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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 398 - 25 de Janeiro de 2015

WALDENIR APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, SP (Brasil)
 

 
 
 

Conforme ensinou Jesus

“Tratai todos os homens, como quereríeis que eles vos tratassem.”
(Jesus, Lucas VI: 31.)


A criatura que, conscientemente, já se aprofundou nas lições de Jesus, extraindo delas seu precioso conteúdo de ensinamentos, não mais se preocupa com discursos inflamados e pregações sistemáticas, mas lança-se, fervorosamente, a vivenciá-las na prática, sabendo que seus exemplos de fidelidade falarão bem mais alto.

Compreende que se o Cristo desembarcou no planeta pelas portas da manjedoura, sem as pompas dos templos ou das sinagogas, vivendo com sandálias, túnica e manto surrado, estava informando à humanidade que o ideal é a vida simples, longe das complicações oriundas da vaidade e da ostentação.

Conclui ao saber que o Mestre pregava nas ruas, nos montes, nas praias, que não são necessários ambientes adredemente adornados, para que a palavra evangélica seja difundida. Existindo o real interesse em ensinar, despido de proselitismo e desejo de promoção pessoal, qualquer lugar será sempre um aconchego edificante.

Percebe, quando analisa a multiplicação de pães e peixes, que Jesus produziu o alimento, Ele mesmo, não delegando a tarefa para ninguém, o que permite compreender que devemos fazer aquilo que está sob as nossas incumbências, não transferindo as nossas responsabilidades aos outros.

Entende, estudando a vida do Cristo, que raramente O encontravam no templo, mas com frequência era visto no meio do povo, o que evidencia a necessidade de sairmos dos nossos gabinetes e salas confortáveis, para também nos misturarmos com os necessitados, assim, com mais acerto poderemos sentir seus dramas e sofrimentos, procurando minorá-los.

Identifica que o jovem pródigo que saiu em busca de aventuras, após receber sua parte da herança, conforme ensinou o Cristo, não fora abandonado pelo pai, quando retornou na miséria, o que nos ensina a compreender, amar e a não julgar a ninguém.

Analisa a sábia resposta de Jesus: “dai a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus”, percebendo que não devemos nos apropriar do que não é nosso e nem invadir as propriedades alheias, tumultuando o convívio social e esparramando a insegurança e o medo.

Verifica que a nossa família é a humanidade, embora toda a atenção que devemos dar à família consanguínea, e não ignora que cada ser humano pertence a um agrupamento familiar, tendo sonhos de paz, de felicidade e bem-estar, merecendo portanto a nossa consideração e respeito.

Identifica que Jesus solicitou a Pedro o perdão incondicional, ao informar que seria preciso perdoar “setenta vezes sete vezes”, o que permite concluir que nunca devemos carregar as mágoas de uma ofensa ou o ódio de uma agressão.

Sabe que a assertiva “os sãos não precisam de médico” quer dizer que devemos socorrer a todos, sem a pretensão de qualquer julgamento sobre a vida alheia.

Em realidade, viver de conformidade com os ensinos de Jesus, essa deve ser a nossa meta. Procuremos compreendê-Lo, na essência, e tudo seguirá seu curso com naturalidade.               



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita