Desobsessão
André Luiz
(Parte
9)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Desobsessão,
obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
em 1964 e publicada pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Numa equipe
mediúnica, quem são os
orientadores da
assistência a ser
prestada aos sofredores
desencarnados?
Essa tarefa incumbe aos
médiuns esclarecedores,
mantidos sob a condução
e inspiração dos
Benfeitores Espirituais.
(Desobsessão, cap.
24.)
B. Pode-se, durante o
serviço do
esclarecimento, tocar no
corpo do médium em
transe?
Não. Ninguém deve tocar
no corpo do médium em
transe, a não ser em
casos de absoluta
necessidade.
(Desobsessão, cap. 24.)
C. O médium psicofônico
deve fixar-se somente
num grupo mediúnico?
Sim. Deve fixar-se em um
único grupo, evitando
com isso as
inconveniências do
compromisso de
desobsessão em várias
equipes ao mesmo tempo.
(Desobsessão, cap. 25.)
Texto para leitura
117. Em algumas ocasiões
aparece um problema
súbito: a chegada de
enfermos ou de
obsidiados sem aviso
prévio, sejam adultos ou
crianças. Necessário que
o discernimento do
conjunto funcione,
ativo. (Desobsessão,
cap. 23.)
118. Na maioria dos
acontecimentos dessa
ordem, o doente e os
acompanhantes podem ser
admitidos por momentos
rápidos, na fase
preparatória dos
serviços programados,
recebendo passes e
orientação para que se
dirijam a órgãos de
assistência ou
doutrinação competentes,
trabalho esse que será
executado pelos
componentes que o
diretor da reunião
designará. Findo o
socorro breve,
retirar-se-ão do
recinto.
(Desobsessão, cap. 23.)
119. Nesses casos se
enquadram igualmente os
obsessos apenas
influenciados ou fixados
em fase inicial de
perturbação, para os
quais o contacto com os
comunicantes, menos
felizes ou francamente
conturbados, sem a
devida preparação, é
sempre inconveniente ou
prejudicial, pela
suscetibilidade e pelas
sugestões negativas que
apresentam na
semilucidez em que se
encontram.
(Desobsessão, cap. 23.)
120. Diante, porém, dos
processos da obsessão
indiscutivelmente
instalada, o grupo deve
e pode acolher o
obsidiado e seus
acompanhantes,
acomodando-os no banco
ou nas cadeiras,
colocados à retaguarda,
onde receberão a
assistência precisa.
(Desobsessão, cap. 23.)
121. Na equipe em
serviço, os médiuns
esclarecedores, mantidos
sob a condução e
inspiração dos
Benfeitores Espirituais,
são os orientadores da
enfermagem ou da
assistência aos
sofredores
desencarnados.
(Desobsessão, cap. 24.)
122. Constituídos pelo
dirigente do grupo e
seus assessores, são
eles que os instrutores
da Vida Maior utilizam
em sentido direto para o
ensinamento ou o socorro
necessários.
(Desobsessão, cap. 24.)
123. Vejamos alguns dos
itens do trabalho
fundamental que se lhes
assinala:
1. Guardarem atenção no
campo intuitivo, a fim
de registrarem, com
segurança, as sugestões
e os pensamentos dos
benfeitores espirituais
que comandam as
reuniões;
2. Tocar no corpo do
médium em transe somente
quando
necessário;
3. Estudar os casos de
obsessão, surgidos na
equipe de médiuns
psicofônicos, que devam
ser tratados na órbita
da psiquiatria, a fim de
que a assistência médica
seja tomada na medida
aconselhável;
4. Cultivar o tato
psicológico, evitando
atitudes ou palavras
violentas, mas fugindo
da doçura sistemática
que anestesia a mente
sem renová-la, na
convicção de que é
preciso aliar raciocínio
e sentimento, compaixão
e lógica, a fim de que a
aplicação do socorro
verbalista alcance o
máximo rendimento;
5. Impedir a presença de
crianças nas tarefas da
desobsessão.
(Desobsessão, cap. 24.)
124. Na obra da
desobsessão, os médiuns
psicofônicos são aqueles
chamados a emprestar
recursos fisiológicos
aos sofredores
desencarnados para que
estes sejam socorridos.
(Desobsessão, cap.
25.)
125. Deles se pede
atitude de fé positiva,
baseada na certeza de
que a Espiritualidade
Superior lhes acompanha
o trabalho em moldes de
zelo e supervisão.
(Desobsessão, cap. 25.)
126. Compreendendo que
ninguém é chamado por
acaso a tarefa de
tamanha envergadura
moral, verificarão
facilmente que, da
passividade construtiva
que demonstrem, depende
o êxito da empreitada de
luz e libertação em que
foram admitidos.
(Desobsessão, cap. 25.)
127. Atentos à função
especial de
colaboradores e
medianeiros em que se
acham situados, é justo
se lhes rogue o cuidado
para alguns pontos
julgados essenciais ao
êxito e à segurança da
atividade que se lhes
atribui: 1 —
desenvolvimento da
autocrítica; 2 —
aceitação dos próprios
erros, em trabalho
medianímico, para que se
lhes apure a capacidade
de transmissão; 3 —
reconhecimento de que o
médium é o responsável
pela comunicação que
transmite; 4 — abstenção
de melindres ante
apontamentos dos
esclarecedores ou dos
companheiros,
aproveitando observações
e avisos para
melhorar-se em serviço;
5 — fixação num só
grupo, evitando as
inconveniências do
compromisso de
desobsessão em várias
equipes ao mesmo tempo;
6 — domínio completo
sobre si próprio, para
aceitar ou não a
influência dos Espíritos
desencarnados, inclusive
reprimir todas as
expressões e palavras
obscenas ou injuriosas,
que essa ou aquela
entidade queira
pronunciar por seu
intermédio; 7 —
interesse real na
melhoria das próprias
condições de sentimento
e cultura; 8 — defesa
permanente contra
bajulações e elogios,
conquanto saiba
agradecer o estímulo e a
amizade de quantos lhes
incentivem o coração ao
cumprimento do dever; 9
— discernimento natural
da qualidade dos
Espíritos que lhes
procurem as faculdades,
seja pelas impressões de
presença, linguagem,
eflúvios magnéticos,
seja pela conduta geral;
10 — uso do vestuário
que lhes seja mais
cômodo para a tarefa,
alijando, porém, os
objetos que costumem
trazer jungidos ao
corpo, como sejam
relógios, canetas,
óculos e joias.
(Desobsessão, cap. 25.)
(Continua na próxima
semana.)