Mecanismos da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
50)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Mecanismos da
Mediunidade, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Mentalmente expostos
a inúmeras influências
psíquicas, que fazer
para podermos governar
os próprios impulsos?
É imperioso, para isso,
que nos eduquemos,
aperfeiçoando-nos moral
e intelectualmente, para
que se nos aprimorem as
projeções. Da mesma
forma que, em assuntos
de saúde, consultamos os
médicos, é natural que
nos valhamos da prece
para angariar a
inspiração de que
precisamos, a fim de nos
afinizarmos com as
diretrizes superiores.
No circuito de forças
estabelecido com a
oração, a alma não
apenas se predispõe a
regenerar o equilíbrio
das células físicas
viciadas ou exaustas,
assimilando os raios da
Vida Mais Alta a que se
dirige, mas também
reflete as sugestões
iluminativas das
Inteligências
desencarnadas de
condição mais nobre, com
as quais se coloca em
relação.
(Mecanismos da
Mediunidade, cap. XXV,
pp. 164 a 166.)
B. Acima de tudo, o que
devemos pedir na prece?
Como sabemos, orar
constitui a fórmula
básica da renovação
íntima, pela qual divino
entendimento desce do
Coração da Vida para a
vida do coração.
Semelhante atitude da
alma, porém, não deve,
em tempo algum,
resumir-se a
simplesmente pedir algo
ao Suprimento Divino,
mas pedir, acima de
tudo, a compreensão
quanto ao plano da
Sabedoria Infinita,
traçado para o seu
próprio aperfeiçoamento,
de maneira a aproveitar
o ensejo de trabalho e
serviço no bem de todos,
que vem a ser o bem de
si mesma.
(Obra citada, cap. XXV,
pág. 166.)
C. A oração é requisito
indispensável também no
exercício da
mediunidade?
Sim. Para se converter
no instrumento da obra
iluminativa do mundo, a
mediunidade, na ordem
superior da vida, esteve
sempre associada à
oração. Entre os
egípcios e os hindus,
chineses e persas,
gregos e cipriotas,
gauleses e romanos, a
prece – expressando
invocação ou louvor,
adoração ou meditação –
era o agente refletor do
Plano Celeste sobre a
alma do homem. Orando,
Moisés recolheu, no
Sinai, os mandamentos
que alicerçam a justiça
de todos os tempos, e,
igualmente em prece,
seja nas margens do
Genesaré ou em pleno
Tabor, respirando o
silêncio de Getsêmani ou
nos braços da cruz, o
Cristo revela na oração
o reflexo condicionado
de natureza divina,
suscetível de facultar a
sintonia entre a
criatura e o Criador.
(Obra citada, cap. XXV,
pp. 166 e 167.)
Texto para leitura
154. Equilíbrio e
prece – Dispomos
de múltiplos meios de
preservação do corpo
físico. Além dos
serviços da pele e da
mucosa intestinal que o
defendem das
intromissões indébitas
de elementos físicos e
químicos, o homem
consegue mobilizar todo
um sistema de
quimioterapia
bacteriana. É hoje
possível coibir, com
relativa segurança, a
febre tifoide, a
disenteria, a
tuberculose, as
infecções pulmonares e
urinárias etc.; mas não
se dá o mesmo quando nos
reportamos à atmosfera
psicológica em que toda
criatura submerge na
vida social do planeta.
Mentalmente exposto a
todas as influências
psíquicas, é imperioso
que o homem se eduque
para governar os
próprios impulsos,
aperfeiçoando-se moral e
intelectualmente, para
que se lhe aprimorem as
projeções. Da mesma
forma que, em assuntos
de saúde, ele consulta
os médicos, é natural
que se valha da prece
para angariar a
inspiração de que
precisa, a fim de
afinizar-se com as
diretrizes superiores.
No circuito de forças
estabelecido com a
oração, a alma não
apenas se predispõe a
regenerar o equilíbrio
das células físicas
viciadas ou exaustas,
assimilando os raios da
Vida Mais Alta a que se
dirige, mas também
reflete as sugestões
iluminativas das
Inteligências
desencarnadas de
condição mais nobre, com
as quais se coloca em
relação. (Cap. XXV,
pp. 164 a 166.)
155. Prece e
renovação – Na
floresta mental em que
avança, o homem com
frequência se vê
defrontado por vibrações
subalternas que o
golpeiam de rijo,
compelindo-o à fadiga e
à irritação, sejam elas
provenientes de ondas
enfermiças, partidas dos
desencarnados em posição
de angústia e que lhe
partilham o clima
psíquico, ou de
oscilações desorientadas
dos próprios
companheiros terrestres
desequilibrados a lhe
respirarem o ambiente.
Contudo, tão logo se
envolva nas vibrações
balsâmicas da prece,
ergue-se-lhe o
pensamento aos planos
sublimados, de onde
recolhe as ideias
transformadoras dos
Espíritos benevolentes e
amigos, convertidos em
vanguardeiros de seus
passos, na evolução.
Orar constitui a fórmula
básica da renovação
íntima, pela qual divino
entendimento desce do
Coração da Vida para a
vida do coração.
Semelhante atitude da
alma, porém, não deve,
em tempo algum,
resumir-se a
simplesmente pedir algo
ao Suprimento Divino,
mas pedir, acima de
tudo, a compreensão
quanto ao plano da
Sabedoria Infinita,
traçado para o seu
próprio aperfeiçoamento,
de maneira a aproveitar
o ensejo de trabalho e
serviço no bem de todos,
que vem a ser o bem de
si mesma. (Cap. XXV,
pág. 166.)
156. Mediunidade e
prece – A
mediunidade, na ordem
superior da vida, esteve
sempre associada à
oração, para
converter-se no
instrumento da obra
iluminativa do mundo.
Entre os egípcios e os
hindus, chineses e
persas, gregos e
cipriotas, gauleses e
romanos, a prece –
expressando invocação ou
louvor, adoração ou
meditação – era o agente
refletor do Plano
Celeste sobre a alma do
homem. Orando, Moisés
recolheu, no Sinai, os
mandamentos que
alicerçam a justiça de
todos os tempos, e,
igualmente em prece,
seja nas margens do
Genesaré ou em pleno
Tabor, respirando o
silêncio de Getsêmani ou
nos braços da cruz, o
Cristo revela na oração
o reflexo condicionado
de natureza divina,
suscetível de facultar a
sintonia entre a
criatura e o Criador.
(Cap. XXV, pp. 166 e
167.)
Glossário
Getsêmani
–
É o nome com que era
conhecido
o jardim situado no sopé
do Monte das Oliveiras,
em Jerusalém, onde se
acredita que Jesus e
seus discípulos
tenham orado na noite
anterior à crucificação
do Mestre.