Prece:
um ato indispensável
A oração ou prece, como
é chamada por alguns, é
um ato religioso que
visa ativar a ligação,
uma conversa, um pedido
ou agradecimento diante
de um Ser Supremo. De
acordo com os diferentes
credos religiosos, a
oração pode ser
individual ou
comunitária, podendo
utilizar-se de palavras
ou músicas.
Ela pode ser dividida em
orações de súplica,
agradecimento ou até
mesmo de louvor.
Alguns criam ritos
especiais para cada tipo
de oração, exigindo o
cumprimento de uma
sequência de ações ou
colocando uma restrição
naquilo que é permitido
rezar; enquanto outros
ensinam que a oração
pode ser praticada por
qualquer pessoa,
espontaneamente, a
qualquer momento.
Jesus, em sua passagem
terrena, dizia que
quando orarmos não nos
coloquemos em evidência,
mas oremos em secreto.
Não é preciso orar
demasiado, porque não
será pelas muitas
palavras que seremos
atendidos, mas sim pela
sinceridade delas. Antes
de orarmos, se tivermos
qualquer coisa contra
alguém, perdoemos,
porque a prece não pode
ser agradável a Deus se
não partir de um coração
purificado de todo
sentimento contrário à
caridade.
Há pessoas que, em pleno
século XXI, questionam a
eficiência da prece.
Estudos comprovam que a
prece produz
consequências favoráveis
ao sistema imunológico,
libertando-nos da
melancolia e da doença.
Em um artigo publicado
pelo espírita Jorge
Hessen, ele lembra que a
prece é recomendada por
todos os Espíritos.
Renunciar a ela é
ignorar a bondade de
Deus; é rejeitar para si
mesmo a sua assistência
e para outros o bem que
se poderia fazer. Alexis
Carrel, ganhador do
Prêmio Nobel de Medicina
por seus trabalhos em
sutura de vasos
sanguíneos e autor do
livro “O Homem, Esse
Desconhecido”, sob a luz
da inspiração,
certificou que “quando
oramos, ligamo-nos nós
mesmos à inexaurível
força motriz que aciona
o Universo”.
De acordo com O
Evangelho segundo o
Espiritismo, a
energia da corrente
presente na prece está
na razão direta da
energia do pensamento e
da vontade. É assim que
a prece é ouvida pelos
Espíritos, onde quer que
eles se encontrem, e é
assim que os Espíritos
se comunicam entre si,
que nos transmitem as
suas inspirações e que
as relações se
estabelecem a distância
entre os próprios
encarnados.
Por isso, as várias
maneiras utilizadas para
a oração se fazem apenas
de auxílio, porque o que
realmente importa é a
intenção que emana do
coração através das
palavras ou pensamentos.
Monod (Espírito amigo)
nos alerta que o
primeiro dever de toda
criatura humana, o
primeiro ato que deve
assinalar o seu retorno
à atividade diária, é a
prece. Ele diz ainda que
devemos orar
incessantemente, sem
para isso procurarmos
nosso oratório ou
cairmos de
joelhos nas praças
públicas. A prece diária
é o próprio cumprimento
dos nossos deveres, de
qualquer natureza que
sejam. Embora
as preces que fazemos
não possam nos livrar
dos problemas e
desapontamentos da vida,
elas são oásis
reconfortantes para
nossa alma enferma.
A prece tem o
maravilhoso dom de
despertar forças para
continuarmos seguindo
firmes diante das provas
a que fomos submetidos.
O homem vicioso e mau
não pode orar com o
fervor e a confiança que
só o sentimento da
verdadeira piedade pode
dar. Do coração do
egoísta, daquele que só
ora com os lábios, não
poderiam sair mais do
que palavras, e nunca os
impulsos da caridade,
que dão à prece toda a
sua força.
Santo Agostinho afirma
que a prece é o orvalho
divino, que suaviza o
excessivo calor das
paixões. Filha predileta
da fé, leva-nos ao
caminho que conduz a
Deus. É um ato de
caridade, um impulso do
coração que, quando
dirigido a algum ser, na
Terra ou no espaço, de
encarnado para
desencarnado, ou
vice-versa, uma corrente
fluídica se estabelece
de um a outro,
transmitindo o
pensamento, como o ar
transmite o som.
Pela prece o homem atrai
o concurso dos bons
Espíritos, que o vêm
sustentar nas suas boas
resoluções e
inspirar-lhe bons
pensamentos, pois estes
estarão sintonizados a
um ser divino, ao amor e
a um desejo genuíno de
auxílio ao próximo.
Permitirá dessa forma
que nos tornemos mais
fortes contra as
tentações do mal e que
tenhamos a companhia dos
bons Espíritos enviados
por Deus. É um socorro
jamais recusado, quando
o pedimos com
sinceridade.