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Estudando a série André Luiz

Ano 8 - N° 394 - 21 de Dezembro de 2014

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Mecanismos da Mediunidade

André Luiz

(Parte 51)

Damos prosseguimento ao estudo sequencial do livro Mecanismos da Mediunidade, obra de autoria de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1960 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Antes do advento de Jesus, uma pequena congregação de médiuns se preparara para recepcioná-lo. Quem fazia parte desse agrupamento?

Segundo André Luiz, formavam esse pequeno grupo Zacarias e Isabel, pais de João Batista; Maria, a jovem simples de Nazaré, que acolheria o Embaixador Celeste nos braços maternais; José da Galileia, o varão que o tomaria sob paternal tutela; Simeão, o amigo abnegado que o aguardou em prece, durante longo tempo, e Ana, a viúva que o esperou em oração, no templo, por vários lustros. Nesse grupo de médiuns admiráveis, não apenas pelas percepções avançadas que os situavam em contacto com os Emissários Celestes, mas também pela conduta irrepreensível, surpreendemos o circuito de forças a que se ajustou a onda mental do Cristo, para daí expandir-se na renovação do mundo. (Mecanismos da Mediunidade, cap. XXVI, pp. 169 e 170.)

B. Fenômenos que o Espiritismo classifica como de efeitos físicos foram frequentes na vida de Jesus. Qual, dentre eles, foi o primeiro registrado nos textos evangélicos?

Foi o episódio ocorrido na cidade de Caná da Galileia, quando o Mestre, estando presente sua mãe, transformou a água em vinho. (Obra citada, cap. XXVI, pp. 170 a 172.)

C. Dos fenômenos de efeitos físicos produzidos por Jesus, quais foram os mais marcantes?

A multiplicação de pães e peixes, o fenômeno de levitação, quando o Mestre caminhou sobre ás águas, e a materialização ou ectoplasmia dos dois varões desencarnados (Moisés e Elias) que foram visitá-lo momentos antes de sua crucificação – esses foram, sem dúvida, os mais marcantes. (Obra citada, cap. XXVI, pp. 170 a 172.)

Texto para leitura

157. Divina mediunidade – A mediunidade em Jesus assume todas as características de exaltação divina. Desde a chegada do Excelso Benfeitor ao planeta, observa-se-lhe o pensamento sublime penetrando o pensamento da Humanidade. Dir-se-ia que no estábulo reúnem-se pedras e arbustos, animais e criaturas humanas, representando os diversos reinos da evolução terrestre, para receber-lhe o primeiro toque mental de aprimoramento e beleza. Casam-se os hinos singelos dos pastores aos cânticos de amor nas vozes dos mensageiros espirituais, saudando Aquele que vinha libertar as nações, não na forma social que sempre lhes será vestimenta às necessidades de ordem coletiva, mas no ádito das almas, em função da vida eterna. Antes dele, grandes comandantes da ideia haviam pisado o chão do mundo, influenciando multidões. Guerreiros, políticos, filósofos e profetas alinhavam-se na memória popular, recordados como disciplinadores e heróis, mas todos desfilaram com exércitos e fórmulas, enunciados e avisos, em que se misturam retidão e parcialidade, sombra e luz. Jesus chega sem qualquer prestígio de autoridade humana, mas imprime, com sua magnitude moral, novos rumos à vida, por dirigir-se, acima de tudo, ao espírito, em todos os climas da Terra. Transmitindo as ondas mentais das Esferas superiores de que procede, transita entre as criaturas, despertando-lhes as energias para a Vida Maior, como que a tanger-lhes as fibras recônditas, de maneira a harmonizá-las com a sinfonia universal do Bem Eterno. (Mecanismos da Mediunidade, cap. XXVI, pp. 168 e 169.)

158. Médiuns preparadores – Para recepcionar o influxo mental de Jesus, o Evangelho nos dá notícias de uma pequena congregação de médiuns, à feição de transformadores elétricos conjugados, para acolher-lhe a força e armazená-la, de princípio, antes que se lhe pudessem canalizar os recursos. Longe de anotarmos aí a presença de qualquer instrumento psíquico menos seguro do ponto de vista moral, encontramos importante núcleo de medianeiros, desassombrados na confiança e corretos na diretriz. Sabemos, assim, nos apontamentos da Boa Nova, que Zacarias e Isabel, pais de João Batista, o precursor de Jesus, eram ambos justos perante Deus, que Maria, a jovem simples de Nazaré, que acolheria o Embaixador Celeste nos braços maternais, se achava em posição de louvor diante do Pai, que José da Galileia, o varão que o tomaria sob paternal tutela, era justo, que Simeão, o amigo abnegado que o aguardou em prece, durante longo tempo, era justo e obediente a Deus, e que Ana, a viúva que o esperou em oração, no templo, por vários lustros, vivia servindo a Deus. Nesse grupo de médiuns admiráveis, não apenas pelas percepções avançadas que os situavam em contacto com os Emissários Celestes, mas também pela conduta irrepreensível, surpreendemos o circuito de forças a que se ajustou a onda mental do Cristo, para daí expandir-se na renovação do mundo. (Obra citada, cap. XXVI, pp. 169 e 170.)

159. Efeitos físicos – Cedo começa para o Mestre Divino, erguido à posição de Médium de Deus, o apostolado excelso em que lhe caberia carrear as noções da vida imperecível para a existência na Terra. Aos 12 anos, assenta-se entre os doutores de Israel, ouvindo-os e interrogando-os, a provocar admiração pelos conceitos que expendia e a entremostrar a sua condição de intermediário entre culturas diferentes. Iniciando a tarefa pública, encontramo-lo na cidade de Caná da Galileia, oferecendo notável demonstração de efeitos físicos, na transformação da água em vinho. Mas o fato não permanece circunscrito ao âmbito doméstico, porquanto, evidenciando a extensão dos seus poderes, associados ao concurso dos mensageiros espirituais que, de ordinário, lhe obedeciam às ordens e sugestões, nós o encontramos, mais tarde, a multiplicar pães e peixes, para saciar a fome da turba inquieta que lhe ouvia os ensinamentos, e a tranquilizar a Natureza em desvario, quando os discípulos assustados lhe pedem socorro diante da tormenta. Ainda no campo dos fenômenos físicos, identificamo-lo em plena levitação, caminhando sobre as águas, e em prodigiosa ocorrência de materialização ou ectoplasmia, quando se põe a conversar com dois varões desencarnados que, positivamente, apareceram glorificados, a lhe falarem de acontecimentos próximos. Em Jerusalém, no templo, desaparece de chofre, desmaterializando-se ante a expectação geral, e na mesma cidade, perante o povo, produz-se a voz direta, em que bênçãos divinas lhe assinalam a rota. Em cada acontecimento, sentimo-lo a governar a matéria, dissociando-lhe os agentes e reintegrando-os à vontade, com a colaboração dos servidores espirituais que lhe assessoram o ministério de luz. (Obra citada, cap. XXVI, pp. 170 a 172.) 




 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita