Os mortos nos falam
Padre
François Brune
(Parte 5)
Damos continuidade ao
estudo metódico e
sequencial do livro
Os mortos nos falam,
de autoria do padre
François Brune. Muito
embora esta obra não
seja, propriamente
falando, um clássico
espírita, trata-se de
uma ótima contribuição
que confirma um grande
número de fenômenos
relatados nos clássicos
do Espiritismo que aqui
estudamos.
O estudo baseia-se na
primeira edição em
português desta obra,
publicada pela Edicel em
1991. |
Questões preliminares
A. É verdade que os
falecidos que nos são
caros vêm receber-nos em
seguida ao transe da
morte corpórea?
Sim. Diz padre François
Brune que no momento da
morte surgem à nossa
frente, vindos do outro
mundo, alguns seres que
nos são caros e que
fizeram sua passagem
antes de nós. Os
testemunhos são
incontáveis, sobretudo
depois que as famosas
E.F.M. (Experiências nas
Fronteiras da Morte) se
multiplicaram. Pesquisa
levada a efeito nos
Estados Unidos e na
Índia constatou que esse
fenômeno parece
realmente ser universal.
(Os mortos nos falam,
pág. 95 a 98.)
B. O desdobramento de
uma espécie de filme de
nossa vida, como citado
por Bozzano e outros
pesquisadores,
verifica-se também em
seguida à morte?
Sim. Brune relata em seu
livro alguns fatos em
que a pessoa declara ter
visto uma luz, ou um ser
revestido de intensa
luminosidade,
seguindo-se o
desdobramento de uma
espécie de filme de sua
vida, fenômeno bastante
comum que se produz às
vezes até sem que o
indivíduo tenha deixado
o corpo, quando sob o
efeito de um choque
violento.
(Obra citada, pp. 99 a
103.)
C. Na transição entre a
morte do corpo e a
desencarnação da alma,
que fato geralmente
ocorre?
Raymond Moody fala em
sua primeira obra a
respeito de um túnel,
que ele situa no momento
da desincorporação.
Entretanto, em seu
segundo livro, relata
ele vários casos em que
o túnel se encontra
claramente depois da
desincorporação. O corpo
espiritual flutua no
espaço, acima do corpo
carnal, e é então que o
moribundo se sente
aspirado para dentro
desse túnel. Estudos
posteriores, sobretudo
os de Sabon e Ring,
parecem confirmar essa
informação. O túnel
corresponderia, então,
não à saída do corpo,
mas à passagem deste
plano para outro plano.
O túnel marcaria o seu
acesso ao outro mundo.
(Obra citada, p. 112.)
Texto para leitura
53. Liszt conversava
frequentemente com a
médium a respeito da
vida no Além e lhe disse
coisas importantes sobre
a reencarnação e a
evolução dos Espíritos.
Ele informou também que
em seu mundo havia
diferentes esferas ou
níveis de consciência.
No último estágio, a
alma não se interessa
pela aparência, mas pelo
ser. (P. 90)
54. Como Liszt lhe
explicou que, nesses
estágios mais avançados,
as almas não precisam
ter uma forma externa,
Rosemary indagou como
eles poderiam ser,
assim, reconhecidos. “Há
uma espécie de percepção
da alma”, informou o
compositor desencarnado.
“Quando uma alma está
perto de outra,
reconhece-a ao perceber
sua presença e pode
identificar a atmosfera
de uma pessoa.” (P. 90)
55. Após ler esses
textos, diz padre Brune,
compreende-se melhor a
manifestação de Santa
Teresa de Lisieux a
Theresa Neumann, que só
viu uma luz, ouviu uma
voz e sentiu alguma
coisa que a pegava pela
mão. Brune imagina que
fenômeno semelhante foi
o que ficou conhecido
como a “estrela de
Belém” que guiou os reis
magos até à manjedoura.
Graças às descobertas
arqueológicas realizadas
no Oriente, sabe-se hoje
que os primeiros
cristãos jamais
representavam os anjos
como homens alados, mas
os associavam às
estrelas. (P. 91)
56. Numerosos textos
antigos, em grego,
siríaco e armênio, dizem
que a estrela de Belém
que guiou os magos era,
na realidade, um “anjo”,
ou seja, um mensageiro
de Deus, um mensageiro
do Além. (P. 91)
57. Essa bola de luz é
encontrada na vida de
Santa Ana-Maria Taigi,
morta em 1837. Durante
47 anos, dia e noite,
Taigi via uma bola de
luz que lhe mostrava
todos os acontecimentos
do mundo, até os que
ocorriam nos países mais
longínquos e nos lugares
mais secretos. (P. 91)
58. Capítulo IV - Nas
fronteiras da morte
– No momento da morte,
veremos surgir à nossa
frente, vindos do outro
mundo, alguns seres que
nos são caros e que
fizeram sua passagem
antes de nós. Os
testemunhos são
incontáveis, sobretudo
depois que as famosas
E.F.M. (Experiências nas
Fronteiras da Morte) se
multiplicaram. (PP. 95
a 97)
59. Citando experiências
da dra. Elisabeth
Kübler-Ross e uma
conhecida obra de
Ernesto Bozzano, padre
Brune afirma que essas
visões de falecidos no
momento da morte
acontecem em todos os
países, qualquer que
seja a raça, a cultura
ou a religião do
moribundo. Pesquisa
levada a efeito nos
Estados Unidos e na
Índia constatou que esse
fenômeno parece
realmente ser universal.
(P. 98)
60. O autor relata
também alguns fatos em
que a pessoa declara ter
visto uma luz, ou um ser
revestido de intensa
luminosidade,
seguindo-se o
desdobramento de uma
espécie de filme de sua
vida, fenômeno bastante
comum que se produz às
vezes até sem que o
indivíduo tenha deixado
o corpo, sob o efeito de
um choque violento. (PP.
99 a 103)
61. A visão da vida dos
outros é fato conhecido
há muito tempo. O cura
d’ Ars, por exemplo,
conseguia ver a vida de
seus penitentes, em seus
mínimos detalhes e de
modo praticamente
instantâneo. Nas
pesquisas em torno da
E.F.M. o fenômeno
aparece constantemente,
com pequenas variações
entre um caso e outro.
Brune relata a propósito
vários casos. (PP. 104 a
111)
62. Existe uma espécie
de transição, de zona
intermediária, entre a
morte e a desencarnação.
Raymond Moody fala-nos
em sua primeira obra a
respeito de um túnel,
que ele situa no momento
da desincorporação.
Entretanto, em seu
segundo livro, relata
ele vários casos em que
o túnel se encontra
claramente depois da
desincorporação. O corpo
espiritual flutua no
espaço, acima do corpo
carnal, e é então que o
moribundo se sente
aspirado para dentro
desse túnel. (P. 112)
63. Estudos posteriores,
sobretudo os de Sabon e
Ring, parecem confirmar
essa informação. O túnel
corresponderia, então,
não à saída do corpo,
mas à passagem deste
plano para outro plano.
Quando o doente apenas
sai do corpo, permanece
no mesmo plano que nós:
flutua junto ao teto do
quarto, vê a todos, pode
atravessar paredes,
portas, tetos, mas só
pode enxergar o nosso
mundo. O túnel marcaria
o seu acesso ao outro
mundo. (P. 112)
64. As palavras que o
descrevem são quase
sempre as mesmas: longo
corredor sombrio; algo
semelhante a um tubo de
esgoto; um vazio na
completa escuridão;
cilindro sem ar;
profundo e obscuro vale;
espécie de tubo condutor
estreito e muito
sombrio; túnel formado
por círculos
concêntricos. É
geralmente no fim desse
túnel que se encontra o
ser de luz e, com
frequência, um jardim
maravilhoso, e muitas
vezes os seres que
amamos. Mas, quanto a
isto, não há regra
geral, porque muitos
moribundos viram chegar
até eles seus queridos
mortos sem haverem
passado pelo túnel. (PP.
112 e 113)
65. Brune cita diversos
fatos relacionados com o
assunto. (PP. 113 a 115)
(Continua na próxima
semana.)