os seres
humanos. Isso,
evidentemente,
porque significa
separação, mesmo
momentânea, mas
não deixa de ser
uma ausência sem
um término
previsto. Todos
sabemos que ao
morrer, em
verdade,
voltamos ao
mundo dos
Espíritos, e que
lá prosseguimos
vivendo, onde um
dia
reencontraremos
os entes
queridos que
ficaram no mundo
físico. Mas é
sempre uma
separação.
Em realidade, ao
nascermos na
Terra, para uma
nova experiência
na matéria,
deixamos no
mundo espiritual
a nossa
verdadeira
família, para
nos juntarmos
aos companheiros
que já estão
encarnados.
Visando colher
novas lições.
É fato que a
família
consanguínea
reúne os
Espíritos que
carecem de
experiências
conjuntas, mas a
família
definitiva é a
espiritual, pois
lá estaremos
aglomerados de
forma perene,
total.
Quase sempre, a
família
espiritual,
através das
reencarnações,
se fixa na Terra
por um período,
porém, a vida
plena está na
esfera
espiritual.
Portanto, os
nossos entes
queridos, os
familiares
amados e os
amigos que
prezamos e que
nos antecederam
na viagem à vida
total não
morreram, não se
separaram de nós
de forma
absoluta, mas
apenas seguiram
seus destinos
para um dia no
futuro nos
juntarmos
novamente, na
caminhada em
busca da
felicidade e da
perfeição.
Dessa forma,
façamos um
esforço para
substituir a
tristeza e as
dores que
pontilham nossos
corações e que
se originaram
devido à
desencarnação de
quem amamos,
pois que, breve,
novamente
estaremos com
eles. E,
enquanto isso
não acontece,
lancemo-nos,
mesmo com
sofrimento, ao
trabalho de
espalhar o bem,
de servir em
nome deles,
confiando sempre
em Deus, Pai
Celestial de
eterna bondade,
que jamais faria
leis que viessem
a nos causar
sofrimentos, por
mero capricho.
Às vezes, no
momento, não
conseguimos
compreender a
lógica das Leis
Universais, mas
não percamos
tempo, sigamos
firmes,
resolutos e
determinados,
pois com o nosso
amadurecimento
espiritual, no
tempo
lograremos, com
a ajuda dos bons
Espíritos,
entender melhor
o que realmente
se passa ao
nosso redor.
A exemplo da
criança, muitas
vezes os pais
atuam para
orientá-la,
corrigindo-a
para que trilhe
pelas estradas
da dignidade,
mas, por
desconhecer o
que lhe é
melhor, ela, a
criança,
acredita ser a
vítima dos mais
velhos. No
entanto, melhor
esclarecida, no
futuro, saberá
entender que por
ela fora feito o
que era devido e
melhor.
Assim somos nós
ante as
desencarnações.
Sofremos,
choramos,
lamentamos e,
muitas vezes
inconformados,
blasfemamos
contra a
providência
divina. Sem
dúvida, dia virá
em que tudo se
tornará mais
claro aos nossos
sentidos.
Continuemos
então, convictos
de que a morte
não existe, que
nossos entes
queridos não se
ausentaram
definitivamente,
apenas nos
aguardam nas
“muitas moradas
da casa do Pai”,
para os abraços
do reencontro.