ELSA ROSSI
elsarossikardec@gmail.com
Londres (Reino
Unido)
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Ensaios
para o
desprendimento
Não pude
conter a
vontade
de
dividir
com os
meus
amores
mais
próximos
a
experiência
vivenciada
na noite
de 6 de
agosto
deste
ano. Com
o
transcorrer
dos
anos,
dado o
estudo
praticamente
diário
da
Doutrina
Espírita,
passamos
a
conhecer
melhor
os
fenômenos
que se
passam
com
nosso
espírito
nesta
encarnação.
Diferenciamos
o sonho
terrestre
do sonho
espiritual,
se assim
podemos
rotular
a
diferença.
Um
entardecer
quente
na velha
Albion.
Saímos
para
jantar,
Janet
Duncan e
eu, para
marcarmos
a data
de seu
aniversário
de 86
anos de
idade.
Dirigindo
muito
bem
pelas
ruas de
Londres,
fui até
sua casa
de trem,
de
Liverpool
Street
Station
até a
Estação
Central
de
Walthamstow,
bairro
de sua
residência,
em
apenas
15
minutos.
Uma
beleza a
malha de
trens no
Reino
Unido.
Por
várias
vezes
mencionei
isso em
diversas
crônicas
registradas
em nosso
Jornal O
Imortal.
Janet
tem um
restaurante
preferido,
que é
onde nos
reunimos
para o
jantar
de
Natal,
quando
os
nossos
amigos
Andréa e
Marcos
Amorim,
do
movimento
espírita
de
Luxemburgo,
vêm a
Londres
para
essa
finalidade,
já por
dois
anos
consecutivos.
Nesse
dia
quente
de
agosto,
rumamos
para o
Toby
Carvery,
uma rede
preferida
de Janet,
afinal
ela era
a
aniversariante.
Passamos
pelo
Epping
Forest,
uma
região
muito
linda no
norte de
Londres,
pegamos
uma
parte da
Carriageway,
Norte
Circular,
e
chegamos
ao Toby.
Uma
noite
agradável,
para os
padrões
londrinos;
comer lá
é
superbarato.
Conversamos
muito,
nos
lembrando
dos mais
de 23
anos de
amizade
nesta
encarnação.
Após o
jantar,
Janet
levou-me
para
minha
casa e
retornou
à sua.
Sempre
peço que
me dê um
telefonema
assim
que
chegar a
casa,
para eu
ficar
tranquila.
Assim se
deu.
Aquela
noite,
antes de
cair nos
braços
de
Morfeu,
rememorei
os
momentos
felizes
com
Janet,
de
quanto
tenho
aprendido
com ela,
das
tarefas
semanais
que
fazemos
juntas
em prol
do
trabalho
espírita,
dos
livros
que
organizamos
para
publicação
em
inglês...
enfim,
adormeci.
Em dado
momento,
num
sonho
muito
vívido,
me vi
num
carro,
sentada
no banco
do
passageiro,
e uma
mulher
dirigindo
o carro.
Não
identifiquei
Janet,
só me
lembro
que
teríamos
de
atravessar
uma
Motorway
que
sabemos
ser de
alta
velocidade,
onde não
há
sinaleiros
ou
semáforos.
Sentindo
segurança,
a
motorista
avançou
e, num
segundo,
só me
recordo
de
sentir-me
flutuando
no ar,
muito
leve e
uma
felicidade
imensa
vibrava
todo o
meu ser.
Lembro
que
pensei
comigo
mesma:
Eu
morri!
Que paz
maravilhosa,
que
momento
único!
Que
sensação
deliciosa,
maravilhosa,
constante!
Morrer é
isso.
“Meu
Deus,
que
sensação
maravilhosa!”,
era o
que eu
repetia.
Acordei
no meio
da
noite,
mas não
despertei
de todo.
Lembrando-me
do
momento,
da
sensação
de
felicidade
plena,
da
alegria
interior,
sem
sentir
nada que
não
fosse
paz,
imensa
paz,
queria
contar
aos meus
filhos
aquele
sonho.
Lembrei-me
de Janet
e iria
contar a
ela no
dia
seguinte.
Orei em
agradecimento
aos
Benfeitores
pela luz
imensa e
paz
daquele
sonho,
apenas
um
sonho,
mas
também
um
ensaio
para
MORRER.
Se algum
dia
senti
medo de
morrer,
com esse
sonho,
esse
medo
diluiu-se
por
completo.
Tenho
ainda
mais
cuidado
com meus
pensamentos
e atos,
e todas
as
noites,
antes de
deixar-me
levar
nos
braços
de
Morfeu,
lembro
que
dormir é
um
ensaio
para
deixar o
corpo
físico,
e me
alegro
em poder
rapidamente
examinar
a minha
consciência
e
refazer
meu dia,
num
átimo de
segundo,
agradecer
a Deus,
abençoar
a todos
que
passaram
por mim
nesse
dia, e
coloco
meus
earphones,
uma
palestra
espírita
no
YouTube,
e lá vou
eu…
feliz,
muito
feliz.
Assim,
dividi
aqui com
todos os
meus
irmãos e
amigos
de todas
as
terras,
daqui e
de
além-mar,
essa
experiência
onírica,
que tem
muito de
verdade,
faltando-nos
ainda as
ferramentas
especiais
para a
decodificação.
Uma
coisa é
certa.
Nascemos
para
morrer,
e
morremos
para
viver.
Meu
abraço
fraternal
a todos.
ELSA
ROSSI,
escritora
e
palestrante
espírita
brasileira
radicada
em
Londres,
é membro
da
Comissão
Executiva
do
Conselho
Espírita
Internacional
(CEI).