VLADIMIR POLÍZIO
polizio@terra.com.br
Jundiaí, SP
(Brasil)
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É final de ano,
outra vez
O tempo, em
certas épocas da
vida, quando
damos nota
máxima a alguma
situação ou
assunto de
interesse, nos
dá a impressão
de demorar-se a
passar no
estágio em que
se encontra;
parece não
chegar nunca o
dia que
queremos; o
tempo estaciona.
Em outros
momentos, quando
não há nada no
futuro que
mereça
importância,
talvez por
indiferença nas
coisas do
amanhã, pelo
equilíbrio ou
pela
estabilidade
presentes,
percebemos esses
mesmos ponteiros
rodando com
rapidez
incrível. Não se
detém; não param
por nada. Quando
nos damos conta,
lá se foi o dia,
a semana...
Idêntica postura
do tempo, em
relação aos
assuntos que não
nos agradam.
Tentamos segurar
o tempo, mas o
tempo é
implacável e
passa.
Com justa razão,
o homem dividiu
o dia e a noite
em tempo, para
que este fosse
medido, contado,
controlado e
melhor
aproveitado,
para tudo. Como
o Sol, que nasce
todos os dias
para justos e
injustos, as
horas também
passam,
indiferentes, na
mesma velocidade
e em todos os
tempos do tempo.
Na Terra temos
os dias, meses e
anos, que
estabelecem um
programa de
atividades, de
compromissos e
de
responsabilidades,
de interesses
tanto no campo
particular de
cada um, como no
geral, abraçando
a amplitude da
vida. Os que
trabalham, o
fazem por um
período de
tempo, quando
então recebem de
acordo com o que
foi
convencionado ou
tratado. Outros,
após certo lapso
desse tempo,
igualmente
combinado,
afastam-se para
usufruir de
merecido repouso
chamado de
férias, tudo
isso controlado
por certo
período de
tempo.
O próprio
Evangelho dá
conta de
passagens
interessantes
relacionadas com
o tempo. Por
exemplo, quando
faz referência
aos
trabalhadores
contratados para
a prestação de
serviço em certa
lavoura onde se
trabalhava no
cultivo da uva.
Fala sobre a
tarefa e o
pagamento no
final do dia,
fazendo
referência ao
bom e ao mau
aproveitamento
do tempo, em
cujas horas o
rendimento dos
trabalhadores
foi variado,
muito diferente
um do outro, com
clara
demonstração de
que nem todos
souberam extrair
daquele mesmo
momento o máximo
possível de
produtividade,
na boa aplicação
do empenho
físico e mental
nas horas que
foram
disponibilizadas
para o trabalho.
É dessa lição
que tiramos um
importantíssimo
tema para a vida
de todos nós: O
trabalhador da
última hora,
um dos mais
belos
ensinamentos do
Evangelho.
O trabalhador da
última hora é
exatamente
aquele que
aproveitou ao
máximo o tempo
que teve
disponível para
a execução de
seu trabalho, de
sua obra, de
seus acertos, do
seu tempo de
permanência na
Terra.
Pela contagem
terrena, o ano
se finda e os
marcadores
mudam, dando
conta de outro
tempo, de outro
período, de nova
estação que está
se iniciando ou
prestes a
iniciar-se.
Que não seja
apenas mera
filosofia.
Lembram os
Benfeitores que “Se
você tem algo de
bom a realizar,
não se atrase
nisso. Hoje é o
tempo de fazer o
melhor”, e
finalizam o
pensamento
complementando: “O
tempo não exige
que você dispare
nas reformas. No
entanto, pede
que não pare nos
caminhos”.
Muita paz e um
Ano Novo com
muitas
realizações.