Mecanismos da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
42)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Mecanismos da
Mediunidade, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Assim que se entrega
ao sono, cada criatura
segue o rumo da própria
concentração?
Sim. Desdobrando-se no
sono vulgar, a criatura
procura,
automaticamente, fora do
corpo carnal, os
objetivos que se casam
com os seus interesses
evidentes ou escusos.
Dessa forma, Espíritos
enobrecidos assimilam do
contacto com as
Inteligências superiores
os motivos corretos e
brilhantes que lhes
palpitam nas criações,
ao passo que as mentes
sarcásticas ou
criminosas, pelo mesmo
processo, apropriam-se
dos temas infelizes com
que se acomodam,
acordando a ironia e a
irresponsabilidade
naqueles que se lhes
ajustam aos pensamentos,
pelo trabalho a que se
dedicam.
(Mecanismos da
Mediunidade, cap. XXI,
pág. 141.)
B. André Luiz menciona
nesta obra as expressões
sono ativo e sono
passivo. Qual a
diferença entre eles?
Dormindo o corpo denso,
a onda mental da
criatura continua
vigilante. Diz-se que o
sono é ativo quando a
mente registra no
cérebro dormente as
impressões do Espírito
desligado das células
físicas. Sono passivo se
dá quando a mente, nessa
condição, se
desinteressa, de todo,
da esfera carnal.
(Obra citada, cap. XXI,
pág. 142.)
C. Durante o sono há
pessoas que colaboram
com as atividades
realizadas pelos
Benfeitores espirituais?
Sim. Muitas pessoas,
principalmente as que se
adestraram para esse
fim, efetuam incursões
nos planos do Espírito,
transformando-se, muitas
vezes, em preciosos
instrumentos dos
Benfeitores da
Espiritualidade, como
oficiais de ligação
entre a esfera física e
a esfera extrafísica.
Cumpre destacar, no
entanto, a importância
do estudo para quantos
se vejam chamados a
semelhante gênero de
serviço, porque, segundo
a Lei do Campo Mental,
cada Espírito somente
logrará chegar, do ponto
de vista da compreensão
necessária, até onde se
lhe paire o
discernimento.
(Obra citada, cap. XXI,
pp. 142 e 143.)
Texto para leitura
130. Concentração
e desdobramento
– As pessoas que se
entregam ao labor da
arte, atraem, durante o
sono, as inspirações
para a obra que
realizam,
compreendendo-se que os
Espíritos enobrecidos
assimilam do contacto
com as Inteligências
superiores os motivos
corretos e brilhantes
que lhes palpitam nas
criações, ao passo que
as mentes sarcásticas ou
criminosas, pelo mesmo
processo, apropriam-se
dos temas infelizes com
que se acomodam,
acordando a ironia e a
irresponsabilidade
naqueles que se lhes
ajustam aos pensamentos,
pelo trabalho a que se
dedicam. Desdobrando-se
no sono vulgar, a
criatura segue o rumo da
própria concentração,
procurando,
automaticamente, fora do
corpo carnal, os
objetivos que se casam
com os seus interesses
evidentes ou escusos.
Desse modo, mencionando
apenas um exemplo desses
contactos, determinado
escritor exporá ideias
edificantes e originais
no que tange ao serviço
do bem, induzindo os
leitores à elevação de
nível moral, ao passo
que outro exibirá
elementos aviltantes,
alinhando escárnio ou
lodo sutil com que
corrompe as emoções de
quantos se lhes entrosam
à maneira de ser.
(Cap. XXI, pág. 141.)
131. Inspiração e
desdobramento –
Dormindo o corpo denso,
continua vigilante a
onda mental de cada um –
presidindo ao sono
ativo, quando registra
no cérebro dormente as
impressões do Espírito
desligado das células
físicas, e ao sono
passivo, quando a mente,
nessa condição, se
desinteressa, de todo,
da esfera carnal. Nessa
posição, sintoniza-se
com as oscilações de
companheiros
desencarnados ou não,
com as quais se
harmonize, trazendo para
a vigília no carro de
matéria densa, em forma
de inspiração, os
resultados do
intercâmbio que levou a
efeito, porquanto
raramente consegue
consciencizar as
atividades que
empreendeu no tempo de
sono. Muitos apelos do
plano terrestre são
atendidos, integralmente
ou em parte, nessa fase
de tempo. Formulado esse
ou aquele pedido ao
companheiro
desencarnado,
habitualmente surge a
resposta quando o
solicitante se acha
desligado do vaso
físico. Contudo, como
nem sempre o cérebro
físico está em posição
de fixar o encontro
realizado ou a
informação recebida, os
remanescentes da ação
espiritual, entre
encarnados e
desencarnados,
permanecem nos Espíritos
que ainda se demoram
chumbados à Terra, à
feição de quadros
simbólicos ou de
fragmentárias
reminiscências, quando
não sejam na forma de
súbita intuição, a
expressarem, de certa
maneira, o socorro
parcial ou total que se
mostrem capazes de
receber. (Cap. XXI,
pág. 142.)
132. Desdobramento
e mediunidade –
As ocorrências citadas
vigem na conjugação de
ondas mentais, porque
apenas excepcionalmente
consegue a criatura
encarnada
desvencilhar-se de todas
as amarras naturais a
que se prende, adstrita
às conveniências e
necessidades de redenção
ou evolução que lhe
dizem respeito.
Imperioso notar, porém,
que considerável número
de pessoas,
principalmente as que se
adestraram para esse
fim, efetuam incursões
nos planos do Espírito,
transformando-se, muitas
vezes, em preciosos
instrumentos dos
Benfeitores da
Espiritualidade, como
oficiais de ligação
entre a esfera física e
a esfera extrafísica.
Entre os médiuns dessa
categoria,
surpreenderemos todos os
grandes místicos da fé,
portadores de valiosas
observações e revelações
para quantos se decidam
marchar ao encontro da
Verdade e do Bem. Cumpre
destacar, no entanto, a
importância do estudo
para quantos se vejam
chamados a semelhante
gênero de serviço,
porque, segundo a Lei do
Campo Mental, cada
Espírito somente logrará
chegar, do ponto de
vista da compreensão
necessária, até onde se
lhe paire o
discernimento. (Cap.
XXI, pp. 142 e 143.)
(Continua no próximo
número.)