FERNANDO
ROSEMBERG
PATROCÍNIO
f.rosemberg.p@gmail.com
Uberaba, MG
(Brasil)
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Dor.
Consciência. Evolução
Descarta-se, para mim, a
ideia de pensar que Eu
não existo, de que Eu
não Sou, e, de que,
portanto: nada Serei.
Constrange-me, e
rebaixa-me, muitíssimo,
a ideia de achar que o
cérebro comanda, pensa e
sabe, sobrepondo-se a
Mim, que, então: não
sei, não penso e não
comando, sendo, Eu
mesmo, figura secundária
e sombra daquele outro,
ou seja, do cérebro, e
do veículo somático como
um Todo, o Responsável
por tudo em mim, até do
Racional, do
Consciencial, do
Propósito Moral.
Mas Sei que não é assim!
O cérebro e o componente
somático como um Todo
são a representação
mínima do que Sou, como
Ser e como expressão
fenomênica do Existir,
pois se Penso: Logo
Existo, na perfeita
dedução filosófica
cartesiana, faltando
apenas acrescentar-lhe
que: Penso: Logo Existo,
na Forma Palingenésica
do Ser que se desperta,
Evoluindo imenso na
imensidade universal.
Um dos fatos mais
comprobatórios de nossa
Existência, como Ser e
como Individualidade
Imortal, está na Dor.
Óbvio que outros tantos
fatores constituintes e
representantes da
Individualidade Anímica,
são igualmente
relevantes, tais como: a
Consciência, os Valores
Éticos, a Cognição. Mas
quando me refiro à dor,
não me refiro à dor em
minúsculo: à dor física,
advinda do fenômeno
biológico e estritamente
material. Refiro-me à
Dor em maiúsculo, a algo
mais Substancial, Irreal
e Real, Abstrato, mas
Sensível, que só se
dirige a Mim, que
responde e corresponde,
pois, à minha Intimidade
Consciencial, que Sente,
que Sabe, e, da qual,
não temos como nos
ocultar, pois que está
em Mim, assim como
também Lhe estou, e
inclusive nesta
confabulação íntima,
que, entretanto, não
revela dois, pois que
sou apenas Um:
Indivisível e Pessoal.
E esta Dor, Eu a tenho
comigo desde longa data;
todos a têm! E, se ela
não corresponde ao
estritamente físico, ao
que fora traumatizado,
ferido ou machucado,
óbvio que se refere a
algo mais profundo e
mais íntimo de nós
mesmos: o Espiritual.
Ora, quem não a sentiu?
Não a viveu? Não a
experimentou? Quem com
ela não sorriu, não
choramingou, com ela se
disfarçou? Sim; porque
há muitos modos de se
senti-la, de se vivê-la,
experimentá-la: sorrindo
ou chorando, cantando ou
lamentando, bendizendo
ou excomungando!
Entretanto, e, com justa
razão, questiona-se:
Donde ela vem? Por que
se manifesta? É coisa da
Evolução? Ou culpa da
Consciência? Mas tudo
não é matéria? Não somos
amontoado de átomos?
Células aos trilhões...,
resultando no Eu,
Comandante desta Máquina
sem Alma, sem Ética e
sem Pudor?
São questões não
inerentes a mim,
porquanto já em mim,
solucionadas, quando,
introspectivamente,
colocando-me como
sujeito e objeto do
conhecimento: pude
rebuscar-me e
encontrar-me de forma
completa, divina e
verdadeira; de fato: EU
SOU! Quem sabe, pois,
não sejam estas questões
inerentes a você: que
descrê da Alma, do
Princípio Anímico, o
Princípio em tudo:
Principal, e tão
disseminado pelos
campos: Religiosos,
Psicológicos,
Filosóficos, como também
Científicos, pois que
hoje, ao cético que pede
provas, o Espírito é
também suscetível de ser
provado, medido,
experimentado.
E o fora! Não o
duvideis!
Salvo se sua descrença
for tão grande que,
misturando-se à alta
estima que faz de si
mesmo, o coloca a ponto
de ser capaz de tudo
recusar, para tão
somente satisfação ao
vosso EGO dar. Mas,
neste caso, não se trata
de sabedoria: mas tão
somente irreflexão de um
falso cogitar. Ora,
cuidado! Existem
infinitos meios de se
provar a existência de
Deus, da Alma, da sua
Alma que, estando tão
perto de você, e sendo
ela Você, mesmo assim d’Ela
debocha, duvida, quando
D’ela mesma se utiliza,
pensa, trabalha, sendo
Ela, assim, a razão do
vosso viver, do vosso
ontem, do vosso amanhã!
Tive um amigo descrente
no passado. Tive, já não
o tenho mais. E isto
porque o “velho amigo”
faleceu, renascendo um
“novo”, pronto para a
vida nova, a espiritual.
Dito amigo, confesso:
era um empresário
poderoso, materialista,
negador e fanfarrão.
Inteligente e muito
racional, recusava e
abusava de tudo: Deus,
Jesus, a Alma, a
Religião. Na sua
“sapiência”, tudo para
ele tinha de ser
provado, constatado, do
contrário era
ignorância, crença pouco
racional. Não sabia ele
que o Espírito, nas mãos
dos mais eminentes
sábios, já havia se
revelado.
Mas a situação se
invertera! Amigos o
traíram, portas se
fecharam, a fortuna se
esvaíra, pois tudo
quanto vem pode se
retirar, ir embora, se
da vida moral se
descuidara outrora. Mas
o “novo amigo” estava
brotando, desabrochando
para uma vida mais
ética, de bons costumes,
elevada moral. Seu
desespero fora tão
grande que um dia
confessou-me: “Amigo
Fernando, Deus me
puniu”. E muito surpreso
o questionei: “Mas Deus
existe?” No que
respondera humildemente:
“Sim! E Sua Mão descera
tão pesada sobre mim
que, reconhecido,
lacrimoso e genuflexo,
exclamei: O que quer de
mim?”.
Nascia aí o “novo
amigo”. Sua Consciência,
culpada, lhe cobrara com
juros, sem dó nem
piedade, pois o Espírito
não morre: é Imortal; e,
portanto, se pode
açoitá-lo, escorraçá-lo,
e Ele permanece:
Inextinguível e Perenal.
O que não quer dizer que
todos serão por tais
meios convencidos; ora,
Deus, sendo Infinito,
tem infinitas formas de
nos convencer, de nos
provar, experimentar. Eu
próprio, nunca tive
nada: sempre fui modesto
e pobre, e continuo como
tal. Mas nem por isso
Deus de mim se
descuidara; pelo
contrário, sempre me
Amara, e me Ama desde
sempre, e, para sempre,
mesmo Impondo a Dor que
vergasta Minh’alma, lhe
curando os males,
estigmas e
imperfeições...
E Deus vai Amando!
Testando e Curando; a
vós também...
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