WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Salvador, BA (Brasil)
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Ao fazer o bem,
não espere
facilidades
Fui assistir ao
filme de Irmã
Dulce e saí da
sala emocionado.
Que vida linda
foi a dela!
Mesmo fazendo o
bem, encontrou
adversários,
opositores,
aproveitadores e
passou por
humilhações
variadas, porém
ainda assim
prosseguiu em
sua missão.
Muitos de nós
consideramos que
o fato de fazer
o bem facilitará
as coisas.
Alguns pensam:
Meu Deus, ajudo
tanta gente, mas
recebo provas
pesadas.
É assim mesmo
que funciona,
não adianta nos
iludirmos.
Estamos em um
planeta de
provas e
expiações,
sujeitos a
situações e
testes dos mais
variados
matizes. As
provas não vêm
apenas para nós,
mas para todos
que estão
encarnados em
planetas na
categoria de
provas e
expiações.
No entanto,
importante
lembrar que
realizando o bem
estaremos
atraindo a nós a
presença dos
bons Espíritos
que nos
auxiliarão a
vencer nossas
provações.
Ademais, fazer o
bem, cumprir as
obrigações, ser
honesto,
correto,
íntegro, enfim,
praticar o
evangelho
traz-nos o que
há de mais
precioso neste
mundo: a paz de
consciência.
Paz de
consciência que
reflete na
serenidade do
Espírito que
sabe de suas
limitações,
todavia, também
reconhece seus
esforços por
superar a si
mesmo, e por
isso está em paz
com sua própria
consciência.
Penso que o
segredo é nos
desapegarmos da
ideia de que
fazendo o bem
receberemos de
volta o bem. Se
fazemos o bem
pensando no que
receberemos de
volta, fica um
pouco
complicado, uma
espécie de moeda
de troca com o
universo, mais
ou menos do tipo
assim: Faço o
bem hoje porque
quero receber o
bem amanhã.
Contudo, nossa
visão ainda
limitada e
imediatista não
sabe realmente o
que é o bem para
nós. Não raro a
situação
complicada de
hoje é o degrau
para a
felicidade do
amanhã. Eis,
então que,
quando o que
queremos não
acontece, vêm a
decepção e a
frase: Poxa!
faço o bem,
cumpro com
minhas
obrigações, mas
só recebo
pedrada da vida.
Recordo-me de um
grande amigo que
trabalhava
comigo. Homem
correto e
cumpridor de
seus deveres.
Criatura reta,
trabalhadora e
servidora de
Jesus. Uma
época, ele
estava
decepcionado com
a vida.
Sentia-se
injustiçado e
não foram poucas
as vezes que
chorou em nossos
diálogos.
Afirmava: Poxa!
rapaz, parece
que não consigo
comprar meu
carro. Quero
tanto, mas o
financiamento
nunca é aprovado
pelo Banco.
Estranho que meu
nome é
limpíssimo e
minha renda
corresponde. Por
que está
empacado, me
diz?
Eu dizia: Calma,
meu caro, quem
sabe o futuro
reserva algo
melhor para
você.
Ele, ao ouvir,
respondia: Que
nada! A vida se
esqueceu de mim!
Eis, porém, que
após uns 4 meses
ele recebeu
aumento
salarial, em
realidade uma
polpuda comissão
pela venda de um
imóvel e pôde
comprar o carro
à vista, sem
necessitar de
qualquer tipo de
financiamento.
Eu o parabenizei
e disse: Olha
só, a espera
valeu a pena,
meu amigo. Viu
como a vida não
se esqueceu de
você?
O problema é que
as coisas têm o
seu próprio
tempo, mas nós,
apressados,
queremos
antecipar tudo.
Calma!
Nada de esperar
“moleza” porque
faz trabalho
voluntário,
ajuda os mais
necessitados e
coisas do
gênero.
Não
encontraremos
facilidades em
nada. E isso é
bom, porque são
as dificuldades
que nos fazem
exercitar as
potencialidades
do espírito.
Mesmo que nossos
ideais sejam
nobres, devemos
esquecer
facilidades.
Se tenho um
objetivo, que eu
o faça
acontecer.
Ocioso esperar
do Céu, se
nossas mãos
estão inertes.
A propósito, se
algum dia
encontrarmos
numa dessas
esquinas do
universo Kardec,
Gandhi, Irmã
Dulce ou Madre
Tereza,
perguntemos a
eles se
encontraram
facilidades em
suas
trajetórias.
Provavelmente a
história narre a
saga desses
personagens de
forma menos
dramática do que
realmente foi.
Mas eles
prosseguiram.
E nós, vamos
seguir adiante
ou parar?