Valores
Religiosos:
Fundamentos
Universais para
a Pacificação
Acredita-se que
a esmagadora
maioria da
humanidade é
constituída por
pessoas crentes,
tementes e
religiosas,
qualquer que
seja a religião
interiorizada e
praticada. O ser
humano, na sua
fragilidade e
limitações, não
tem, ainda,
respostas para
as questões
essenciais e
justificativas
do acontecer
bioespiritual
que lhe é
intrínseco.
Biologicamente é
um ser finito,
cuja vida
existencial
terrena é
incapaz de
delimitar no
tempo, e até no
espaço;
espiritualmente,
a sua ignorância
e preconceito
não permitem
explicações
convincentes e
cientificamente
verificáveis.
A agravar toda
esta situação de
insegurança,
insuficiência e
desconhecimento
está o fim
último de cada
indivíduo,
porque continua
a desconhecer-se
a origem
imaterial do
homem, e o seu
fim é,
igualmente, uma
angustiante
incógnita.
A ignorância de
como, quando,
onde, por que e
para que deste
mesmo fim último
e o “para
onde vamos”
é dramática,
porque até o
momento a
ciência, a
técnica e todo o
instrumental
tecnológico
foram incapazes
de explicar e
provar o que
quer que seja
neste domínio do
homem
espiritual, por
enquanto
insondável, algo
misterioso.
Impossibilitado
de vencer o
drama pelos
recursos
materiais que
dispõe, o homem
crente volta-se,
esperançadamente,
para os valores
religiosos, nos
quais busca a
explicação para
as situações que
desconhece e o
atormentam, e
também para
encontrar as
soluções para os
conflitos que
ele próprio
cria, alimenta,
mas nem sempre
sabe e/ou quer
resolver.
O grande
conflito, porém,
continua entre a
vida e a morte,
porque nascer,
viver e morrer é
o percurso
natural de todo
ser humano, tal
como outros
seres animais. O
homem crente
acredita em
certos valores
religiosos, de
entre os quais,
muitos creem
numa nova vida,
renascendo
depois da morte
física.
O acontecimento
inevitável é,
efetivamente, a
morte biológica,
o
desaparecimento
do corpo físico
e este, tanto
quanto é dado
saber, não
renascerá
(excetuando-se,
para os crentes,
os milagres da
ressurreição,
como por
exemplo, a
passagem bíblica
de Lázaro).
O “Valor”
ressurreição
para os crentes,
independentemente
do que
ressuscita –
corpo,
identidade ou
qualquer outro
elemento
constituinte da
existência
humana –,
alimenta a fé
num mundo
melhor, num
mundo pacífico,
do qual o mal
tenha sido
erradicado.
Durante a vida
material o ser
humano é
conduzido
segundo regras,
usos, costumes,
tradições, leis,
através de um
longo processo
de aprendizagem,
nunca concluído,
vulgarmente
denominado por
socialização. A
vida existencial
terrena é
programada em
função de
princípios,
valores,
interesses e
objetivos a
atingir.
A luta de cada
indivíduo, de
cada grupo e de
cada nação, para
alcançar os
resultados,
previamente
esperados, por
vezes, é cruel,
violenta,
absurda e
desumana. Os
conflitos
proliferam e
poucos são
resolvidos com
dignidade para
as partes
conflitantes.
Situações de
autênticas
guerras
sanguinárias
ocorreram em
pleno século XX
e passaram sem
soluções à
vista, para este
novo século e
milênio. O fim,
deploravelmente,
não estará no
horizonte
temporal.
E quanto à
morte? O que se
sabe para lá da
morte física? E
quanto à morte
intelectual?
Como se processa
e se
caracteriza? E
haverá morte
espiritual? Mas
o que é o
Espírito: Alma?
Consciência?
Intelecto? Que
tipo de
sofrimento a
morte espiritual
envolve?
E pode-se morrer
de forma
diferente da
habitual, por
exemplo, para um
determinado
projeto, e
renascer para
outro? Se a
resposta for
afirmativa,
então é possível
morrer várias
vezes e renascer
outras tantas,
porque
«Talvez nossa
morte ocorra a
cada busca que
chega a um
termo, a cada
avanço e a cada
recuo, a cada
vivência;
talvez, morrendo
aqui e ali,
algumas pessoas
consigam seguir
vivas. (…)
Morrer pode
trazer grande
bem à vida da
pessoa; em
muitos casos,
pode ser uma
recomendação
médica,
filosófico-clínica»
(PACKER,
2007:78-79).
O problema da
morte não está
esclarecido – no
que à dimensão
imaterial,
espiritual ou de
consciência
respeita –,
restando,
portanto, sem
prejuízo para os
não crentes de
pensarem
conforme
entenderem, a fé
num Mundo
Melhor, o tal
mundo pacífico
para as gerações
vindouras, já
que para as
gerações que se
aproximam do
limite
biológico, o fim
último vai
continuar uma
incógnita, um
mistério que
Alguém guarda
para sempre.
Bibliografia:
PACKER, Lúcio.
(2007). “Morrer
para Renascer”
in Filosofia.
Ciência & Vida.
São Paulo:
Escala. Ano I,
(6).
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