Pedagogia
otimista:
competência e
prudência
Se a felicidade
da humanidade
tiver de
incorporar, no
seu conceito,
situações
materiais, como
o bem-estar
geral, este, por
sua vez,
entendido como a
satisfação das
carências que
constituem
exigências de
uma vida moderna
de conforto, a
todos os níveis,
então é
necessária uma
preparação para
o trabalho, para
a poupança, para
o investimento
permanente na
formação, com
vista a melhorar
o nível e a
qualidade de
vida.
Todos têm de ser
competentes, nos
diversos papéis
que desempenham:
sociais,
familiares,
profissionais,
culturais,
religiosos, ou
seja, qualquer
intervenção e/ou
atividade tem de
ser exercida com
o máximo das
competências
pessoais,
designadamente,
ao nível de:
conhecimentos,
informação/preparação
técnico-operacional,
intelectual,
emocional,
espiritual,
física,
competências de
vida, ao nível
das
experiências,
justamente,
porque «(…) a
valorização da
competência
constitui uma
importante
mudança de
paradigma, com
relação a
conceitos e
valores, que
terá grande
influência nos
destinos das
organizações,
nas carreiras
das pessoas e em
evoluções na
sociedade. (…).
A competência
será mais
prestigiada do
que a erudição.
A competência
será o atributo
mais importante
das pessoas.»
(RESENDE,
2000:7)
O caminho para a
pacificação da
humanidade deve
ser percorrido
com competência,
seja nas
relações
interpessoais,
na celebração
dos acordos a
que se chegar,
na implementação
das medidas
consensualizadas
e na avaliação
dos resultados
dos projetos de
pacificação.
Os
intervenientes
devem estar de
espírito aberto,
acionar os
mecanismos de
empatia sincera,
serem
competentes na
realização das
tarefas, por
mais simples e,
aparentemente,
menos
importantes que
possam parecer,
e
manifestarem-se
verdadeira e
moderadamente
otimistas.
Trata-se de,
competentemente,
desenvolverem
uma pedagogia
otimista. Todo o
cidadão será,
simultaneamente:
aluno e
professor;
aprendiz e
artista;
formando e
formador; logo,
comportar-se-á
em função e
coerência com o
papel que, em
cada momento,
desempenha,
tendo sempre
presente que:
«A linha mestra
de
desenvolvimento
da pedagogia do
futuro é a
consideração
criadora do
estado
psicológico dos
alunos – e não
só de um grupo
em geral…» (CHATALOV,
1988:162).
Uma pedagogia
mista –
cognitiva,
otimista, não
cognitiva –,
assente na Fé,
onde a teoria, a
prática e o
otimismo sejam
os principais
eixos, que
contribuam para
uma formação
sólida dos
alunos, dos
formandos,
entendidos nos
dois sentidos:
ora aprendendo;
ora ensinando;
auxiliará na
busca de
soluções para
uma humanidade
menos
conflituosa.
O século XXI não
pode
caracterizar-se
pela violência,
pelo desrespeito
pelos mais
elementares
direitos
humanos, pela
impunidade de
uns e
perseguição de
outros. Este
novo século deve
passar à
história da
humanidade pelos
valores mais
humanos,
altruístas e de
ordem religiosa,
porque, quer se
queira, ou não,
o homem não é só
um animal
político, o
homem é, também,
um indivíduo
religioso,
criado à imagem
e semelhança de
Deus, o que,
dentro de uma
certa coerência,
ele é um ser
potencialmente
religioso.
O processo de
pacificação do
mundo terá êxito
a partir do
momento em que o
homem convidar
Deus para
moderar os
conflitos. É
preciso
acreditar que
Deus existe, que
Ele é fonte de
vida e de
salvação, que
Ele deu ao homem
o que tem de
mais importante,
porque «Deus
é espírito e,
por isso, Ele
nos deu um
espírito. Deus é
eterno e Ele nos
deu um Espírito
imortal. Deus é
sabedoria
infinita e
perfeita, e Ele
dotou-nos de
inteligência,
poder de decisão
e escolha;
concedeu-nos o
livre-arbítrio;
além disso,
deu-nos um corpo
e, a este corpo,
o poder de
procriar»
(CASTRO,
1997:17).
A complexidade
humana comporta
em si aspectos
que,
praticamente,
continuam
cientificamente
desconhecidos.
As milenares
interrogações
que a Filosofia
vem colocando ao
longo dos
últimos vinte e
cinco séculos
continuam sem
respostas
científicas,
objetivas,
verificáveis. Os
demais domínios
do conhecimento
também não
apresentam
soluções
credíveis para
resolver os
problemas que
resultam daquela
complexidade e,
em “desespero
de causa”, o
homem volta-se
para o
sobrenatural,
envergonhado, e,
preconceituosamente,
evita proferir o
nome de Deus.
Mas não haverá
muitos caminhos
mais para
desanuviar as
tensões que a
complexidade
humana vem
gerando ao longo
do tempo, e o
preconceito
contra Deus não
faz sentido, bem
pelo contrário,
assumir Deus
como garantia do
equilíbrio, da
concórdia e da
imortalidade do
próprio homem
pelo seu
espírito será a
atitude sensata,
coerente e
prudente.
Na qualidade de
cidadão, cada
pessoa é
responsável,
parcial ou
totalmente, do
que vai
acontecendo no
seu círculo de
influência, na
medida em que
tem o dever de
colaborar, por
palavras e atos,
na construção
desse círculo,
de tal forma que
todos os que
nele se
encontram se
sintam bem.
Com esta
estratégia,
pode-se partir
do círculo mais
restrito, que se
circunscreve ao
próprio
indivíduo, e
depois se
interpenetra com
o da família,
este com a
vizinhança, a
comunidade, a
localidade, o
país e o mundo,
formando-se
assim um imenso
conjunto de
círculos, em que
uns se vão
interpenetrando
com outros,
estes com outros
tantos e assim
sucessivamente.
Esta simples
teoria dos “círculos
interpetrantes”
tem a vantagem
de facilitar a
transferência de
princípios,
normas, valores,
sentimentos,
emoções,
culturas e boas
práticas, de uns
para outros,
podendo,
inclusivamente,
haver valores
que acabam por
estar em todos
os círculos,
como: paz,
justiça,
felicidade e
Deus.
Se cada
indivíduo
construir,
coerentemente, o
seu próprio
círculo, ou a
sua auréola de
bem-estar, de
princípios,
valores,
sentimentos e
boas práticas,
certamente que
os círculos que
com ele se
interpenetram
vão se
beneficiar
destas
características.
A sabedoria e a
prudência,
alicerçadas na
Fé em Deus,
seguramente são
a chave para
muitos
conflitos, os
quais podem ser
resolvidos com
aquelas virtudes
– sabedoria e
prudência –,
mantendo a Fé
inabalável em
Deus e na Sua
misericórdia,
generosidade e
compreensão.
O cultivo das
virtudes é,
afinal, o
caminho certo
para a
pacificação do
mundo, conforme
o raciocínio
atual, na medida
em que «A
virtude é uma
cadeia de todas
as perfeições, o
centro de toda a
felicidade.
Torna-o
prudente,
discreto,
perspicaz,
sensível,
sensato,
corajoso,
cauteloso,
honesto, feliz,
louvável,
verdadeiro, (…)
um herói
universal. Três
esses nos tornam
bem-aventurados:
sábio, sadio e
santo. A virtude
é o sol do
Mundo, seu
hemisfério é uma
boa consciência.
É tão
encantadora que
ganha a graça de
Deus e dos
homens. (…)
Capacidade e
grandeza se
medem pela
virtude, não
pela sorte. Só a
virtude basta a
si mesma.
Faz-nos amar os
vivos e lembrar
os mortos» (GRACIÁN,
2006:139).
É certo que as
virtudes não são
um produto da
ciência, nem da
técnica, mas
fruto de
qualidades
superiores que o
homem vai
aperfeiçoando, e
que se podem
invocar na
família, na
escola, no
trabalho, na
sociedade,
transmitindo-as,
praticando-as,
exibindo-as com
humildade e
orgulho.
Nenhuma pessoa,
verdadeiramente
humana, deverá
ter vergonha,
preconceito ou
receio de se
considerar
virtuosa, no
sentido do
exercício de
boas práticas ao
serviço da
humanidade,
porque se todos
estão à espera
que a ciência e
a técnica
resolvam todos
os problemas,
então o mundo
continuará
conflituoso e
esta situação de
permanente
instabilidade
não é própria de
seres
superiores,
criados à imagem
e semelhança de
Deus.
Justamente, e
também por esta
circunstância,
provavelmente
única, entre
todos os seres
conhecidos, de o
homem ser um
representante de
Deus neste mundo
é que as
responsabilidades
que recaem sobre
a humanidade são
imensas.
Bibliografia:
CASTRO, Maisa.
(1997).
Necessário vos é
nascer de novo.
10ª Edição.
Campinas/SP:
Raboni Editora,
Ltda.
RESENDE, Enio.
(2000). O
Livro das
Competências.
Desenvolvimento
das
Competências: A
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Organizações e
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