A separação do
joio
e do trigo
Infelizmente,
assistimos na
atualidade a uma
das mais
sangrentas e
hediondas
demonstrações de
disseminação do
mal no
planeta.
É extremamente
decepcionante
ver ainda, em
pleno século
XXI, a
existência de
grupos
terroristas tão
cruéis como o
dos membros do
grupo ISIS
(Estado
Islâmico do
Iraque e do
Levante).
A intenção dessa
facção, que tem
concentrado a
sua ação na
Síria e no
Iraque, e cujo
modus
operandi e
crenças abarcam
o que há de mais
atrasado e
medieval, é
impor a crença
islâmica (isto
é, princípios ou
entendimentos
eminentemente
distorcidos a
respeito desta)
à força às
populações. Os
seus métodos
cruéis de
extermínio a
ninguém poupa.
As terríveis
imagens
disponíveis
falam por si.
Como se sabe, as
vítimas
indefesas são
escravizadas
(como é o caso
das mulheres),
fuziladas ou
decapitadas sem
misericórdia. É
tamanha a força
e tenacidade
desse grupo, que
até mesmo
governos
legitimamente
constituídos lhe
temem as ousadas
investidas.
Chega a ser
dantesco ver
jovens educados
em países
desenvolvidos,
cobertos de
afeto, atenção,
e as melhores
condições
possíveis para o
seu
desenvolvimento
intelecto-moral,
se alistarem nas
fileiras dessa
agremiação
trevosa.
O momento
presente da
história humana
comporta,
lamentavelmente,
aberrações
coletivas como é
o caso do ISIS.
A julgar pelas
práticas
adotadas não
fica difícil
imaginar os
valores e
princípios
cultuados pelos
seus membros. E
ao ver uma
organização como
essa surgir
praticamente do
nada sucumbindo
povos pacíficos
e indefesos, bem
como assaltando,
destruindo e
dilapidando por
toda parte, nos
remete à lição
evangélica que
prega a
necessidade da
separação do
joio e do trigo.
É indiscutível
que os amorosos
apelos e
ensinamentos
daquele que se
colocou com toda
a justiça como
“o caminho, a
verdade e a
vida” não
penetram – pelo
menos por ora –
nos corações
empedernidos dos
Espíritos
pertencentes a
esse grupo. As
suas mentes
devem estar tão
obcecadas em
impor à força ao
mundo a sua
estreita visão
religiosa, que
não há espaço
mínimo sequer
para acolher as
sugestões e
alvitres do bem.
São vítimas da
sua própria
cegueira
espiritual e fé
cega, mal do
qual muito
acertadamente
nos alertou
outrora Allan
Kardec.
Por isso, não
conseguem ainda
vislumbrar a
noção de
pluralidade ou
diversidade
religiosa. As
sublimes
concepções de
liberdade,
livre-arbítrio e
direito lhes
incomodam
profundamente.
São seres,
enfim,
absolutamente
despreparados
para viver num
mundo de
regeneração, paz
e respeito. Os
ideais de amor e
fraternidade não
lhes penetraram
no âmago do ser.
O uso desmedido
da violência e
da desumanidade
é talvez o único
argumento capaz
de proferir na
sua trajetória
insana de vida.
É inegável que
esses irmãos
profundamente
doentes do
espírito e d’alma
estão
provavelmente
malbaratando
derradeiras
oportunidades
nesse mundo.
Afinal,
assumindo a
transição
planetária como
um imperativo
impostergável, a
Terra não poderá
mais abrigar em
seu seio almas
desse jaez se se
pretende a
prevalência de
um mínimo de
equilíbrio.
Seja como for, a
misericórdia
divina não os
desamparará. O
despertamento
desses
indivíduos para
as excelsas
realidades
transcendentais
certamente se
fará em outras
plagas – cujas
condições
obviamente
deverão ser
muito aquém das
ora a eles
proporcionadas.
Lá deverão
joeirar por meio
de experiências
santificantes
todo o fel que
lhes invade as
almas, fazendo
brilhar às duras
penas a sua
essência divina.
Jesus, nosso
mentor e amigo
incomparável,
asseverou que
nenhuma das
ovelhas do seu
aprisco estaria
perdida. Assim
sendo,
concluímos que
esses Espíritos
rebeldes não
estarão
abandonados
pelas forças do
amor e da
sabedoria.