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Estudando a série André Luiz

Ano 8 - N° 392 - 7 de Dezembro de 2014

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Mecanismos da Mediunidade

André Luiz

(Parte 49)

Damos prosseguimento ao estudo sequencial do livro Mecanismos da Mediunidade, obra de autoria de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1960 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Em que época a Humanidade conheceu a mediunidade?

Misturada à magia vulgar, a mediunidade é de todos os tempos no mundo. Confundida entre os totens e manitus, nas raças primitivas, alteia-se gradativamente e surge, suntuosa e complexa, nos templos iniciáticos dos povos antigos, ou rebaixada e desordenada, entre os magos da praça pública. Seria ocioso enumerar sucessos e profecias, constantes dos livros sagrados das religiões, nas épocas antigas, mas a cada passo, nas recordações de todas elas, encontramos referências a manifestações de anjos e demônios, evocações e mensagens de seres desencarnados, visões e sonhos, encantamentos e exorcismos. (Mecanismos da Mediunidade, cap. XXV, pág. 162.)

B. Que é que sustenta o pensamento reto, equilibrado, moralizado?

É a conduta reta que sustenta o reto pensamento. E de posse do reto pensamento, a oração, qualquer que seja o nosso grau de cultura intelectual, é o mais elevado toque de indução para que nos coloquemos, desde logo, em regime de comunhão com as Esferas Superiores. (Obra citada, cap. XXV, pp. 163 e 164.)

C. Que efeito imediato produz a prece naquele que ora?

A mente centralizada na oração pode ser comparada a uma flor estelar, aberta ante o Infinito, absorvendo-lhe o orvalho nutriente de vida e luz. Aliada à higiene do espírito, a prece representa o comutador das correntes mentais, arrojando-as à sublimação. De essência divina, a prece será sempre o reflexo positivamente sublime do Espírito, em qualquer posição, por obrigá-lo a despedir de si mesmo os elementos mais puros de que possa dispor. No reconhecimento ou na petição, ei-la exteriorizando a consciência que a formula, em efusões indescritíveis, sobre as quais as ondulações do Céu corrigem o magnetismo torturado da criatura, insulada no sofrimento educativo da Terra, recompondo-lhe as faculdades profundas. (Obra citada, cap. XXV, pp. 163 e 164.)

Texto para leitura

151. Mediunidade e religião – Misturada à magia vulgar, a mediunidade é de todos os tempos no mundo. Confundida entre os totens e manitus, nas raças primitivas, alteia-se gradativamente e surge, suntuosa e complexa, nos templos iniciáticos dos povos antigos, ou rebaixada e desordenada, entre os magos da praça pública. Seria ocioso enumerar sucessos e profecias, constantes dos livros sagrados das religiões, nas épocas antigas. A cada passo, nas recordações de todas elas, encontramos referências a manifestações de anjos e demônios, evocações e mensagens de seres desencarnados, visões e sonhos, encantamentos e exorcismos. (Cap. XXV, pág. 162.)

152. Reflexo condicionado e mediunidade – Em toda a parte, desde os amuletos das tribos mais ignorantes até os cânticos sublimados dos santuários religiosos modernos, vemos o reflexo condicionado, facilitando a exteriorização de recursos da mente, para o intercâmbio com o plano espiritual. Talismãs, altares, vestes, paramentos, símbolos, imagens, vasos e perfumes não passam de petrechos destinados a incentivar a produção de ondas mentais, nesse ou naquele sentido, atraindo forças do mesmo tipo que as arremessadas pelo operador dessa ou daquela cerimônia mágica ou religiosa e pelas assembleias que os acompanham, visando a certos fins. Como os semelhantes se atraem, o bruxo que se vale da mandrágora para endereçar vibrações deprimentes a certa pessoa, procura induzi-la à emissão de energias do mesmo naipe, com que, à base do terror, assimila correntes mentais inferiores, prejudicando a si mesma; o sacerdote de classe elevada, toda vez que aproveita os elementos de sua fé para consolar um espírito desesperado, está impelindo-o à produção de raios mentais enobrecidos, com os quais forma o clima adequado à recepção do auxílio da Esfera Superior; o médico que encoraja o paciente, usando autoridade e doçura, inclina-o a gerar, em favor de si mesmo, oscilações mentais restaurativas, pelas quais se relaciona com os poderes curativos estuantes nos escaninhos da Natureza; o professor, estimulando o discípulo a dominar o aprendizado dessa ou daquela expressão, impulsiona-o a condicionar os elementos do próprio espírito, ajustando-lhe a onda mental para incorporar a carga de conhecimento de que necessita. (Cap. XXV, pp. 162 e 163.)

153. Grandeza da oração – Observa-se em todos os momentos da alma, seja no repouso ou na atividade, o reflexo condicionado – ou ação independente da vontade que se segue, de imediato, a uma excitação externa – na base das operações da mente, objetivando esse ou aquele gênero de serviço. Resulta daí o impositivo da vigilância sobre a nossa própria orientação, de vez que somente a conduta reta sustenta o reto pensamento e, de posse do reto pensamento, a oração, qualquer que seja o nosso grau de cultura intelectual, é o mais elevado toque de indução para que nos coloquemos, desde logo, em regime de comunhão com as Esferas Superiores. De essência divina, a prece será sempre o reflexo positivamente sublime do Espírito, em qualquer posição, por obrigá-lo a despedir de si mesmo os elementos mais puros de que possa dispor. No reconhecimento ou na petição, na diligência ou no êxtase, na alegria ou na dor, na tranquilidade ou na aflição, ei-la exteriorizando a consciência que a formula, em efusões indescritíveis, sobre as quais as ondulações do Céu corrigem o magnetismo torturado da criatura, insulada no sofrimento educativo da Terra, recompondo-lhe as faculdades profundas. A mente centralizada na oração pode ser comparada a uma flor estelar, aberta ante o Infinito, absorvendo-lhe o orvalho nutriente de vida e luz. Aliada à higiene do espírito, a prece representa o comutador das correntes mentais, arrojando-as à sublimação. (Cap. XXV, pp. 163 e 164.)

Glossário

Hipnose – Psiq. Estado mental semelhante ao sono, provocado artificialmente, e no qual o indivíduo continua capaz de obedecer às sugestões feitas pelo hipnotizador. Fig. Modorra, sonolência, torpor.

Mandrágora Gênero de plantas da família das solanáceas, muito usadas em feitiçaria na Antiguidade e na Idade Média.

Manitu Designação que os índios algonquinos (EUA) dão a uma força mágica não personificada, mas inerente a todas as coisas, pessoas, fenômenos naturais e atividades. Gênio tutelar, ou demônio, entre os índios americanos. O mesmo que manitó ou manitô.

Totem – Animal, vegetal ou qualquer objeto considerado como ancestral ou símbolo de uma coletividade, sendo por isso protetor dela e objeto de tabus e deveres particulares. Representação desse animal, vegetal ou objeto. O mesmo que tóteme. (Plural: totens.)




 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita