Os mortos nos falam
Padre
François Brune
(Parte 3)
Damos continuidade ao
estudo metódico e
sequencial do livro
Os mortos nos falam,
de autoria do padre
François Brune. Muito
embora esta obra não
seja, propriamente
falando, um clássico
espírita, trata-se de
uma ótima contribuição
que confirma um grande
número de fenômenos
relatados nos clássicos
do Espiritismo que aqui
estudamos.
O estudo basear-se-á na
primeira edição em
português desta obra,
publicada pela Edicel em
1991.
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Questões preliminares
A. Como explicar o
funcionamento do “cronovisor”,
um aparelho utilizado
pelo padre Ernetti para
gravar sons e imagens de
acontecimentos
verificados no passado
em nosso mundo?
Como já vimos, o padre
Ernetti, com o uso do
cronovisor, conseguiu
captar o som e as
imagens de uma tragédia
antiga, encenada em Roma
em 169 a.C. O cronovisor
recuperou o texto e seu
acompanhamento musical.
Pierre Monnier, um jovem
oficial francês morto em
1915, revelou do Além,
em 1919, um fenômeno que
poderia explicar, ao
menos parcialmente, o
funcionamento de
semelhante aparelho.
Indo, certa vez, aos
lugares onde o filho
tombara, sua mãe teve a
estranha impressão de
ver e ouvir alguma coisa
do horrível combate. O
Espírito de Pierre
explicou-lhe que não era
impressão, nem ilusão,
nem imaginação, mas um
fenômeno real, muito
generalizado, que poucos
percebiam: “Permanece
sempre uma imagem
indelével dos quadros do
passado”, disse Pierre à
sua mãe. Ora, se o
Universo está assim
repleto de ondas do
passado, que, em certas
circunstâncias, podem
encontrar-se e ser
reativadas, é plenamente
possível captá-las, como
padre Ernetti parece
fazer.
(Os mortos nos falam,
pp. 38 a 45.)
B. Que diz o padre
François Brune a
respeito do corpo
espiritual ou
perispírito?
Segundo ele, a
existência do corpo
espiritual está
demonstrada por inúmeros
testemunhos. Padre Brune
apresenta em seu livro
várias citações a
respeito. Escrevendo a
respeito da passagem que
se segue à morte
corpórea, Brune diz que
esse fato pode
produzir-se sem que se
perceba, como ocorre,
com frequência, em casos
de acidente. O corpo
espiritual é, nesses
casos, projetado para
fora de seu invólucro
carnal. Afirma ele que
existem numerosas
narrativas de pessoas
que se viram a alguns
metros de distância de
seus carros.
(Obra citada, pp. 51 a
55.)
C. Os cemitérios estão
vazios?
Evidentemente. Padre
Brune é categórico:
Todos os cemitérios
estão vazios, ou seja,
os túmulos não contêm
mais do que velhas
vestimentas em processo
de decomposição. Sob
aquelas lajes não jaz
ninguém, não descansa
ninguém. Requiescat in
pace (Descanse em paz),
diz sempre o padre
quando do sepultamento
de alguém. A paz em
questão não é, porém, um
repouso. A vida continua
sem prazos. Daí as
preces pelos mortos. Daí
as preces aos santos
para que nos assistam
agora. A teoria do
desaparecimento completo
do ser após a morte e de
uma reconstituição ou
recriação por Deus, no
fim dos tempos, é apenas
uma invenção muito
recente de certos meios
protestantes.
(Obra citada, pág. 69.)
Texto para leitura
27. Pierre Monnier, um
jovem oficial francês
morto em 1915, revelava
do Além, em 1919, um
fenômeno que poderia
explicar, ao menos
parcialmente, o
funcionamento do
cronovisor. Indo,
posteriormente, aos
lugares onde o filho
tombara, sua mãe teve a
estranha impressão de
ver e ouvir alguma coisa
do horrível combate.
Pierre explicou-lhe que
não era impressão, nem
ilusão, nem imaginação,
mas um fenômeno real,
muito generalizado, que
poucos percebiam:
“Permanece sempre uma
imagem indelével dos
quadros do passado”,
disse Pierre à sua mãe.
(PP. 39 e 40)
28. Ora, se o Universo
está assim repleto de
ondas do passado, que,
em certas
circunstâncias, podem
encontrar-se e ser
reativadas, é plenamente
possível captá-las, como
padre Ernetti parece
fazer. (PP. 41 a 45)
29. Além das vozes
gravadas e das imagens
de Espíritos e da
paisagem espiritual, um
outro tipo de fenômeno
foi detectado nos
últimos anos: as
chamadas telefônicas a
partir do Além, que Theo
Locher, presidente da
Associação Suíça de
Parapsicologia, analisa
em dois números do
Parastimme, o boletim da
Associação Alemã de
Transcomunicação, de
abril e agosto de 1986.
(PP. 46 a 48)
30. Capítulo II - A
morte é um segundo
nascimento – A
morte, portanto, não é a
morte. Ela não é senão
uma passagem para uma
nova forma de vida, como
um novo nascimento. E
podemos dizer: é
maravilhoso morrer! (P.
49)
31. A existência do
corpo espiritual está
demonstrada por inúmeros
testemunhos e o padre
Brune apresenta várias
citações a respeito.
(PP. 51 a 54)
32. A grande passagem
pode produzir-se sem que
se perceba, como ocorre,
com frequência, em casos
de acidente. O corpo
espiritual é, nesses
casos, projetado para
fora de seu invólucro
carnal, diz padre Brune,
afirmando que existem
numerosas narrativas de
pessoas que se viram a
alguns metros de
distância de seus
carros. (P. 55)
33. De passagem, Brune
cita alguns fatos
relacionados com o
transe da morte. (PP. 56
a 59)
34. Um dos fatos de
manifestação dos
Espíritos mais duradoura
é relatado pelo padre
Brune. Trata-se de
Pierre Monnier, já
citado linhas atrás,
morto no front de
Argonne em 8 de janeiro
de 1915. De formação
protestante, sua mãe
nada tinha de fanática e
foi através dela, a
partir de 1918, que
Pierre comunicou-se com
o mundo físico por quase
dezenove anos, até 1937.
De início, suas
mensagens eram diárias;
depois, um pouco mais
espaçadas, formando no
total sete grossos
volumes, com cerca de
450 páginas cada um,
grafadas pela mãe pelo
método da escrita
automática ou
psicográfica. (PP. 59 a
62)
35. Belline, médium bem
conhecido, contou num
belo livro que, após a
morte de seu filho
único, Michel, conseguiu
comunicar-se com ele
pelo pensamento. Michel,
a exemplo de outros
Espíritos, disse ao pai
que sua morte deveria
acontecer de qualquer
maneira, porque a hora
de seu retorno estava
traçada. (PP. 63 e 64)
36. Elisabeth
Kübler-Ross, a grande
iniciadora de todas as
pesquisas modernas sobre
a morte, interessou-se
particularmente pelas
crianças em estágio
terminal e descobriu que
as crianças sabem, quase
sempre, por antecipação,
que vão morrer, qualquer
que seja a causa da
morte. (P. 64)
37. Padre Brune
transcreve a propósito
um dos exemplos
fornecidos pela dra.
Kübler-Ross. (PP. 64 a
66)
38. Capítulo III -
Nosso novo corpo na
outra vida – Todos
os cemitérios estão
vazios, ou seja, os
túmulos não contêm mais
do que velhas
vestimentas em processo
de decomposição. Sob
aquelas lajes não jaz
ninguém, não descansa
ninguém. (P. 69)
39. Requiescat in pace
(Descanse em paz), diz
sempre o padre quando do
sepultamento de alguém.
A paz em questão não é,
porém, um repouso. A
vida continua sem
prazos. Daí as preces
pelos mortos. Daí as
preces aos santos para
que nos assistam agora.
A teoria do
desaparecimento completo
do ser após a morte e de
uma reconstituição ou
recriação por Deus, no
fim dos tempos, é apenas
uma invenção muito
recente de certos meios
protestantes. (P. 69)
(Continua na próxima
semana.)