Máximas
morais do Cristo
A obra mais divulgada,
mais lida, mais
consultada da literatura
espírita é o livro O
Evangelho segundo o
Espiritismo, que
completou 150 anos de
publicação. É a
terceira obra da
Codificação Espírita de
Allan Kardec e surgiu em
1864, em sequência ao O
Livro dos Espíritos
(1857) e O Livro dos
Médiuns (1861).
Conforme consta de sua
página de rosto, a obra
contém a explicação das
máximas morais do
Cristo, sua concordância
com o Espiritismo e sua
aplicação às diversas
posições da vida. É
importante que se faça
esse destaque porque
muita gente confunde o
título achando que seria
um evangelho só dos
espíritas. Não!
É preciso prestar
atenção ao título.
Trata-se mesmo do
Evangelho de Jesus,
segundo o pensamento
espírita, ou à luz da
revelação trazida pelos
Espíritos, ou ainda
conforme os ensinos
trazidos pelo
Espiritismo.
Desdobramento natural
O livro é um
desdobramento da parte
terceira – que trata das
Leis Morais – (com 12
capítulos e 306
perguntas) de O Livro
dos Espíritos,
justamente para
comentar, ampliar e
tornar ainda mais claro
o pensamento de Jesus,
seus ensinos morais,
estudando-os à luz dos
princípios espíritas,
resgatando tais ensinos
que formam a base da
Doutrina Espírita, pois
que ela está totalmente
embasada no Evangelho de
Jesus. Se tirarmos o
Evangelho do
Espiritismo, este será
uma bela teoria, mas
perderá sua essência,
seu perfume, seu sabor.
E é justamente em O
Evangelho segundo o
Espiritismo que
encontraremos as máximas
morais de Jesus
comentadas pela lucidez
do Codificador que, na
introdução da obra,
destaca: Podem
dividir-se as matérias
contidas nos Evangelhos
em cinco partes: os atos
comuns da vida do
Cristo, os milagres, as
profecias, as palavras
que serviram para o
estabelecimento dos
dogmas da Igreja e o
ensinamento moral. Se as
quatro primeiras foram
objeto de controvérsias,
a última manteve-se
inatacável. Diante desse
código divino, a própria
incredulidade se
inclina; é o terreno
onde todos os cultos
podem se reencontrar, a
bandeira sob a qual
todos podem se abrigar,
quaisquer que sejam suas
crenças (...). E
acrescenta com a
sabedoria que lhe é
peculiar: “(...)
reunimos nesta obra os
artigos que podem
constituir, propriamente
falando, um código de
moral universal, sem
distinção de culto
(...)”.
Conforto expressivo
Os 28 capítulos da obra,
além da introdução,
fazem da obra um
referencial de conforto
e orientação a qualquer
pessoa, esteja ela
vivendo um período de
tranquilidade interior
ou um período de
turbulências morais da
vida cotidiana. Em
muitos dos capítulos,
além dos comentários
pessoais às transcrições
dos trechos destacados
dos Evangelhos, Allan
Kardec acrescentou
selecionadas mensagens
colhidas dos Espíritos
Codificadores e que
intitulou Instruções dos
Espíritos, com
expressivo conteúdo de
orientação e lucidez,
para reflexões de
profundidade ao
comportamento moral que
precisamos adotar para
uma vida de equilíbrio e
serenidade. Ali estão os
ensinos de Jesus,
comentados e ampliados à
luz da Revelação
Espírita. Impossível
destacar um ou outro, em
face da importância de
todos os ensinos e
capítulos da obra.
Sugerimos, pois, ao
leitor, consultar e
vasculhar a obra na
íntegra.
Duas indicações
O capítulo mais longo é
o capítulo V –
Bem-Aventurados os
Aflitos, cujo
conteúdo vem atender aos
reclamos do momento
difícil da vida humana e
que pode ser utilizado
com grande proveito pelo
leitor através da
reflexão na íntegra do
capítulo XXVIII –
Coletânea de Preces
Espíritas, de
expressivo indicativo à
felicidade humana. Fica
nossa indicação aos
leitores.