O texto que apresentamos a
seguir foi escrito por
Weimar Muniz de Oliveira e
registrado no livro de sua
autoria “Chico Xavier,
Casos Inéditos” (Editora
Federação Espírita do Estado
de Goiás), e tem como título
Terapia do Trabalho. Vejamos
o texto:
Contou-nos Terezinha Pousa
Paiva, nossa já conhecida
narradora, que, certo dia,
quando estava no Grupo
Espírita da Prece, em
Uberaba, chegou uma mulher
bem vestida e elegante,
denotando tratar-se de
pessoa bem situada
socialmente. Contudo, seu
olhar pervagava, às vezes,
perdido, demonstrando certa
alienação mental. Essa
mulher, aproximando-se do
Chico, pediu-lhe uma
orientação. E, ele,
atendendo-a, relatou a
seguinte história:
Havia uma mulher, que tinha
vários perseguidores, que a
molestavam constantemente,
nunca a deixando em paz.
Aconteceu que essa mulher,
por orientação de alguém,
passou ao trabalho, de manhã
e à tarde, durante todos os
dias da semana, inclusive
nos feriados, fins de semana
e dias santos,
confeccionando roupas para
os desvalidos.
De vez em quando, seus
perseguidores compareciam ao
local de seu trabalho, a fim
de verificarem se ela ainda
continuava trabalhando, ou
se já o havia abandonado, na
intenção de retomar a
possessão. Mas
encontravam-na sempre nas
tarefas, com a mente toda
ocupada no serviço.
E o tempo corria. De quando
em quando, um dos
perseguidores convidava os
outros:
- Como é pessoal, vamos ver
como está a fulana?
E quando lá chegavam,
encontravam-na sempre no
trabalho.
E assim fizeram por várias
vezes.
Escoaram-se dez anos. Seus
obsessores, ao se
aproximarem, mais uma vez,
constataram que ela
permanecia fiel ao trabalho
e ao compromisso assumido,
com a mente absorvida no
capricho da agulha e das
ideias renovadas.
Um deles, adiantando-se,
falou:
- Esta não tem jeito!
Desistamos! Deixemo-la,
rapazes! Vamos embora!
E lá se foram e nunca mais
voltaram...
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