Em carta publicada nesta
edição, Noé Ferreira Lopes
pede que lhe indiquemos
obras que tratam dos fluidos
e sua aplicação por meio dos
chamados passes magnéticos.
Entendemos, porém, que antes
de tudo é bom recordar o que
Allan Kardec, o codificador
da doutrina espírita,
escreveu sobre o assunto,
como o leitor pode conferir
à vista de algumas de suas
obras citadas no final.
Segundo Kardec, "cada ser
tem seu fluido próprio que o
envolve, como a atmosfera
envolve cada planeta". A
atmosfera fluídica do ser
humano é plasmada por seus
atos, pensamentos e
sentimentos.
Os fluidos são formas
energéticas da substância
elementar que o organismo
perispiritual absorve do
meio ambiente, transforma
segundo o padrão vibratório
em que se encontra e irradia
em derredor de si.
Neutros em si mesmos,
adquirem as qualidades do
meio em que são elaborados,
do mesmo modo que a água se
modifica conforme o leito
onde caminhe.
Assim, do ponto de vista
moral, os fluidos trazem a
impressão dos sentimentos de
ódio, inveja, ciúme,
orgulho, egoísmo, violência,
bondade, benevolência,
doçura etc.
Do ponto de vista físico, os
fluidos são excitantes,
calmantes, penetrantes,
adstringentes, irritantes,
dulcificantes, soporíferos,
narcóticos, tóxicos,
reparadores etc.
Os fluidos são mais
harmônicos, agradáveis,
luminosos e saudáveis,
quanto mais elevados sejam
os pensamentos e os
sentimentos da pessoa que os
emite. O fluido bom possui
vibração elevada e pura que
reconforta, estimula e cura
as perturbações físicas e
morais.
Os fluidos pesados, mórbidos
e desagradáveis, irradiados
por Espíritos inferiores,
maléficos ou enfermos,
causam distúrbios e doenças.
Há fluidos tão pesados,
animalizados e impuros, que
possuem mau cheiro. Os
Espíritos obsessores
condensam-nos até torná-los
viscosos e fortemente
aderentes, e com eles
envolvem as regiões ou
órgãos da pessoa que desejam
atingir e até mesmo a aura
de sua vítima, isolando-a
completamente do meio
exterior.
O passe magnético dissolve
esse visco e permite a
penetração de fluidos finos
e luminosos que restabelecem
as funções orgânicas.
Sendo, conforme conceituação
dada por Emmanuel, uma
"transfusão de energias
fisiopsíquicas, operação de
boa vontade, dentro da qual
o companheiro do bem cede de
si mesmo" em favor de
outrem, o passe magnético
pode revestir três formas:
a) inteiramente humano
(magnetismo humano);
b) inteiramente espiritual
(magnetismo espiritual);
c) humano-espiritual
(magnetismo misto), em que,
combinado com o fluido
humano, o fluido espiritual
lhe imprime qualidades de
que ele carece.
Os fluidos têm sobre o
perispírito uma ação tanto
mais direta quanto por sua
expansão e irradiação este
se confunde com aqueles.
Eles reagem sobre o
perispírito e este, por sua
vez, reage sobre o organismo
físico ao qual está ligado
molecularmente.
Se tais eflúvios forem de
boa natureza, o corpo
receberá uma salutar
impressão. É o que ocorre
nos passes benéficos.
Se os eflúvios forem maus, a
impressão será penosa. Se
forem maus e permanentes,
poderão provocar desordens
físicas e moléstias de
origem desconhecida: é o que
ocorre nas obsessões graves.
Kardec afirma: "não é outra
a causa de certas
enfermidades".
Isto posto, atendendo à
solicitação do leitor, eis
os autores e obras em que os
interessados colherão
subsídios importantes a
respeito do tema:
1.
Allan Kardec, em "A Gênese",
cap. XIV, itens 16, 17, 18,
19 e 31.
2.
Allan Kardec, em "O Livro
dos Médiuns", cap. XIV, item
176:2.
3.
Allan Kardec, em "Obras
Póstumas", Manifestações dos
Espíritos, itens 52 e 53.
4.
Allan Kardec, em "Revista
Espírita" de janeiro de
1864, Edicel, pág. 8.
5.
Allan Kardec, em "Revista
Espírita" de setembro de
1865, Edicel, pág. 254.
6.
Allan Kardec, em "Revista
Espírita" de setembro de
1865, item 4, Edicel, pág.
252.
7.
André Luiz, em "Entre a
Terra e o Céu", cap. XX,
pág. 127.
8.
André Luiz, em “Evolução em
Dois Mundos”, 2ª Parte, cap.
XV, pp. 201 a 204.
9.
André Luiz, em “Missionários
da Luz”, 21ª Ed., FEB, 1988.
10.
André Luiz, em "Nos Domínios
da Mediunidade", cap. 17,
págs. 164 e 165.
11.
André Luiz, em “Os
Mensageiros”, 9ªEd., FEB,
1975.
12.
Anuário de Espiritismo
Científico, FEPESCI, 1993,
pág. 132.
13.
Atos dos Apóstolos, 4:30,
5:12, 6:6, 9:17, 19:6 e
28:8.
14.
COEM, 10ª Sessão de
Exercício Prático, edição de
1978, pág. 83.
15.
COEM, 11ª Sessão de
Exercício Prático, edição de
1978, pág. 89.
16.
COEM, 12ª Sessão de
Exercício Prático, edição de
1978, pág. 95.
17.
Divaldo P. Franco, em
"Diretrizes de Segurança",
pergunta 69.
18.
Edgard Armond, em “Passes e
Radiações”, 3ªEd., Aliança,
2001.
19.
Edgard Armond, em "Pontos da
Escola de Médiuns", Tomo IV,
pág. 88.
20.
Emmanuel, em "Caminho,
Verdade e Vida", cap. CLIII,
pág. 269.
21.
Emmanuel, em "Religião dos
Espíritos", cap. 59.
22.
Emmanuel, em “O Consolador”,
6ª Ed., FEB, 1976.
23.
Evangelho segundo Marcos,
5:23, 16:15 a 16:18.
24.
J. Raul Teixeira, em
"Diretrizes de Segurança",
perguntas 28 e 77.
25.
Jacob Melo, em “Manual do
Passista”, 3ª Ed., Edit.
Mnêmio Túlio, 1998.
26.
Jacob Melo, em “O Passe”, 4ª
Ed., FEB, 1993.
27.
José Herculano Pires, em
"Obsessão, o passe, a
doutrinação", editora
Paidéia, págs. 35 a 37.
28.
José Herculano Pires, em
“Mediunidade (Vida e
Comunicação)”, 2ª Ed.,
Paidéia, 1992.
29.
Martins Peralva, em
"Estudando a Mediunidade",
págs. 144 e 145.
30.
Mesmer, em "Revista
Espírita" de janeiro de
1864, Edicel, pág. 7.
31.
Michaelus, em “Magnetismo
Espiritual”, 6ª Ed., RJ/RJ,
FEB, 1991.
32.
Padre Francis MacNutt, em "O
Poder de Curar", edição de
Ave Maria Press, de Indiana
(EUA).
33.
Roque Jacintho, em "Passe e
Passista", cap. 6, 30 e 34.
34.
USE, Subsídios para
Atividades Doutrinárias,
1993, págs. 72, 80, 88 e 90.
35.
Wenefledo de Toledo, em
“Passes e Curas
Espirituais”, Pensamento,
1972.
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