Qual o
significado de
“honrar pai e
mãe” para nós
que somos filhos
e pais nos dias
atuais?
A palavra grega
para honrar
significa
reverenciar,
estimar e
valorizar.
Honrar é dar
respeito não
apenas pelo
mérito, mas pela
posição. Allan
Kardec, em O
Evangelho
segundo o
Espiritismo,
esclarece: “O
mandamento
‘Honrai vosso
pai e vossa mãe’
é uma
decorrência da
lei geral da
caridade e de
amor ao próximo,
pois não podemos
amar ao nosso
próximo sem
amar nosso pai
e nossa mãe”.
Porém, a palavra
“honrar” encerra
um dever a mais
para com eles: o
da piedade
filial.
Deus quis
mostrar que ao
amor é preciso
acrescentar o
respeito, as
atenções, a
submissão e a
concordância, o
que resulta na
obrigação de
fazer aos pais,
com maiores
cuidados, tudo o
que a caridade
ordena que
façamos para o
próximo. Este
dever se
estende,
naturalmente, às
pessoas que
assumem o
compromisso de
pais e que tão
maior mérito
terão quanto
menos
obrigatório for
seu devotamento.
Deus sempre pune
de maneira
rigorosa toda
violação a este
mandamento.
Honrar pai e mãe
vai além do
respeito e das
atenções.
Implica também
assisti-los na
necessidade e
proporcionar-lhes
o repouso na
velhice. Isso
ainda é mais
verdadeiro
quando faltam
aos pais
recursos
próprios de
sobrevivência.
Não basta que os
filhos deem a
eles apenas o
necessário para
que não morram
de fome enquanto
não se privam de
nada. Ou que os
recolham a um
quartinho
modesto enquanto
se reservam o
que há de melhor
e mais
confortável.
E o que dizer
daqueles que
mesmo a
assistência
mínima dão de má
vontade, como se
fosse um fardo
intolerável,
esquecidos da
solicitude que
receberam desses
mesmos pais na
infância? Ou que
sobrecarregam
seus velhos com
os trabalhos da
casa e o cuidado
dos netos? Não
basta, pois,
garantir aos
pais pobres o
estritamente
necessário. É
preciso que os
filhos, tanto
quanto possível,
os cumulem com
as doçuras do
supérfluo, as
amabilidades, os
cuidados
delicados, em
retribuição ao
que receberam
desses mesmos
pais na infância
e na juventude.
Trata-se do
pagamento de uma
dívida sagrada:
“a verdadeira
piedade filial
aceita por
Deus”.
Se analisarmos o
comportamento da
sociedade atual,
verificaremos
filhos
ironizando pais,
desrespeitando
seus conselhos,
duvidando de
suas falas, com
vergonha de suas
origens,
esquecidos do
mandamento de
Deus que nos
exorta a honrar
nossos pais.
Jesus, o maior
ser que já
esteve entre
nós, honrou seus
pais e nem por
isto deixou de
cumprir sua
missão que era
revolucionária e
que iniciaria
para a
humanidade uma
nova era.
A pergunta que
fica é a
seguinte: como
honrar nossos
pais? Devemos
fazê-lo com
nossas ações e
atitudes, honrar
seus desejos,
mesmo aqueles
que não
expressem
verbalmente. O
filho sábio ouve
a correção de
seus pais, o
filho
escarnecedor
repele esta
correção sem
analisá-la.
O que devemos
fazer se nossos
pais nos pedem
para fazer algo
errado? Ou com o
que não
concordamos?
Devemos sempre
obedecer à Lei
de Deus,
analisarmos pelo
crivo da razão,
da Moral Maior,
fazermos ao
outro aquilo que
gostaríamos que
o outro nos
fizesse.
Colocarmo-nos na
posição de pais
e verificarmos
como gostaríamos
que nossos
filhos se
portassem diante
de uma situação
semelhante.
“Alguns pais, é
bem verdade,
descuidam-se dos
seus deveres, e
não são para
seus filhos o
que deveriam
ser. Cabe a Deus
puni-los e não
aos filhos. Não
cabe a estes
censurá-los
porque talvez
eles mesmos
merecessem que
assim fosse. Se
a lei da
caridade
estabelece pagar
o mal com o bem,
ser indulgente
com as
imperfeições dos
outros, esquecer
e perdoar as
faltas, até
mesmo amar aos
nossos inimigos,
quando maior é
esta obrigação
em relação aos
pais.”
Honra gera
honra. Deus não
vai honrar
aqueles que não
obedecem ao seu
comando para
honrar pai e
mãe. Se
desejamos
agradar a Deus e
ser abençoados,
devemos honrar
nossos pais.
Honrar não é
fácil, não é
sempre divertido
e com certeza
não é possível
apenas com
nossas próprias
forças.
Reflitamos:
“Honrai vosso
pai e vossa mãe,
a fim de
viverdes por
muito tempo na
Terra que o
Senhor vosso
Deus vos dará”.
(Decálogo;
Êxodo, 20:12.)