CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro,
RJ (Brasil)
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Literatura
espírita
Já me reportei a
este assunto
anteriormente
abordando-o de
determinada
perspectiva, que
considera com
amplitude de
vistas a
realidade
amplamente
debatida hoje em
dia da fartura
de novos
autores,
sobretudo de
novas obras
ditas mediúnicas
no mercado
literário.
Fiz ênfase na
verdade de que,
ao lado de se
fazer prevalecer
cautela com o
conteúdo de todo
livro dito
psicografado ou
espírita,
atentando para
quaisquer
indícios de
aberração
doutrinária,
todavia, não é
compatível com
os propósitos
dos próprios
benfeitores
desencarnados a
promoção de uma
caça às bruxas,
desenfreada no
Movimento,
condenando todo
autor e médium
novo. Há que se
alertar para o
fato de que as
realidades da
vida nas
dimensões
espirituais
obedecem ao
fluxo dinâmico
da existência,
que de modo
algum é
estático. Isto
posto, fácil se
depreender que,
incessantemente,
reencarnam no
orbe indivíduos
comprometidos
com a tarefa de
dar continuidade
ao noticiário
dos mentores e
da
Espiritualidade
benfeitora, a
respeito de um
conhecimento
contínuo do que
constitui a
nossa jornada
para além da
vida na matéria,
de vez que mesmo
esses planos
espirituais
evoluem, se
modificam. A
própria ciência,
hoje, em todo o
mundo, já debate
estes temas com
destemor e
amplitude. Por
conseguinte, é
coisa insensata
o sequer
pensamento de
que a literatura
espírita
aceitável está
confinada nos
mestres e
autores que nos
antecederam, no
serviço luminoso
de informativo
dos
acontecimentos
nas dimensões
espirituais, a
exemplo de Léon
Denis, Ernesto
Bozzano, Yvonne
Pereira e tantos
outros, que
pavimentaram
esta trajetória
digna.
Quero aqui
retomar o tema,
todavia, na
posição de
autora nesta
mesma área
espírita, para,
a bem da
justiça,
considerar o
outro lado da
questão; e, para
tanto, fazendo
menção à
vertente da
literatura onde
desenvolvo minha
tarefa de
parceria
mediúnica com os
autores
espirituais de
meus livros – a
dos romances
espíritas.
Somando
argumentos de
contrapartida no
sentido de que,
de fato, e
especialmente
neste estilo de
literatura,
deve-se passar o
pente fino em
conteúdos, antes
de considerá-los
como coisa digna
de ser comprada
e lida, ou mesmo
merecedora de
apreço na missão
de se transmitir
aos leitores do
Espiritismo,
principiantes,
ou já
familiarizados
com a Doutrina
transmitida
pelos Espíritos
da Codificação,
a mensagem
consoladora do
que se trata
nossa trajetória
evolutiva na
eternidade.
Aqui, contudo,
vem a pergunta:
como fazer para
se passar este
pente fino? Para
julgar conteúdos
de dezenas de
obras que vêm a
público no
decorrer das
últimas duas
décadas, no
fluxo rendoso do
filão literário
que mais vende
nas livrarias
espíritas ou
espiritualistas
e nos Clubes dos
Livros?
O respeitável
Raul Teixeira,
em uma de suas
inspiradas
palestras a
respeito do
tema, tocou no
ponto crítico
deste problema.
E, como nunca é
demais se falar
a respeito, por
amor daquilo a
que nos
dedicamos sob o
patrocínio da
Espiritualidade
assistente,
quero aqui
também fazer
coro ao que se
constitui como o
método mais
indicado para
não se cair em
armadilhas que,
em lugar de
informar,
desinformam os
interessados
sinceros do
assunto: o
estudo!
Amigos, nunca
será demais
repetir que a
base do
conhecimento
espírita
autêntico, que
sempre nos
oferecerá
subsídios
seguros sobre o
que é ou não é
idôneo no
território dos
informes
espíritas, é,
como será
sempre, o
Pentateuco de
Allan Kardec!
Claro que também
encontramos
ressonância em
conteúdos
literários
respeitáveis
n’outros
autores, e mesmo
n’outras frentes
do conhecimento
religioso e
filosófico
disponível sobre
as grandes
Verdades
Espirituais ao
longo dos
milênios. Com
muita
propriedade, o
senhor Antônio
Plínio, saudoso
presidente
palestrante da
Sociedade
Espírita
Ramatis, no Rio
de Janeiro, nos
lembrava, em
mais de uma vez,
que fontes
seguras dessas
mesmas verdades
também seriam
encontradas pelo
pesquisador e
estudioso sério
em Ordens
milenares, como
a Antiga e
Mística Ordem
Rosacruz, nos
ensinamentos da
Grande
Fraternidade
Branca, dentre
vários outros
canais. Sabe-se
que há muitos
caminhos,
igualmente
valiosos, que
nos levam ao
Criador, em
obediência ao
exercício
sagrado do
livre-arbítrio
de cada busca
individual.
Mas, aqui, neste
espaço conciso,
quero fazer foco
no capítulo de
determinado
estilo literário
espírita que,
hoje, conta com
quilos de
volumes nas
prateleiras de
todo o país, de
modo a
verdadeiramente
atordoar o
leitor sincero,
que talvez
principie seu
interesse pelos
temas associados
ao que já nos
noticiou com
grandes
claridades
Espíritos como
Emmanuel e André
Luiz, na
psicografia do
querido Chico
Xavier.
Diante de tanta
oferta, sem
referência
segura daquilo
que é o mais
indicado,
adequado a uma
informação
segura do
assunto na linha
dos romances,
portanto,
amigos, como se
conduzir?
Apegar-se
somente a
autores
consagrados,
como sugerem
alguns, numa
linha radical de
pensamento, e
como se ninguém
mais fosse digno
de confiança na
sucessão dos
trabalhos da
Espiritualidade
em parceria de
psicografia com
médiuns que se
comprometeram a
dar continuidade
ao
esclarecimento
do espírito
humano na face
material
terrena? Não é
sensato.
Convém, por
outra, e isso
sim, o estudo
dos autores
consagrados e
dos livros da
Codificação,
para uma segura
base
doutrinária, e,
paralelo a isso,
que se mantenha
aberta a mente
para se avaliar,
a partir disso,
com conhecimento
de causa, o que
nos é oferecido
diariamente na
praça literária
espírita!
O que este ou
aquele romance
nos ensina, como
pano de fundo da
história de amor
bela e
comovente, desta
ou daquela
procedência? Uma
moral útil,
iluminada, de
molde a nos
inspirar às
transformações
individuais na
compreensão dos
nossos
verdadeiros
objetivos e
desafios ao
reencarnar? A
história
romântica entre
o casal ligado
por um carma
difícil, ou
entre mães ou
pais e filhos,
nos ensina, na
sua conclusão,
que os caminhos
do ódio, da
mágoa e do
egoísmo mais não
fazem do que
reforçar este
mesmo carma
negativo, que
não leva ninguém
à felicidade? O
conteúdo do
romance
espírita, por
mais comovente
que seja, é
nobre, e seus
autores nos
elevam o íntimo
às claridades
desejáveis das
paragens
espirituais
benfeitoras da
vida humana? Ou,
de modo
sub-reptício,
sutil, deparamos
enredos que se
prestam mais a
oportunidades de
se exacerbar as
emoções do
leitor com
detalhamentos
deprimentes de
licenciosidades
no território
sexual, ou de
cenas violentas,
ao molde do que
se assiste à
farta em novelas
ou filmes
arrasa-quarteirões
interessados em
audiências
numerosas que se
deixam atrair e
seduzir pela
excitação
doentia dos
nervos diante de
cenas sombrias?
O que se vê em
tal ou qual
livro é uma ode
ao amor, à luz,
ou uma exposição
aleatória, como
enaltecimento
gratuito, de
acontecimentos
ligados às
atitudes mais
torpes de que os
seres humanos se
mostram capazes?
Nenhum conteúdo
dito espírita
que, de leve
sequer, remeta à
intenção de
alimentar no
leitor incauto
emoções doentias
que, no contexto
reencarnatório
atual de todos,
já são em
excesso
exploradas de
modo lamentável
por veículos de
entretenimento,
mais
interessados em
cifras
milionárias do
que em conteúdo
saudável para o
espírito humano,
amigo leitor,
merece, de fato,
a sua atenção! E
é por esta exata
razão que se faz
imprescindível,
aos que se dizem
espíritas, ou
pelo menos aos
que estão
interessados em
informação
saudável e
fidedigna das
mensagens
importantes da
Espiritualidade
assistente de
nosso mundo, o
estudo
prioritário
da Doutrina, que
anteceda, ou que
se dê em
paralelo, à
leitura dos
romances que, se
de boa
qualidade, e
provenientes de
uma autoria
espiritual
confiável,
realmente
amorosa, de fato
nos embevecem,
enriquecem e
complementam os
ensinamentos que
Allan Kardec,
Jesus, e outros
vultos nobres a
serviço do
progresso da
humanidade
pretenderam nos
trazer, em
diversas épocas!
Munido desta
salvaguarda,
nenhum receio
merece lugar nas
nossas
considerações.
Bons e maus
livros, de
autores novos ou
reconhecidos,
falarão por si,
e o conteúdo
inadequado será
rejeitado. E o
próprio leitor
saberá fazer a
diferença, com
maior segurança,
da mensagem
verdadeiramente
voltada à
realização de
uma rota segura,
que nos
encaminhe, pelas
vidas
sucessivas, a um
pleno estado de
felicidade e de
despertamento
espiritual.