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O Espiritismo responde
Ano 8 - N° 388 - 9 de Novembro de 2014
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
BLOG
ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
Uma jovem senhora fez-nos de forma direta duas perguntas:

  • Por que é preciso perdoar?

  • Por que há pessoas que não perdoam?

Em primeiro lugar, é bom lembrar que Jesus falou-nos do perdão em inúmeras oportunidades e, quando forneceu à Humanidade um modelo de prece, nela fez constar a conhecida frase: “Pai, perdoa as nossas ofensas, como nós perdoamos aos nossos ofensores”.

Hoje, mais de dois mil anos depois, podemos recorrer à Ciência, e não apenas ao Evangelho, para dizer que perdoar faz bem.

Em Michigan (Estados Unidos), pesquisadores do Hope College chegaram à conclusão de que perdoar as ofensas é uma forma de manter a saúde e pode ser até mesmo crucial para a sobrevivência da espécie.

A pesquisa conduzida pela citada instituição comparou os batimentos cardíacos, a taxa de suor e outras reações de pessoas expostas ao sofrimento ou à raiva que conseguiram ou não perdoar.

Tabulados os dados, eis a conclusão que foi amplamente divulgada: perdoar faz bem ao corpo e não somente à alma, algo que Jesus, com toda a certeza, sabia.

A doutrina ensinada pelos Espíritos superiores inclui o perdão das ofensas, a indulgência para com as imperfeições alheias e a benevolência para com todos entre as virtudes que formam o conceito de caridade, tal como, segundo os instrutores espirituais, a entendia Jesus.

Perdoar faz bem porque, quando conseguimos desculpar o erro ou a provocação de alguém contra nós, exoneramos o mal de qualquer compromisso para conosco, ao mesmo tempo que nos desvencilhamos de todos os laços suscetíveis de apresar-nos a ele.

Mágoa retida é doença para o Espírito, a quem corrói as forças físicas e envenena a alma.

Em face disso, é necessário, para a própria paz, ante quaisquer ofensas, perdoar sempre. Não foi, pois, sem razão que Jesus disse a Pedro que não se deveria perdoar apenas sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.

No cap. 23 do seu livro Episódios Diários, obra psicografada por Divaldo Franco, Joanna de Ângelis nos ensina:

 “Só os homens de pequeno porte moral se desforçam, tombando em fosso mais profundo do que aquele em que se encontra o seu perseguidor.

Se desculpas o acusador, és melhor do que ele.

Se perdoas ao inimigo, te encontras em mais feliz situação do que a dele.

Se ajudas a quem te fere, seja por qual motivo for, lograste ser um homem de bem, um verdadeiro cristão.

Desforço, jamais!” 

No tocante à segunda pergunta (Por que há pessoas que não perdoam?), é difícil estabelecer qual é, no caso concreto, o verdadeiro motivo, que pode estar relacionado a dificuldades ocorridas no passado e ainda não superadas. Mas, em qualquer caso, semelhante atitude decorre dessa chaga moral chamada orgulho, pai do egoísmo e de todos os vícios que atravancam o progresso espiritual das pessoas e do mundo.


 


 
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