VLADIMIR POLÍZIO
polizio@terra.com.br
Jundiaí, SP
(Brasil)
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A reunião
mediúnica e
sua
importância
De fato, os
chamados
trabalhos,
reuniões ou
sessões
mediúnicas,
quando médiuns,
trabalhadores de
sustentação e o
dirigente
responsável pela
disciplina,
recepção e
diálogo, se
voltam para
auxiliar os que
estão do outro
lado da vida, se
revestem de uma
importância
muitíssimo
especial.
Especial porque
grande parte dos
que deixam o
ambiente terreno
através da morte
sente muita
necessidade do
envolvimento
fluídico a que
estavam
habituados.
Aliás, não só
dessa questão do
fluido se
ressentem nossos
irmãos, mas
também, e
principalmente,
as relacionadas
ao campo das
sensações, haja
vista a presença
do frio e da
fome, quando
estes se
apresentam às
reuniões.
Naturalmente que
falamos daqueles
que se acham
ainda presos,
vinculados mesmo
a tudo ou a
quase tudo o que
existe por aqui.
Numa interrupção
abrupta, como
acontece em
muitos casos,
onde a vida
orgânica cessa
inesperadamente,
somos levados a
compreender que
o Espírito, ao
ser surpreendido
pela morte do
corpo, gastará
algum tempo em
qualquer
ambiente no
espaço para
compreender o
que lhe
aconteceu, em
seus pormenores,
cujo resultado
não acontece de
um instante para
outro.
Numa condição
como essa, o
Espírito, se
estava embalado
e a todo vapor
em determinado
projeto ou
atividade,
vendo-se de
repente tolhido
de tudo o que
tinha à sua
disposição,
entra em
processo de
desespero, o que
também é
natural. É nesse
momento que os
responsáveis por
seu
acompanhamento
ministram-lhe
passes
magnéticos para
que relaxe e
entre em estado
de dormência,
acordando
minutos ou dias
depois, tempo
esse que
propiciará maior
fortalecimento
ao recém-chegado
no outro lado da
vida. Ao final,
quando recobrar
suas condições
normais de
equilíbrio, cujo
tempo para isso
depende de cada
um, será
devidamente
orientado sobre
tudo o que se
passou. É por
essa razão que
existem esses
lugares
intermediários
em incontáveis
pontos do
espaço, para
abrigo em regime
de refazimento e
retomada das
forças físicas e
psíquicas para
prosseguir na
jornada, uma vez
que a morte é
apenas um hiato,
um pequeno
intervalo físico
na trajetória do
espírito.
Ora, afinal de
contas são cerca
de ¾ dos que
deixam a Terra e
que permanecem
em torno da
própria crosta,
justamente por
sentirem a
necessidade do
pesado fluido
magnético que
envolve o
planeta e que,
pela sua
ausência em
outros
ambientes, são
eles para cá
conduzidos com a
finalidade de se
deliciarem, na
medida em que se
aproximam do
meio em que
viveram.
Com isso, os
próprios
Espíritos
atendidos pelo
dirigente
através dos
médiuns que
atuam como
aparelhos
receptores
contam que
nessas sessões o
número de
sofredores e
necessitados de
toda sorte
perambula por
ali, de um lado
a outro,
aguardando pelo
atendimento que
acontece, seja
pela medicação
de que ainda
julgam
necessitar e a
recebem, seja
pela palavra
reconfortante
que ouvem por
ocasião desse
abençoado
contato
fraternal, ou
seja, ainda,
pelas preleções
ou palavras
referentes ao
Evangelho que
alcançam os
ouvidos dos que
não querem se
aproximar num
primeiro
momento,
acalmando-se à
distância que
julgam prudente
para si.
Alguns aguardam,
pacientes,
enquanto que
outros
vociferam,
gritam ou choram
enquanto
esperam.
Lembramos uma
outra situação
que é
referenciada
pela
espiritualidade.
Os Benfeitores
dizem que muitos
irmãos que se
acham nesses
outros planos,
vez por outra
vêm se
fortalecer em
nossas terras,
ou melhor, em
nossas matas e
orlas, onde se
reabastecem, por
assim dizer, com
os fluidos
revitalizantes
de um e de outro
lugar. Disso nós
também não temos
dúvida, pois
sempre se soube
que tanto as
matas quanto as
cachoeiras ou o
mar são locais
carregadíssimos
de energia
fluídica,
portanto
revigorantes ao
espírito e à
matéria.
Eis um caso: “O
oceano é
miraculoso
reservatório de
forças; até
aqui, muitos
companheiros de
nosso plano
trazem os irmãos
doentes, ainda
ligados ao corpo
na Terra, de
modo a receberem
refazimento e
repouso.
Enfermeiros e
amigos
desencarnados
desvelam-se na
reconstituição
das energias de
seus tutelados.
Qual acontece na
montanha
arborizada, a
atmosfera
marinha
permanece
impregnada por
infinitos
recursos de
vitalidade da
Natureza. O
oxigênio sem
mácula, casado
às emanações do
planeta,
converte-se em
precioso
alimento de
nossa
organização
espiritual,
principalmente
quando ainda nos
achamos direta
ou indiretamente
associados aos
fluidos da
matéria mais
densa".(1)
Como acabamos de
ver, esse
processo é uma
realidade em
nosso meio, não
é ficção. São
irmãos que se
recolhem com a
morte, mas que
precisam voltar
ainda, enquanto
houver resíduos
de nossa matéria
em sua nova
organização
física.
(1)
Entre a Terra e
o Céu, de André
Luiz, por Chico
Xavier.