O leitor Ronildo P. de C.
Silva, de João Pessoa, PB,
em carta publicada nesta
mesma edição, pergunta-nos:
Como se deve entender
Eclesiastes 9:5-6 e Hebreus
9:27 que as religiões tanto
usam para negar a
comunicação do mundo
espiritual com o mundo
físico e a reencarnação?
Reproduzimos os textos
bíblicos mencionados:
“Ora, para aquele que está
entre os vivos há esperança
(porque melhor é o cão vivo
do que o leão morto). Porque
os vivos sabem que hão de
morrer, mas os mortos não
sabem coisa nenhuma, nem
tampouco terão eles
recompensa, mas a sua
memória fica entregue ao
esquecimento. Também o seu
amor, o seu ódio, e a sua
inveja já pereceram, e já
não têm parte alguma para
sempre, em coisa alguma do
que se faz debaixo do sol.”
(Eclesiastes, 9:4-6.)
“E, como aos homens está
ordenado morrerem uma vez,
vindo depois disso o juízo,
assim também Cristo,
oferecendo-se uma vez para
tirar os pecados de muitos,
aparecerá segunda vez, sem
pecado, aos que o esperam
para salvação.” (Hebreus,
9:27-28.)
Nos textos citados pelo
leitor não há referência
nenhuma, nem direta nem
indireta, à comunicação
entre nós e os Espíritos.
Não sabemos, portanto, por
que são eles utilizados, se
é que o são, para negar o
intercâmbio entre o homem e
a espiritualidade.
No tocante à reencarnação
sugerimos ao leitor que leia
as informações contidas no
excelente livro "A
Reencarnação no Evangelho",
escrito por Hugo Alvarenga
Novaes e publicado pela EVOC
- Editora Virtual O
Consolador, o qual pode ser
baixado sem custo nenhum em
nosso site. Eis o link que
remete ao livro:
http://www.oconsolador.com.br/editora/1a50/A_Reencarnacao_no_Evangelho.htm
Os dois temas
–
reencarnação e intercâmbio
entre nós e os chamados
mortos
–
já foram examinados nesta
revista em
inúmeras
oportunidades.
No tocante à comunicação com
os Espíritos, utilizar
os livros bíblicos citados e
quaisquer outros textos das
Escrituras para negar os fatos
é algo que não se
compreende, uma vez que a
passagem do Cristo pela
Terra revela, a cada passo,
seu intercâmbio constante
com o Plano Superior, seja
em colóquios com os
emissários de elevada
estirpe, seja dirigindo-se
aos aflitos desencarnados,
no socorro aos obsidiados,
como também à equipe de
companheiros, aos quais se
apresentou em pessoa, depois
da morte. Além disso, os
cristãos não ignoram que,
segundo a Bíblia, Jesus foi
visitado, momentos antes de
ser preso, pelos Espíritos
de Elias e Moisés.
Há, portanto, coisas no seio
de algumas religiões que não é
possível entender.
Claro que sabemos que existem teólogos e
padres em grande número que negam a
reencarnação e a manifestação dos Espíritos.
É bom, no entanto, que todos
saibam que
frei Boaventura Kloppenburg,
o mais ferrenho adversário
que o Espiritismo já teve em
nosso país, o padre Gino
Concetti, comentarista do Osservatore Romano, órgão
oficial do Vaticano, e o
padre François Brune, autor
do livro "Os Mortos nos
Falam", admitem os fatos
mediúnicos e as relações
entre nós e os mortos.
Enfatize-se: entre nós e
os mortos, não entre nós e
os demônios, porque estes,
felizmente, não existem.
Em entrevista concedida à
Rede Globo de Televisão e,
antes, à agência Ansa, o
padre Gino Concetti tornou
público o que pensa com
relação à mediunidade e às
relações entre nós e os
Espíritos.
Disse então o padre Concetti que a
Igreja não somente admite a
comunicação com os mortos,
como reconhece que ter um
contato com a alma dos entes
queridos que já partiram
para o Além pode aliviar os
que tenham, porventura,
ficado perturbados com esse
transe.
"Segundo o catecismo
moderno – explicou o teólogo
– Deus permite aos nossos
caros defuntos que vivem na
dimensão ultraterrestre
enviar mensagens para nos
guiar em certos momentos da
vida. Após as novas
descobertas no domínio da
psicologia sobre o
paranormal, a Igreja decidiu
não mais proibir as
experiências do diálogo com
os falecidos, sob a condição
de que elas sejam levadas
com uma finalidade séria,
religiosa e científica."
Em face de depoimento tão
claro a respeito das
relações entre nós e os que
partiram, não causa surpresa
nenhuma o que frei
Boaventura Kloppenburg, anos
antes, havia escrito em seu
livro "Espiritismo e Fé", no
qual afirma que os católicos
admitem, como nós admitimos:
a) que os falecidos não
rompem seus laços com os que
ainda vivem na Terra;
b) que eles podem, portanto,
nos socorrer e ajudar;
c) que os Espíritos
desencarnados podem
manifestar-se ou
comunicar-se
perceptivelmente conosco;
d) que tais manifestações
podem ser de dois tipos:
espontâneas e provocadas. As
espontâneas são as que têm
sua origem ou iniciativa no
Além, como a do anjo Gabriel
(Lucas, 1:26-38). As
provocadas são as que têm
sua iniciativa no mundo
físico, como, por exemplo, o
caso do rei Saul, que evocou
Samuel por meio da pitonisa
de Endor (Samuel, 28:3-25).
Quanto ao padre François
Brune, conhecido pesquisador
e divulgador
da chamada Transcomunicação
Instrumental, seu livro “Os
mortos nos falam” vem sendo,
desde a semana passada,
objeto de estudo em nossa
revista e, portanto, o que
dissemos a respeito dele poderá ser
conferido a cada semana por
aqueles que insistem em
negar o óbvio, seja por
desconhecimento, seja por
teimosia, o que é
profundamente lamentável.
Clicando em
http://www.oconsolador.com.br/ano8/398/classicosdoespiritismo.html
é possível acessar e ler a parte
inicial do mencionado
estudo.
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