CLÁUDIO BUENO DA SILVA
Klardec1857@yahoo.com.br
Osasco, SP
(Brasil)
|
|
Revoltosos e insubmissos
Há pessoas que sabem
mais e as que sabem
menos. Há as mais
maduras e as
incipientes. Isso é
natural num mundo
imperfeito como o nosso.
Cabe às primeiras,
portanto, dar às
segundas o exemplo do
que aprenderam na sua
esfera de atuação,
sempre visando a bons
resultados.
Nos dois campos de
vivência, a humildade é
fundamental. De um lado
orientar, esclarecer,
ensinar mesmo, sem
arrogância nem espírito
de dominação pelo saber.
Do outro, acatar,
atender, sem complexo de
inferioridade,
respeitando as
hierarquias necessárias.
Isso não impede,
absolutamente, que todos
aprendam com todos.
Do ponto de vista moral,
saber mais que o outro
não pode significar que
se tenha esse outro sob
seu controle. Sabe-se
mais porque se viveu
mais, se aproveitou mais
e melhor as experiências
que a vida propôs ou as
oportunidades que
apareceram.
Muitos, porém, não se
submetem a um poder
superior, moral e/ou
intelectual, por não
compreenderem a
legitimidade de quem
conquistou a posição de
liderança. Revoltados,
insubmissos, acham
injusto e humilhante
ter-se que obedecer a
outrem.
Esquecem-se (ou
ignoram), porém, que a
ascendência de um ser
humano sobre o outro
(falo da ascendência
legítima, que é toda
moral) foi conquistada
pelo estudo, trabalho,
sacrifício, respeito,
boa vontade e progressos
vários através do tempo.
Para que se entenda
melhor o que digo,
vejamos algumas
características que
costumam identificar o
caráter do revoltado e
insubmisso: não estuda,
não trabalha, está
sempre na dependência de
terceiros, sempre na
defensiva, não pensa em
abandonar os hábitos
viciosos, reclama da
sorte, gasta
pessimamente o tempo,
culpa a todos, menos a
si mesmo, não suporta
ouvir falar de Deus. Com
poucas variações, é esse
o perfil que os
desabona.
Nem sempre só as
palavras resolvem na
modificação dos quadros
mentais do preguiçoso e
revoltado. Num dado
momento ele terá que
acordar. É por isso que
a dor comparece como a
maior das forças de
persuasão para
despertá-lo.
Para não ouvir, basta
tapar os ouvidos. Mas
não dá para fugir da dor
que, pela lei de causa e
efeito, faz o indivíduo
reviver as lições não
aprendidas e passar por
experiências
desagradáveis,
importantes para o seu
avanço como Espírito. E
como a justiça de Deus
se aplica sempre através
do amor educativo,
qualquer revolta contra
o sofrimento espelha
rebeldia contra Deus, o
que é inútil. Na
verdade, o revoltado
deveria mostrar desde
agora insatisfação
consigo mesmo, o que já
poderia sinalizar uma
eventual reabilitação no
futuro.