Mecanismos da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
48)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Mecanismos da
Mediunidade, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Sabemos que dos
abismos expiatórios
voltam a reencarnar os
que se mostram
inclinados à recuperação
moral. Em que famílias
reencarnam?
Comumente são
transportados a novo
berço entre aqueles que
os induziram à queda,
quando não se veem
objeto de amorosa
ternura por parte de
corações que por eles
renunciam à imediata
felicidade nas Esferas
Superiores. Renascem,
porém, espiritualmente
jungidos às linhas
inferiores de que são
advindos,
assimilando-lhes
facilmente o influxo
aviltante. É dessa forma
que reaparecem na arena
física.
(Mecanismos da
Mediunidade, cap. XXIV,
pp. 159 e 160.)
B. Que devemos entender
por psicopatas amorais?
Segundo André Luiz,
muitos Espíritos, dentre
os citados na questão
anterior, ao
reaparecerem na arena
física, quando não se
mostrem retardados
mentais desde a
infância, são, via de
regra, perfeitamente
classificáveis entre os
psicopatas amorais,
segundo o conceito da
“moral insanity”,
vulgarizado pelos
ingleses, ou seja,
demonstram manifesta
perversidade, na qual se
revelam constantemente
brutalizados e
agressivos, petulantes e
pérfidos, indiferentes a
qualquer noção de
dignidade e de honra. Já
os Espíritos
relativamente corrigidos
nas escolas de
reabilitação da
Espiritualidade
desenvolvem-se, no
ambiente humano,
enquadráveis entre os
psicopatas astênicos e
abúlicos, fanáticos e
hipertímicos, ou
identificáveis como
representantes de várias
doenças e delírios
psíquicos, inclusive
aberrações sexuais
diversas.
(Obra citada, cap. XXIV,
pp. 159 e 160.)
C. A atividade religiosa
pode ser útil na
reabilitação desses
Espíritos?
Sim. A atividade
religiosa, digna e
venerável, em qualquer
setor da edificação
humana, exprime socorro
celeste aos desajustes
morais de quantos se
demoram na reencarnação,
buscando a restauração
precisa. Nesse sentido,
destaca-se a excelência
do amparo da Doutrina
Espírita, como sendo o
recurso mais sólido na
assistência às vítimas
do desequilíbrio
espiritual de qualquer
matiz, por
oferecer-lhes, no estudo
nobre e no serviço
santificante, o clima
indispensável de
transmutação e
harmonização, com que se
recuperem, no domínio
dos pensamentos mais
íntimos, para
assimilarem a influência
benéfica dos agentes
espirituais da
necessária renovação.
(Obra citada, cap. XXIV,
pág. 161.)
Texto para leitura
148. Reencarnação
de enfermos –
Dos abismos expiatórios,
volvem à reencarnação
quantos se mostram
inclinados à recuperação
dos valores morais em si
mesmos. Transportados a
novo berço, comumente
entre aqueles que os
induziram à queda,
quando não se veem
objeto de amorosa
ternura por parte de
corações que por eles
renunciam à imediata
felicidade nas Esferas
Superiores, são
resguardados no recesso
do lar. Renascem, porém,
espiritualmente jungidos
às linhas inferiores de
que são advindos,
assimilando-lhes
facilmente o influxo
aviltante. É dessa forma
que reaparecem na arena
física. Mas, via de
regra, quando não se
mostrem retardados
mentais, desde a
infância, são
perfeitamente
classificáveis entre os
psicopatas amorais,
segundo o conceito da
“moral insanity”,
vulgarizado pelos
ingleses, demonstrando
manifesta perversidade,
na qual se revelam
constantemente
brutalizados e
agressivos, petulantes e
pérfidos, indiferentes a
qualquer noção de
dignidade e de honra, e
continuamente dispostos
a mergulhar na
criminalidade e no
vício. Os Espíritos
relativamente corrigidos
nas escolas de
reabilitação da
Espiritualidade
desenvolvem-se, no
ambiente humano,
enquadráveis entre os
psicopatas astênicos e
abúlicos, fanáticos e
hipertímicos, ou
identificáveis como
representantes de várias
doenças e delírios
psíquicos, inclusive
aberrações sexuais
diversas. (Cap. XXIV,
pp. 159 e 160.)
149. Obsessão e
mediunidade –
Esses enfermos da alma,
tantas vezes submetidos,
sem resultado
satisfatório, à insulina
e à convulsoterapia,
poderão ser considerados
médiuns? Sem dúvida. São
médiuns doentes,
afinizados com os
fulcros de sentimento
desequilibrado de onde
ressurgiram para novo
aprendizado entre os
homens. Durante certo
tempo, são intérpretes
de forças degradadas, às
quais é preciso opor a
intervenção moral
necessária, do mesmo
modo que se prescreve
medicação aos enfermos.
Trazendo consigo as
sequelas ocultas da
internação na província
purgatorial, de que
volvem pela porta do
berço terrestre,
exteriorizam ondas
mentais viciadas que
lhes alentam as
disfunções dos
implementos físicos,
ondas essas pelas quais
recolhem os pensamentos
das entidades inferiores
a lhes constituírem a
cobertura da retaguarda.
Apesar disso, devem ser
acolhidos nos santuários
do Espiritismo por
medianeiros de planos
que é preciso
transformar e ajudar,
porquanto um Espírito
renovado para o Bem -
Lei do Criador para
todos - é peça
importante para o
reajustamento geral
dessa ou daquela
engrenagem conturbada na
máquina da vida.
(Cap. XXIV, pp. 160 e
161.)
150. Doutrina
Espírita – É
forçoso considerar que a
atividade religiosa,
digna e venerável, em
qualquer setor da
edificação humana,
exprime socorro celeste
aos desajustes morais de
quantos se demoram na
reencarnação, buscando a
restauração precisa.
Compreendendo-se que
elevada percentagem das
personalidades humanas
traz, no imo do próprio
ser, raízes e brechas de
comunhão com o pretérito
de sombra, através das
quais são suscetíveis de
sofrer os mais estranhos
processos de obsessão
oculta – a se
reavivarem, constantes,
nos diversos períodos
etários que correspondem
ao tempo de formação dos
débitos cármicos que
buscam equacionar no
corpo terrestre –, é
justo encarecer a
oportunidade e a
excelência do amparo da
Doutrina Espírita, como
sendo o recurso mais
sólido na assistência às
vítimas do desequilíbrio
espiritual de qualquer
matiz, por
oferecer-lhes, no estudo
nobre e no serviço
santificante, o clima
indispensável de
transmutação e
harmonização, com que se
recuperem, no domínio
dos pensamentos mais
íntimos, para
assimilarem a influência
benéfica dos agentes
espirituais da
necessária renovação.
(Cap. XXIV, pág. 161.)
Glossário
Abulia
– Alteração
patológica que se
caracteriza por
diminuição ou supressão
da vontade; disbulia.
Abúlico
– Que, ou aquele
que quase não tem
vontade.
Astenia
– Fraqueza orgânica;
debilidade, fraqueza.
[Opõe-se a estenia.]
Astênico
– Relativo à
astenia. Que sofre de
astenia.
Convulsoterapia
– S. f. Psiq. Terapia em
que, mediante o uso de
agentes diversos
(insulina, choque
elétrico, etc.), se
provocam convulsões, com
o objetivo de tratar
algumas psicopatias.
Hipertimia
– S. f. Psiq.
Emotividade excessiva.
Hipertímico
– Dotado de hipertimia.
Hipnose
– Psiq. Estado mental
semelhante ao sono,
provocado
artificialmente, e no
qual o indivíduo
continua capaz de
obedecer às sugestões
feitas pelo
hipnotizador. Fig.
Modorra, sonolência,
torpor.
Psicopata
– Adj. 2 g. Que sofre de
doença mental ou tem
personalidade
psicopática (q. v.).
Psicopatia
– designação comum às
doenças mentais.