RICARDO BAESSO
DE OLIVEIRA
kargabrl@uol.com.br
Juiz de Fora,
MG
(Brasil)
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Doença mental ou
doença cerebral?
Uma visão
espírita
O entendimento
dos transtornos
“mentais” passa
pela compreensão
do mecanismo de
reparação dos
desatinos
pretéritos e
atuais, através
da lei de causa
e efeito.(1)
Ao retornar à
dimensão física,
a
Individualidade
reencarnante
traz, em seu
perispírito,
marcas cármicas
constituídas por
vibrações
desarmônicas,
relacionadas a
débitos e
culpas,
adquiridos em
vivências
anteriores.
Essas marcas
energéticas, em
virtude de sua
natureza
cármica, irão
plasmar, em seu
corpo físico,
regiões de
fragilidade.
Essas regiões
encontram-se
mais suscetíveis
ao
desenvolvimento
de enfermidades
que, em última
análise, estarão
relacionadas ao
carma a que está
vinculada a
Individualidade.
Obviamente, o
surgimento
dessas
enfermidades
depende também
da conduta atual
do Espírito
domiciliado no
plano físico.
Vejamos um
exemplo:
determinado
Espírito
comprometeu-se,
em existências
passadas, com o
abuso de bebidas
alcoólicas e
cometeu falhas
morais em
virtude desse
vício. Ele
poderá
reencarnar então
com marcas nas
áreas do
perispírito que
são responsáveis
pela vitalização
do aparelho
digestivo. Essas
marcas estarão
criando uma
predisposição ao
aparecimento de
enfermidades,
como a gastrite
crônica ou
disfunções
hepáticas.
Assim, o
Espírito
reencarna com
“pontos fracos”
em seu
perispírito, que
determinam os
órgãos que
estarão mais
predispostos a
adoecer. Se o
Espírito vai
enfermar, ou
não, isso
dependerá,
naturalmente, do
estilo de vida e
da conduta moral
que adotar
enquanto
encarnado.
Conceito
equivalente pode
ser aplicado à
gênese dos
transtornos
“mentais”, pois
o cérebro é um
órgão como outro
qualquer. Assim,
se no passado, o
Espírito
adquiriu débitos
em virtude do
mau uso de seus
atributos
intelecto-morais,
pode criar
marcas cármicas
em seu
perispírito na
região
correspondente
ao cérebro. Ao
reencarnar,
trará consigo
tendências a
desequilíbrios
químicos em seus
neurotransmissores
cerebrais. Se
esse
desequilíbrio
neuroquímico se
verificar, a
Individualidade
reencarnada
poderá vir a
padecer de
enfermidades
ditas “mentais”,
como a
depressão, o
transtorno
obsessivo-compulsivo,
as fobias, a
esquizofrenia
etc. Tais
doenças nada
mais são do que
doenças do
cérebro. Não
se tratam de
doenças da mente
ou do Espírito,
embora sua causa
seja espiritual.
Se o transtorno
dito “mental”
estivesse
radicado no
Espírito, não se
verificariam
respostas
favoráveis aos
psicofármacos
(medicamentos
que agem
reorganizando a
química do
cérebro).
Essa é a prova
de que tais
doenças estão,
de fato, no
cérebro, apesar
da ciência atual
ainda não ter
recursos para
perscrutar as
sutis alterações
que ocorrem na
intimidade das
células nervosas
e em seus
trilhões de
conexões.
Ao examinar as
origens da
loucura, em O
Livro dos
Espíritos,
item 375-a,
Kardec reproduz
o pensamento dos
Benfeitores
espirituais:
é sempre o
corpo, e não o
Espírito que
está
desorganizado.
Entretanto,
apesar das ditas
doenças
“mentais” serem,
em verdade,
doenças
cerebrais,
isso não
significa que
tudo se reduz ao
cérebro. Pelo
contrário, é o
Espírito - com
suas vibrações
desarmônicas -
que cria o
desequilíbrio no
cérebro, por
intermédio do
perispírito.
Desta maneira, o
Espírito não
seria a sede das
doenças ditas
mentais, mas
seria, sim, sua
causa.
Importante
ressaltar que,
também na gênese
das enfermidades
“mentais”, a
conduta moral do
Espírito
reencarnado,
suas escolhas e
atitudes, seu
papel perante o
outro e a vida
têm indiscutível
valor. Inserido,
muitas vezes, em
situações
conflituosas,
como
relacionamentos
desprazerosos,
carência
afetiva,
problemas
vocacionais,
doenças
incapacitantes,
situações
humilhantes ou
derrocada
econômica, o
Espírito que não
se habilita à
superação das
provas citadas
coloca-se em
situação
psíquica
desfavorável,
que pode
contribuir para
o desiderato
infeliz da
enfermidade
“mental”.
Outras vezes, a
situação cármica
é tão grave que
tais doenças já
se manifestam
independentemente
do concurso de
fatores
ambientais.
Apresentamos
abaixo um modelo
que sintetiza
nossas ideias:
Apresentamos
abaixo um modelo
que sintetiza
nossas ideias:
Espírito com
predisposições
mórbidas
específicas
Construção
psíquica de um
estado de ânimo
negativo
(revolta,
aflição, ódio,
medo, culpa,
insatisfação
etc.)
Desarmonização
da química
cerebral
(redução de
serotonina e
noradrenalina,
por ex. na
depressão;
aumento de
dopamina, por
ex. na
esquizofrenia.)
Manifestação da
doença “mental”
(depressão, mania, psicoses etc.)
Medicamentos e
outras medidas
terapêuticas
reorganizam a
química do
cérebro
Recuperação
plena ou parcial
do equilíbrio
cerebral
Condição
psíquica da
entidade
reencarnada
define seu
prognóstico
futuro
(1)
Colaborou neste
artigo Carlos
Alberto Mourão
Júnior que, tal
como Ricardo
Baesso de
Oliveira, é
médico radicado
na cidade de
Juiz de Fora
(MG).