Mecanismos da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
51)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Mecanismos da
Mediunidade, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Antes do advento de
Jesus, uma pequena
congregação de médiuns
se preparara para
recepcioná-lo. Quem
fazia parte desse
agrupamento?
Segundo André Luiz,
formavam esse pequeno
grupo Zacarias e Isabel,
pais de João Batista;
Maria, a jovem simples
de Nazaré, que acolheria
o Embaixador Celeste nos
braços maternais; José
da Galileia, o varão que
o tomaria sob paternal
tutela; Simeão, o amigo
abnegado que o aguardou
em prece, durante longo
tempo, e Ana, a viúva
que o esperou em oração,
no templo, por vários
lustros. Nesse grupo de
médiuns admiráveis, não
apenas pelas percepções
avançadas que os
situavam em contacto com
os Emissários Celestes,
mas também pela conduta
irrepreensível,
surpreendemos o circuito
de forças a que se
ajustou a onda mental do
Cristo, para daí
expandir-se na renovação
do mundo.
(Mecanismos da
Mediunidade, cap. XXVI,
pp. 169 e 170.)
B. Fenômenos que o
Espiritismo classifica
como de efeitos físicos
foram frequentes na vida
de Jesus. Qual, dentre
eles, foi o primeiro
registrado nos textos
evangélicos?
Foi o episódio ocorrido
na cidade de Caná da
Galileia, quando o
Mestre, estando presente
sua mãe, transformou a
água em vinho.
(Obra citada, cap. XXVI,
pp. 170 a 172.)
C. Dos fenômenos de
efeitos físicos
produzidos por Jesus,
quais foram os mais
marcantes?
A multiplicação de pães
e peixes, o fenômeno de
levitação, quando o
Mestre caminhou sobre ás
águas, e a
materialização ou
ectoplasmia dos dois
varões desencarnados
(Moisés e Elias) que
foram visitá-lo momentos
antes de sua
crucificação – esses
foram, sem dúvida, os
mais marcantes.
(Obra citada, cap. XXVI,
pp. 170 a 172.)
Texto para leitura
157. Divina
mediunidade – A
mediunidade em Jesus
assume todas as
características de
exaltação divina. Desde
a chegada do Excelso
Benfeitor ao planeta,
observa-se-lhe o
pensamento sublime
penetrando o pensamento
da Humanidade. Dir-se-ia
que no estábulo
reúnem-se pedras e
arbustos, animais e
criaturas humanas,
representando os
diversos reinos da
evolução terrestre, para
receber-lhe o primeiro
toque mental de
aprimoramento e beleza.
Casam-se os hinos
singelos dos pastores
aos cânticos de amor nas
vozes dos mensageiros
espirituais, saudando
Aquele que vinha
libertar as nações, não
na forma social que
sempre lhes será
vestimenta às
necessidades de ordem
coletiva, mas no ádito
das almas, em função da
vida eterna. Antes dele,
grandes comandantes da
ideia haviam pisado o
chão do mundo,
influenciando multidões.
Guerreiros, políticos,
filósofos e profetas
alinhavam-se na memória
popular, recordados como
disciplinadores e
heróis, mas todos
desfilaram com exércitos
e fórmulas, enunciados e
avisos, em que se
misturam retidão e
parcialidade, sombra e
luz. Jesus chega sem
qualquer prestígio de
autoridade humana, mas
imprime, com sua
magnitude moral, novos
rumos à vida, por
dirigir-se, acima de
tudo, ao espírito, em
todos os climas da
Terra. Transmitindo as
ondas mentais das
Esferas superiores de
que procede, transita
entre as criaturas,
despertando-lhes as
energias para a Vida
Maior, como que a
tanger-lhes as fibras
recônditas, de maneira a
harmonizá-las com a
sinfonia universal do
Bem Eterno.
(Mecanismos da
Mediunidade, cap. XXVI,
pp. 168 e 169.)
158. Médiuns
preparadores –
Para recepcionar o
influxo mental de Jesus,
o Evangelho nos dá
notícias de uma pequena
congregação de médiuns,
à feição de
transformadores
elétricos conjugados,
para acolher-lhe a força
e armazená-la, de
princípio, antes que se
lhe pudessem canalizar
os recursos. Longe de
anotarmos aí a presença
de qualquer instrumento
psíquico menos seguro do
ponto de vista moral,
encontramos importante
núcleo de medianeiros,
desassombrados na
confiança e corretos na
diretriz. Sabemos,
assim, nos apontamentos
da Boa Nova, que
Zacarias e Isabel, pais
de João Batista, o
precursor de Jesus, eram
ambos justos perante
Deus, que Maria, a jovem
simples de Nazaré, que
acolheria o Embaixador
Celeste nos braços
maternais, se achava em
posição de louvor diante
do Pai, que José da
Galileia, o varão que o
tomaria sob paternal
tutela, era justo, que
Simeão, o amigo abnegado
que o aguardou em prece,
durante longo tempo, era
justo e obediente a
Deus, e que Ana, a viúva
que o esperou em oração,
no templo, por vários
lustros, vivia servindo
a Deus. Nesse grupo de
médiuns admiráveis, não
apenas pelas percepções
avançadas que os
situavam em contacto com
os Emissários Celestes,
mas também pela conduta
irrepreensível,
surpreendemos o circuito
de forças a que se
ajustou a onda mental do
Cristo, para daí
expandir-se na renovação
do mundo. (Obra
citada, cap. XXVI, pp.
169 e 170.)
159. Efeitos
físicos
–
Cedo começa para o
Mestre Divino, erguido à
posição de Médium de
Deus, o apostolado
excelso em que lhe
caberia carrear as
noções da vida
imperecível para a
existência na Terra. Aos
12 anos, assenta-se
entre os doutores de
Israel, ouvindo-os e
interrogando-os, a
provocar admiração pelos
conceitos que expendia e
a entremostrar a sua
condição de
intermediário entre
culturas diferentes.
Iniciando a tarefa
pública, encontramo-lo
na cidade de Caná da
Galileia, oferecendo
notável demonstração de
efeitos físicos, na
transformação da água em
vinho. Mas o fato não
permanece circunscrito
ao âmbito doméstico,
porquanto, evidenciando
a extensão dos seus
poderes, associados ao
concurso dos mensageiros
espirituais que, de
ordinário, lhe obedeciam
às ordens e sugestões,
nós o encontramos, mais
tarde, a multiplicar
pães e peixes, para
saciar a fome da turba
inquieta que lhe ouvia
os ensinamentos, e a
tranquilizar a Natureza
em desvario, quando os
discípulos assustados
lhe pedem socorro diante
da tormenta. Ainda no
campo dos fenômenos
físicos, identificamo-lo
em plena levitação,
caminhando sobre as
águas, e em prodigiosa
ocorrência de
materialização ou
ectoplasmia, quando se
põe a conversar com dois
varões desencarnados
que, positivamente,
apareceram glorificados,
a lhe falarem de
acontecimentos próximos.
Em Jerusalém, no templo,
desaparece de chofre,
desmaterializando-se
ante a expectação geral,
e na mesma cidade,
perante o povo,
produz-se a voz direta,
em que bênçãos divinas
lhe assinalam a rota. Em
cada acontecimento,
sentimo-lo a governar a
matéria, dissociando-lhe
os agentes e
reintegrando-os à
vontade, com a
colaboração dos
servidores espirituais
que lhe assessoram o
ministério de luz.
(Obra citada, cap. XXVI,
pp. 170 a 172.)